24
HORAS NO AR
Um dos dias mais
felizes da minha vida foi quando descobri que estava grávida.
Os sintomas estavam
lá: enjoo, seio dolorido, uma fome louca e um sonho absurdo. Eu sempre fui toda
confusa com o ciclo menstrual, então o atraso não era um sintoma tão evidente
assim.
Mas ter amigas meio
bruxinhas é um negócio sério!
Minha amiga Duda chegou
de manha do nada, na minha mesa do trabalho e falou assim:
- Lua você está grávida! Vamos fazer o exame
de sangue agora! – e já foi me rebocando para um laboratório mais próximo.
Não comentei o fato
com o Arthur, para não criar expectativas. Nós já estávamos casados a 1 ano e
realmente queríamos aumentar a família, mas sem pressão.
Durante o dia não consegui trabalhar direito,
só pensando na possibilidade de ser mãe, de ter um mini Arthur crescendo dentro
de mim (a gente sempre acha que é menino e vai ser igual ao pai). Fiquei
lembrando os meus tempos de criança, quando brincava de boneca, cuidando,
alimentando e achando, que quando fosse um bebê de verdade seria igualzinho.
No fim do dia,
aparece uma Duda enlouquecida pelo resultado do exame, para a nossa alegria deu
POSITIVO. Não agüento e caiu no choro, no nervosismo liguei para o Arthur e
contei pelo telefone mesmo. Sou uma insensível mesmo, nem pensei em preparar
uma surpresa, nem nada. Mas eu estava nervosa gente, me dá um desconto!
Eu e o Arthur
estávamos muito felizes!
Comecei a mudar o meu
ritmo de vida e repensar as minhas prioridades e necessidades. Isso é normal,
acontece com qualquer mãe.
O ser mais importante
no mundo era o mini Arthur. Nem sabíamos
se era menino ou menina, o importante mesmo era que viesse com saúde, pois
tanto eu quanto o Arthur já amávamos o nosso filhote, ou FLA como o chamávamos
– filho da Lua e do Arthur.
Como o passar dos
meses, mesmo com o estresse da rotina diária, o meu pensamento era só no bem
estar do FLA e o Arthur me apoiava 100%. Ele era tão babão quanto eu.
No quarto mês,
durante a ultrassonografia, confirmamos que FLA era um menino, agora conhecido
como Guilherme, o nosso Gui.
Com esta informação
em mãos, fomos para empreitada - decorar o quarto.
O Arthur cismou e fez
tudo sozinho: pintou as paredes de azul e branco, colocou os adesivos de
carrinhos e montou os móveis todos branquinhos. Foi um estresse só, mas no
final tudo deu certo. O quarto ficou lindo e o Arthur era só orgulho, mesmo
acabado de cansado.
Conforme a barriga ia
crescendo eu me sentia mais mãe, sabia que faria qualquer coisa pelo Gui. Meu
objetivo na vida passou a ser a garantia de sua felicidade e segurança.
Minha gravidez corria
super bem, sem problema nenhum e eu estava cercada de amor por todos os lados.
De repente o susto...
Estava com 7 meses e
o Guilherme, apressadinho, resolveu nascer.
Correria
generalizada! Enfim Gui nasceu, mas como pré-maturo foi para a UTI Neonatal.
Foram dias tensos, 24 horas no ar. Eu só saia de perto dele quando as
enfermeiras me mandavam embora.
Se um dos melhores
dias da minha vida foi quando eu descobri que ia ser mãe, o pior foi quando tive
que sair do hospital e deixei um pedaço meu e do Arthur pra trás. Voltar para a
nossa casa sem o nosso pequeno príncipe. Era temporário sabíamos, mas doía do
mesmo jeito.
Foram 30 dias de sacrifício,
choro e alegrias sempre comemorando cada avanço dele.
Lar Doce Lar! Gui em
casa!
Começava mais uma
batalha. Crianças não vêm com manual de instrução. Logo eu, o Arthur e o Gui
precisaríamos nos entender e fazer essa família funcionar.
Os primeiros anos
foram difíceis, literalmente 24 horas no ar – profissão mãe.
Mesmo se eu estivesse
em qualquer outro lugar, meu pensamento e coração eram no Gui. Sabia que ele
estaria bem em casa com a babá (super de confiança), na escolinha ou na casa dos
avós. E coração de mãe sossega!
Nunca!
Em virtude da
prematuridade do Gui, minha vida nesses primeiros anos foi correr atrás de uma bateria
de médicos, fazer exames que nem sabia que existam e qualquer alteração no
clima ou respirada mais estranha... dá emergência e bombinha.
Mas tenho que
defender o Arthur, ele era tão preocupado quanto eu. Acho que desde que o Gui nasceu,
ele nunca mais dormiu uma noite inteira.
Com os anos passando
e o amadurecimento natural do Gui, minhas preocupações com a saúde dele foram
para níveis normais, mas em compensação arrancava os cabelos com suas
peraltices. O moleque não parava! Eu “brigava” com ele, colocava de castigo.
Mas no fundo me orgulhava do meu filhote (sorriso e olhos do pai), sua energia
e alegria eram contagiantes.
Depois vendo Gui ficar
mais velho, não o acompanhava mais. Ele não me queria mais por perto (era
mico). Mas como mãe vigilante, sempre dava um jeitinho de me inteirar do que estava
acontecendo na sua vida. Sempre de prontidão para socorrer, amparar e ouvir. Cuidando
de um machucado no futebol ou até paparicando meu bebê, depois de um fora da
namoradinha (menina boba, não sabe o partidão que perdeu).
Vida de mãe é assim
sempre se orgulhando da cria, mesmo quando é para dar bronca. Sempre ali só
para dar um colo. Não importa a idade.
Sou mãe 24 horas!
FIM
Por Paula Gonçalves
Nota da autora:
Crianças são fofas, mas para ter, tem que saber
cuidar e ter como manter.
Essa
historia é para a minha mãe, minha irmã, minhas amigas que lutaram e lutam 24
horas por dia, para garantir excelência na profissão mais linda do mundo: Ser
mãe.
Isso também
vale para todas aquelas que sonham em ser mãe um dia.
Mais uma obra de Paulinha, espero que tenham gostado... Beijos, Nana F.
Aiii que lindinha essa ueb,muito fofa!!! Hahahaha imagina um mini Aguiar que lindo,gostei dessa ueb :) pena que só teve um cap. gostaria de ler ela inteirinha!
ResponderExcluirai eu amei amei amei como dizia Becky kkk , nossa amei , se quiser esticar essa web eu vou adorar bjs parabéns web maravilhosa.............
ResponderExcluirlinda a web parabéns paula deveria ter mais capitulos kkk mais eu amei.
ResponderExcluircaroline
Amei mt bom
ResponderExcluirMuito boa amei ...Parabéns (bem que podia ter mais cap ) :)
ResponderExcluirMuito fofa!! Amei e mais capítulos serão muito bem vindos...
ResponderExcluirAmei eu sei o que é isso pq eu sou mãe e é 24 h em função do meu filho e marido mas não me arrependo de ter tido meu filho a pesar das dificuldade pra mim no começo mas eu tirei de letra e hoje ele é tudo pra mim eu amo ele acima de tudo nessa vida .
ResponderExcluirPaula a web é linda e muito fofa.
ResponderExcluirlegal.... adorei o nome dele...Gui...
ResponderExcluirAchei super bem contada,pq minha mãe vive em função de cuidar de mim e dos meus irmãos mesmo depois que ja crescemos eu que sou a mais nova tenho 15. Mas pras mães sempre vamos ser bebês
ResponderExcluirAh linda amei a web.... concordo com essa sua "lição de moral" no final, um dia pretendo ser mãe,(bem no futuro claro), e sei q o dia q puder sentir a graça de ser mãe vou levar essa profissão para o resto da vida e sempre estarei 24 horas no ar, cuidado do meu amor...
ResponderExcluirAle
Gentee que meiga, que linda, que fofa e que maravilhosa web foi essa, muito bem escrita e com uma moral muito linda no final. Linda, arrasou, escreva mais vezes que eu me prontifico a ler tudo, parabéns *-* XxCamila
ResponderExcluirMeninas, adorei saber que vocês gostaram da historia. Ser mãe e a melhor coisa do mundo. Mas essa web não vai ter outros capítulos, não. Foi complicado escreve-la. Mas vale a mensagem > ser mãe e ótimo mas tem hora certa!
ResponderExcluirObrigada pela forca.
Bjs
Paula
Que lindo,adorei a web!!!
ResponderExcluirBeijos,Duda
Paulinha, lindo capítulo único com gosto de quero mais. Beijos da prima Cacau.
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