Rediscovering Love - Capitulo 31 (parte 2)

Continuação Capitulo 31 - Reunião de Amigos II

POV ARTHUR

Gostei bem dessa ideia de Chay viu. Essa reunião de amigos me deixou ainda mais próximo de Lua. Conversamos muito durante o dia, coisas variadas, nosso dia a dia, as novidades do Rafael, manias novas que surgiam. Em fim, muito papo e risadas o dia inteiro.

Quando ele falou que eu fosse ver o porquê de Lua está demorando tanto fiquei sem reação, mas logo a ficha caiu e eu voei em direção ao quarto. Chegando lá a visão que eu sonhava todos os dias em ter por perto. Rafa dormindo e Lua deitada ao seu lado apenas fazendo carinho.

- Desculpa atrapalhar o momento lindo, mas tem gente achando que você dormiu junto. – falei baixinho me aproximando por trás. Ela deu um salto.

- Que susto! – sentou-se de frente pra mim e levou a mão até o peito. Pelo menos a cara estava risonha, não tinha ficado com raiva.

- Não era essa minha intensão. – falei observando meu pequeno.

- Rafa acordou quando o coloquei na cama, tive que fazê-lo dormir novamente. – ela se explicava.

- Ele está cada dia mais parecido comigo. – sim, eu sou um pai bobo.

- Ele está cada dia mais lindo. – ela falou dessa vez olhando pra mim.

Olhos nos olhos... Nem preciso falar mais nada né? Vocês estão cansados de saber o desfecho disso. Pintou um clima... Nossas testas se encontraram, nossa respiração era descompensada, o perfume dela me levava pra longe. Minha vontade era de agarra-la antes que ela mudasse de ideia, mas era melhor deixar rolar devagar.

Ela deslizou a mão sobre meu rosto, aquele carinho me fez fechar os olhos. Por que tinha que ser tudo tão complicado pra gente. Não seria mais fácil ficarmos juntos e pronto?

Minha mão também foi parar no rosto dela, eu queria logo senti o sabor dos seus lábios, sabor daquele beijo gostoso, e não resistir muito tempo. Selei meus lábios nos dela de maneira carinhosa, apenas nos aproximando e sentindo nossas respirações, cada vez mais ofegante. Ela logo abriu os lábios dela, dando espaço para que aprofundássemos aquele carinho. Não marquei bobeira e aprofundei, nossas línguas se encontraram lentamente, com carinho. Era um beijo calmo, apaixonado e que por mim poderia durar a eternidade.

Mas a necessidade de respirarmos falou mais alto. Separamos o beijo entre selinhos, mantendo nossas testas juntas. Nos abraçamos de uma forma única, e o medo voltou a falar mais alto em minha mente, será que agora rola?

POV LUA

Sábado com os amigos era tudo que eu precisava. Ultimamente tenho ficado tão presa entre trabalho e casa que me sentir feito uma boba rindo pras paredes de tudo que acontecia. Mas o que eu mais me encantei naquela tarde foi o meu contato com Arthur. Conversamos por longos períodos, assuntos dos mais variados voltando sempre para as novas artes do Rafael.

Quando anoiteceu e Rafa pegou no sono eu quis ir logo embora, mas não conseguir resistir a todos pedindo pra eu esperar um pouco mais. Bom, era a oportunidade de me distrair sem me preocupar com os passos do Rafa por algum tempo. Levei o nosso pequeno para o quarto e ao coloca-lo na cama ele acordou. Deitei um pouco ao seu lado, pois sei que assim ele não demoraria a pegar no sono novamente.

Pra falar a verdade acho que dessa vez ele demorou mais que o costume, o que fez com que Arthur viesse verificar se eu não dormir também. Me assustei com a presença dele no quarto. Não ouvi barulho nenhum dele entrando e só percebi a sua presença sentado na beira da cama pra onde eu estava virada de costas, quando ele falou comigo. Ficamos observando Rafa dormir e no meio daquela conversa nos aproximamos, não resistir aquele rostinho tão próximo de mim sem fazer um carinho. A mão dele também logo subiu ao meu rosto, e quando dei por mim já estávamos num beijo maravilhoso.

Acho que durante todo esse tempo foi o melhor beijo da minha vida. Era carinhoso, sem pressa, sem contar que aquele perfume e aqueles lábios macios deixava tudo mais perfeito. Era meu Arthur. O amor da minha vida. Eu poderia morrer naquele momento que morreria feliz. E se não nos separássemos pra respirar isso de fato teria acontecido.

Acho que pela situação constrangedora rolou um abraço. Eu não queria mais sair daqueles braços envoltos ao meu corpo, mas era necessário. Medo de ser rejeitada reinou. Mas algo me dizia que dessa vez seria diferente.

- Saudade disso! – eu falei e ele se assustou se afastando de mim.

- Eu também sinto sua falta. – ele me respondeu soltando o abraço e me encarando. Era hora de conversarmos um pouco.

- Eu não sei o que falar. – coloquei as mãos tampando o meu rosto que deveria está mais vermelho que nunca por ter esquecido todas aquelas coisas que eu sempre dizia pra mim em relação ao Arthur.

- Ei bobinha! – ele falava rindo e tirando minhas mãos do meu rosto as segurando – Não precisa falar nada, o que a gente sente já diz tudo.

Eu apenas assenti, permanecendo muda e deixando ele prosseguir.

- Acho que tá na hora da gente dar uma chance de verdade pra gente. – eu acho que se ele continua falando assim vou morrer – Se a gente não tentar, nunca vamos saber se vai dar certo.

- Eu sei Thur... Mas...

- Mas nada! – ele me interrompeu – Vamos viver cada dia, sem pressa.

- E se a gente se machucar mais? – eu tinha que perguntar, sei que estava sendo boba, mas eu precisava saber onde estava me metendo.

- Lua, não sei se você vai concordar comigo, mas acho que mais machucado que a gente ficou é impossível. – ele fazia carinho no meu rosto – Pelo menos não vão poder dizer por ai que a gente não tentou.

Aquele sorriso de canto lindo surgiu, o que me fez sorrir também e iniciarmos um novo beijo. Esse com mais voracidade que o anterior, mas nada de afobação.

- Certo, mas vamos com calma, tudo bem? – eu perguntei e ele logo assentiu se levantando e me puxando pela mão.

- Você quem manda. Mas vamos voltar pra sala, ou daqui a pouco chega outro achando que eu também dormir.

Foi inevitável dar risadas daquilo. Quando a gente já estava quase na porta eu venci meu medo e fiz outra proposta.

- Thur! Sem querer parecer infantil demais, mas será que a gente poderia ficar sem falar nada pra eles pelo menos por hoje? – ele me olhava estranho.

- Pode, só não entendo o porquê disso. – ele me respondeu cruzando os braços de frente ao corpo.

- Nada demais. Eu apenas queria preparar primeiro o território sem ninguém ficar olhando a gente que nem dois ET’s. – eu falei sorrindo – Amanhã a gente conta com calma. Pode ser?

- Tudo bem. Eu tô feliz demais pra aguentar resenhas desses caras. – ele falou sorrindo e completou – Só vai ter um problema nisso tudo.

- O que?

- Ficar do seu lado sem poder te encher de beijo.

- Seu bobo! – dei um tapinha no seu braço e um selinho. E fui o empurrando pra fora do quarto.

- Quanta demora casal ternura! – Chay brincava – Vocês não resolveram fazer da minha cama o mais novo ninho de amor de vocês e encomendar uma irmãzinha para o Rafa não né?

- O Rafa acordou e demorou um pouco pra pegar no sono novamente. – eu falei e sentei do lado dele e sussurrei – Não costumo fazer ninho de amor na cama dos outros.

Ele sorriu sem graça e tudo seguiu bem. Pedimos a pizza, comemos, trocas de olhares com Arthur foram inevitáveis. E quando levantei falando em ir pra casa, Thur logo se manifestou em me levar. Ficou meio estranho, mas ele logo desconversou falando que queria ir pra casa pra poder levantar cedo pra levar o Rafa no parque. Acho que eles acreditaram.

Por Nana F