Rediscovering Love - Capitulo 39

Capitulo 39 – Desculpas

POV ARTHUR

A noite não passou devagar, ela praticamente se arrastou. Não conseguir dormir nada. E podia jurar que ela também demorou muito a pegar no sono. Mal pude observar a claridade pela fresta da cortina e me levantei. Ficar ali era torturante. Passei pelo quarto do Rafa, mas pelo visto o mesmo ainda dormia com Bela, pois além do silêncio, a porta se encontrava fechada.

Sentei na sala, perdi noção de quanto tempo fiquei pensando, senti uma lagrima rolar involuntariamente. Não podia ser verdade. Será que depois de tudo que a gente passou ainda ia ter isso pra atrapalhar? Eu sinceramente estou começando a acreditar nessa historia de que não é mesmo pra ficarmos juntos.

Ouvi passos e logo avistei um Rafael lindo e dengoso me abraçando.

- Bom dia, filho mais lindo do mundo! – eu o abracei e ele logo colocou os bracinhos em volta em meu pescoço, estava sonolento, e não vou negar que era o conforto que eu precisava.

- Cadê mamãe?

- Mamãe ainda tá dormindo. Ela tá meio triste com o papai hoje.

- Pede deculpa que ela da bejo. Funciona. – não... Ai já era demais, escutar conselhos do meu filho, quando esse tem menos de dois anos. Mas o pior que era verdade, eu teria que começar pedindo desculpa.

- Você fica com a Bela, bem comportado pra papai pedir desculpa a ela? – perguntei e ele logo assentiu.

Ao entrar no quarto, vi que ela não estava na cama, e a porta pra uma pequena varanda estava aberta. Não pensei duas vezes em ir até lá. Juro que tive medo da reação dela. Eu não suportaria encara-la com aquele olhar furioso da madrugada.

A observei de costas, com aquele mínimo pijama, era maldade comigo. “FOCO ARTHUR”. Aproximei por trás dela e arrisquei um pequeno sussurro.

- Desculpa!

Ela apenas me encarou, graças a Deus parecia mais calma. E um leve movimento nos lábios dela pensando em formar um leve sorriso me fez agir rápido e vira-la pra mim. Segurei o rosto dela com as duas mãos e repeti o pedido de desculpas incontáveis vezes.

- Desculpa, desculpa, desculpa, eu sou um idiota, sou grosso, mas me desculpa, por favor! – eu implorava e agora um leve sorriso surgiu. Ela apenas assentiu.

- Eu sei que não te mereço, que sou o pior namorado do mundo.  – eu encostei minha testa na dela, ainda segurando o seu rosto com as duas mãos – Mas, por favor, eu não quero te perder mais uma vez, eu não suporto nem pensar na ideia de ficar longe de você. Me perdoa?

Ela apenas selou nossos lábios. Minhas mãos logo se encaminharam uma pra sua nuca e a outra pra sua cintura, colando os nossos corpos não permitindo assim a existência de algum espaço.

Fizemos amor de forma inigualável, o simples fato de pensar em perdê-la me fez desejar aquele momento ainda mais. Cada toque do nosso corpo livre das poucas peças de roupa era como se transmitisse energia de um para o outro. Era amor, desejo, luxuria, tudo junto. Por mim passaria o dia inteiro naquele quarto com ela. E não pense que é por ser pervertido e não conseguir viver sem sexo. Era pelo simples fato de me sentir completo com ela, de conseguir a sensação de estrema felicidade.

- Posso pedir uma coisa? – eu apenas assenti – Nunca mais grita comigo daquele jeito, juro que fiquei com medo.

- Me perdoa? Eu estava com raiva perdi a cabeça, agir por impulso. – eu falei com ela deitada ao meu lado – O simples fato de pensar na possibilidade de outro cara encostar em você me deixa furioso. Eu não controlei.

- Não importa se alguém pensa em encostar em mim. Eu sou sua lembra? – ela falou sorrindo.

- Pensar em te perder me fez chorar e ouvir conselho da ultima pessoa que eu esperava hoje. – eu falei lembrando do episodio de mais cedo na sala e não pude evitar uma risada.

- O que foi? Pra quem você ligou tão cedo pra desabafar? – ela perguntava.

- Pra ninguém. Quem me deu conselho foi o Rafa – ela logo gargalhou, que risada gostosa.

- Fala sério Arthur.

- Juro, ele perguntou por você eu avisei que você ainda estava dormindo e que estava triste comigo.

- Sei, igual ele falou pra você ontem?!

- Isso, ai quando eu terminei de falar, ele só disse pra eu vir te pedir desculpa que eu ganhava beijo e que funcionava. – ela se contorcia de rir e eu acompanhei. Nosso pequeno era único, não restava duvida.

Nosso feriadão seguiu da melhor forma possível. Curtindo nosso filho, curtindo minha mulher, num lugar maravilhoso, e esquecendo tudo que poderia nos separar.

           

Por Nana F