A Nossa Chance - Capitulo 79

79 - Conversa de adultos

POV Lua

Havíamos chegado em casa já a algum tempo. Mari já estava banhada, e vestida com seu pijama favorito. Sim pijama, já que ela é adepta ao mesmo lema que eu. Se não vou sair, pra que tirar meu pijama? Ela era minha cópia mirim.

Estava tomando meu banho e a deixei na sala assistindo ‘Dora, aventureira’. Era engraçado vê-la interagindo com aquela boneca retarda. Cara será que ela não vê que o raposo tá atrás dela? E pra quê chamar um mapa que tá dentro da mochila dela? Ela pode abrir aquela mochila e tirar aquele mapa idiota de dentro dela com as próprias mãos! Deixando de lado minha revolta pela Dora, eu conversaria com Mari logo após fazer um lanche para nós.

Seria mais fácil já que Sophia foi em São Paulo visitar os pais, segundo ela precisava renovar as energias após o termino e nada melhor do que está com a família.  Eu também queria está com a minha agora, mas ela infelizmente se foi do modo mais trágico, mais cruel que se pode existir, eu nunca acreditei na historia que o freio do carro acabou, meu pai sempre foi muito zeloso com esse tipo de coisa, nunca nos envolveria numa situação perigosa. Nunca acabaria com nossa família.

Quando dou por mim, eu já chorava. Fazia muito tempo que eu não chorava por esse motivo, mas a confusão de sentimentos, mágoas nos levam a resgatar feridas ainda não cicatrizadas, que ainda doem, e a dor causa o choro.

Como diria Shakespeare, Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.

Enxuguei as lágrimas e sai do box. O banheiro estava todo coberto pela massa de ar quente, passei minha mão sobre o espelho e encarei meu estado deplorável. Eu estava ainda pior do que entrei, meu rosto avermelhado, nariz inchado e olhos vermelhos. Passei água gelada no rosto e segui para o quarto me trocar, eu precisava estar bem para conversar com minha pequena.

Sai do quarto já devidamente vestida com meu pijama, e segui pela cozinha não antes de escutar Mari gritando ‘Mapa! Mapa!’. Dei um risinho e fui preparar muffins de chocolate para nós duas.

Estava distraída quando escuto passinhos pela cozinha. Mari ia calmamente até o bebedouro, carregando sua boneca de lado.

- O cheiro está bom! - ela disse sorrindo se sentado numa cadeira.

- Garanto que o gosto também! - sorri de volta.

- O que é?

- Muffins.

- Adollllooo! - bateu palmas, e se não fosse minha filha diria que pareceu-se com uma foca. Pêrai, acabei de dizer! Esquece.

- Eu sei. - sentei-me a seu lado na mesa.

- Sabia que eu tenho um irmão mama? - ela perguntou inocentemente, e eu fiquei surpresa por Arthur ter contado.

- Não, me conte quem é? - fiz-me de desentendida. Seria melhor que ela pensasse que fosse a primeira a saber.

- Sabe o Caique? - assenti. - Ele é meu meio-irmão. - ela sorria.

- Jura?

- Juro juradinho! - fez um x com os dedos e os beijou. - Eu só não entendi a parte dele ser meio. Ele não é inteiro mama?

Soltei uma risada diante de sua inocência e comecei a lhe explicar tudo.

- Ah, por que ele também não é seu filho, ele é só meio-irmão?

- Isso mesmo!

- E por que ele não é seu filho? Ai ele seria inteiro.

- Não vamos complicar não é?

- Isso mesmo, sem cumplicações, ganhei um imãozinho!

- Muito bem, meu anjo! - dei um beijo em sua testa e fui tirar os muffins do forno. Eu estava admirada pela capacidade de Mari mesmo tão pequena entender tudo, era melhor que ela não tivesse desavenças com o irmão, seria bom!

Passamos a tarde assistindo a coleção da Barbie (sim ela tinha todos, mas pra Barbie eu dou um desconto) e comendo muffins. Logo a noite Sophia chegou e mandou que eu ligasse para minha babá pois hoje íamos curtir a vida de solteiras.

Por Karina, Andreliny e Yanca

Oie,

Até onde vai o poder de insistência de vocês hein?!

Eu mal aviso que só vou postar um capitulo por dia e acabo postando três kkkkkkkk

Adorei a quantidade de comentários... Valeu Gika, Dani, Maria, Lua F, Ale, Carol Duarte, Eliandra, Nildes, Kelly, Lara F., Amanda A., Evelynne, Caroline, Julia, Camila, Rávyla, Yasmin.

Anna Carolina, espero que comente mesmo sempre que puder. E porque não tenta escrever algo? É tão bom!

Bruna, tô preocupada com sua reação ontem nos comentários... Foi mesmo só por conta da confusão do Arthur, ou teve alguma outra coisa?

Camila Cantelli, não lembro de comentários seus anteriores, leitora nova???

Fê, apesar de dramática nunca gostei deles sofrendo muuuuito. A web não é minha e como está finalizada não se pode trocar isso. Realmente é estranho se perdoar as coisas tão facilmente. Mas criança tem isso sabia? Quando ela gosta de uma pessoa de verdade é difícil guardar magoa por tanto tempo. Enfim, espero que continue lendo porque não falta muito para o fim.

Elaine, que bom que resolveu aparecer. Bem vinda! Obrigada pelo elogio. Sou obrigada a concorda que Arthur tem que sofrer, eu mesmo não perdoo traições, mas de certa forma a distancia de quem ele gosta já está sendo um sofrimento.