Rediscovering Love - Capitulo 43

Capitulo 43 – Reconciliação

POV LUA

Ver aquela cena e não rir estava difícil, mas eu não podia dar ousadia. Entrei e ele nem percebeu minha presença, pois estava de cabeça baixa. Mel me chamou até a cozinha e disse que ao chegar e não me encontrar ele surtou. Por isso que ela ficou aguardando já que o estado de Chay também não era dos melhores. Ela perguntou por Rafa e se eu ficaria bem. Eu a tranquilizei, falando que nada que uma porta trancada e um banho gelado não resolvessem.

- Eu vou atrás dela. – Mel correu pra sala ao ver que ele se levantou em direção à porta.

- Para Arthur, você não vai atrás de ninguém. – Mel dava bronca e eu apenas controlava o riso da cozinha.

- Mel, eu não vou perder a Luinha mais uma vez, eu não vou ficar longe dela de novo...

- Pode ir Mel, eu cuido da criança ai. – falei voltando pra sala e ele logo calou a boca.

- Luinha, meu amor me perdoa, eu não faço mais isso. Eu juro, me perdoa?

- Para Arthur! – eu falei um pouco mais alto e afastando ele que vinha todo cheio de mão e com cheiro de álcool pra cima de mim – Primeiro você vai tomar banho, depois a gente conversa.

Melzinha logo saiu com Chay e eu seguir Arthur que andava trocando as pernas pelo corredor até o quarto. Entrando no quarto ele sentou na poltrona e foi tirando os sapatos como se tivesse tirando um chumbo do pé. Isso era engraçado, mas eu não poderia rir.

Começou a tirar a roupa, “ô visão do paraíso!” FOCO LUA, FOCO! Quando estava de cueca e meias começou a andar até o banheiro. Eu me mantive sentada na cama. Quase escorregou devido a meia e o chão liso, o que o fez parar meio do caminho e tira-las de qualquer jeito.

- Luinha... Amor... Me ajuda vai.

- Arthur, se eu for até ai, eu te encho de porrada, toma logo esse banho. – eu falei fingindo está furiosa e quando levantei a cabeça na direção do banheiro vi que ele estava escorado pelo lado de dentro, apenas com a cabeça do lado de fora, e a carinha de cachorro abandonado.

- Por favor! Vem comigo?!

- Não Arthur e se você demorar demais eu vou embora.

- Não eu já vou! Fica ai, não sai!

Eu não sabia sinceramente se dava risadas ou chorava de raiva. Comecei a juntar todas aquelas peças de roupas espalhadas que havia pelo quarto e já escutava o chuveiro ligado, ele gritava que estava com frio e eu não me importei em responder. Se eu soubesse que ele estava maluco a esse ponto eu juro que teria respondido.

- Ta frio! – reclamou novamente e fiquei quieta. – Ela saiu!

Só escutei ele falando isso e um estrondo no banheiro. Corri preocupada, e me deparei com Arthur caído na direção do box, metade pra dentro metade pra fora. Ele foi tentar sair encharcado e ensaboado e bom... Foi inevitável a queda.

- Arthur!

- Achei que você tivesse saído. Fiquei com medo.

- Levanta dai, termina esse banho logo que você tá molhando tudo.

Ele levantou se equilibrou e me puxou. Isso mesmo, mais uma vez o banho do Arthur embriagado acabou comigo debaixo d’agua a toa.

- Eu to com frio, me esquenta vai. – ele começou com aquela voz de galanteador, beijando meu pescoço enquanto eu tentava sem sucesso me soltar.

- Arthur quem precisa de banho frio é você, não eu. – consegui empurrar ele quase o derrubando novamente.

- Fica com raiva de mim não? Me perdoa vai! – ele falava novamente.

Eu o puxei colocando exatamente debaixo da ducha, peguei o shampoo pra lavar os cabelos dele, afinal era um banho de verdade. Triste hora que inventei fazer isso. Ele logo fechou os olhos e começou a sorrir. Parei!

- Para não... Eu gosto disso! – Ele ainda falava enrolado, mas sem tentar agarração.

- Fecha o olho ou então vai arder. – Eu falei o empurrando pra enxaguar o cabelo – E eu que achava que criança aqui só o Rafael.

- Cadê meu filho? Eu não o vi em casa.

- Lembrou que tem um filho Aguiar? – eu falei com ironia – Ele está em casa dormindo, que é o que eu deveria está fazendo também.

- A casa de vocês é essa aqui. Só quero saber até quando você vai enrolar pra voltar pra cá.

- Quem sabe no dia que eu tiver certeza, que o pai do meu filho não vai mais me dar trabalho bebendo demais?

- Pai do seu filho, seu namorado, seu marido, seu, só seu. – Ele veio tentando me beijar novamente, eu desviei e ele segurou meu rosto – Eu te amo tanto!

- Amor de bêbado não vale. – tentei me manter firme, mas já estava ficando difícil.

- Juro que você é o amor da minha vida. A razão por querer permanecer sempre vivo. E no dia que eu escutar isso de volta vou ser o homem mais feliz do mundo.

- Não acredito! – falei e virei saindo do box tirando meu vestido molhado e me enrolando com uma toalha que havia ali.

- Eu vou te provar que é verdade.

Ele logo desligou o chuveiro, saiu com cuidado dessa vez e começou a se secar. Eu já estava no quarto abrindo o guarda roupa dele em busca de algo meu esquecido por ali.

Só achei roupas desconfortáveis pra dormir. E seria outra que iria embora mais hoje. Peguei uma blusa de Arthur e vesti. Ele parou atrás de mim completamente nu e começou a tentar achar algo no guarda roupa, forçando o corpo contra o meu. Ele sabe me provocar. “Respira Lua, respira!”

- Pode me dar licença?

- Eu quero essa blusa ai. – ele falou apontando pra blusa que eu vestia. Eu o olhava incrédula e ele logo abriu a gaveta pegando uma cueca pra vesti – Anda da minha blusa.

- Pegue outra, você que me molhou. – sai enfurecida do quarto e só ouvi as risadas.

Fui até a cozinha passar pelo menos um café forte. Seria ótimo para o porre do Arthur e me deixaria mais irritada ainda. Não demorou muito e ele veio atrás só de boxer.

- Não tem roupa lá não?

- Eu quero essa ai. Só serve essa. – ele falava se aproximando. Eu não vou resistir – Só essa ai já tem seu cheiro.

- Para Arthur! Eu ainda estou com raiva, muita raiva.

- E eu tô louco pra fazer você extravasar essa sua raiva comigo. Mas de outra forma.

Ele não me deu tempo nem de pensar e já me prendia entre o corpo dele e a bancada da cozinha selando meus lábios com os dele completamente furiosos. Uma mão me segurava pela cintura, a outra estava emaranhada no meu cabelo me puxando pela nuca. De inicio eu resistir ao beijo, mas sabia que ali já era batalha perdida.

É... Com o tempo eu vinha descobrindo o porquê que tanto falam que o sexo depois da briga é o melhor. Ele ficava maluco, completamente insano. Era um tanto de mão que surgia, parecia um polvo. Só tive tempo de desligar o fogo no qual eu coloquei a agua do café, e ele me pegou no colo andando em direção ao quarto. Se eu tive medo de cair? Não tenha duvida. Apesar do efeito do álcool ter diminuído ele ainda não estava completamente bem.

Chegando ao quarto ele logo me jogou na cama ficando por cima de mim e segurando meus braços. Começou distribuindo beijos calmos e leves pelo meu pescoço e rosto, nem parecia o mesmo de minutos atrás na cozinha.

- Eu te amo! – falou entre os beijinhos – Não sei viver mais sem você. E não estou falando isso por está bêbado, amanhã eu repito tudo se você quiser.

Eu dei uma risada abafada. Era impossível ficar séria com aquilo. Nossos lábios então se juntaram com urgência novamente. As mãos dele se perdiam entre tentar arrancar minha blusa, e passear pelas minhas pernas. Se era pra aproveitar agarrei logo seus cabelos com uma mão, e com a outra passeava pelas suas costas. Entre beijos, mordidas e chupões tivemos uma noite maluca. Lembram de depois do show? Pois é, foi um pouco mais... Mais intensa digamos assim.

Acordar no domingo, com meu corpo altamente dolorido, completamente nua, e com Arthur praticamente em cima de mim não foi tão ruim quanto parece. Tá assumo, esse negocio de dormir a noite toda de conchinha, abraçadinho, isso cansa e dar uma dor nas costas infeliz. Mas nada que um bom humor não resolva no outro dia.

- Bom dia meu amor! – aonde andava a dor de cabeça que essa criatura deveria acordar hoje?

- Bom dia Arthur. – respondi, ganhei um selinho e fui logo levantando pra ir ao banheiro, quando ele puxou meu braço.

- Antes de qualquer coisa. Eu te amo muito, e eu não sei mais viver sem você. – ele falava numa tranquilidade e eu demorei a entender.

- Ah! Se você achar que não é o suficiente eu falo mais...

Por Nana F