A Nossa Chance - Capítulos 90 e 91

90 – Acordando

POV Arthur

Nada mais o que eu já devia imaginar. Quando eu acordei Lua já havia ido. Ela sempre com suas artimanhas que me domam e me fazem perder o controle do que eu quero. Solto um riso sem vida ao encara aquele quarto antes tão quente, agora tão frio.

Vesti-me depressa e fui direto para casa. Eu ainda precisava arrumar uma nova babá pra Caique já que Lua apossou-se da minha. O pequeno ainda dormia serenamente quando eu cheguei. Provavelmente nem sentiu minha falta.

Faço minha higiene matinal e quando desço estranho a falta de Clair. Dei de ombros e segui até a cafeteira. Fiz meu café e procurei por pão.

Caique logo que acordou comeu um de seus danones sagrados de todo dia e eu fui arruma-lo para ir pra escola.

Quando finalmente tudo o que tem que ser feito está feito eu saio para trabalhar, um dia cansativo puxado e meus pensamentos não saem de Lua. De como nossa noite foi fantástica e como eu a queria de volta.

No período da tarde recebo uma ligação de Brian me dizendo que Lua voltou a trabalhar, até ai tudo bem, mas quando ele disse quem era o dono da escola, minhas mãos se fecharam em punho no celular e eu tenho minhas duvidas de como ele ficou inteiro.

- Tudo bem aí, Arthur? – Brian disse me despertando.

- Sim, sim, eu só estou... Tudo bem continue fazendo seu trabalho.

- Certo, até mais!

Desliguei sem me despedir e voltei a me concentrar nas tarefas ou pelo menos tentar.

91 - Primeiro dia

POV Lua

Correria. Isso resume o meu primeiro dia na Escola de Ensino Infantil Amaral, turmas cheias crianças incontroláveis, brigas a todo o momento, e sujeira pra tudo quanto é lado. Você pensa, nossa que cansativo. Que nada, eu estou me sentindo realizada, é tudo tão fantástico poder retornar a trabalhar com crianças elas alegram o nosso mundinho tão sem graça.

A tarde quando estava saindo do trabalho meu galante chefe ofereceu-me uma carona. Eu recusei, ainda estava afetada pelo fato dele ter levado um soco de Arthur. Mas como o Thiago é insistente e usou de todos os argumentos possíveis para que eu aceitasse, eu fui ué, não faz mal é uma carona.

Conversávamos sobre várias coisas, eu ria muito dele e suas piadinhas sem graça, isso até pararmos num sinal.

- Lua... – virou-se para mim e tentou uma aproximação rápida.

Eu logo engoli o riso e desviei de sua boca.

- Thiago, é melhor sermos só amigos... Eu não quero misturar as coisas sabe, patrão e empregada...

- Tudo bem, - riu. – se eu soubesse que seria assim eu não teria lhe dado a vaga! – falou brincalhão, mas eu sabia que era verdade.

- Oh, isso é um insulto contra minha pessoa. – fiz uma voz afetada.

- Certo, não direi mais! – riu e voltou a dirigir.

Ele me deixou em casa e sem despedidas extraordinárias eu entrei no meu apartamento.

A sala estava vazia e várias correspondências em cima da mesa. Fui até lá e olhei de uma a uma até bater meus olhos num envelope preto, que dizia em letras vermelho sangue: A última carta para Lua Maria.

Por Karina, Andreliny e Yanca

Avisando logo, que como só faltam 3 capítulos, a partir de amanhã é um só por dia!

Sim, eu sou um pouco má!

Beijos, Nana F.