Mais que Amigos - Caps 45 e 46

Post 45

- Luinha, foi por minha causa que você chorou? – indiretamente... – Foi pelo que eu falei?

- Não Thur. Não foi pelo que você falou. – ele me soltou e eu segui para o banheiro. Melhorar minha cara era tudo que eu poderia fazer.

Já na sala...

- Sério, vamos jogar alguma coisa que não seja vídeo game. – Soph implorava.

- Um joguinho da verdade ia bem. – Sugeriu Chay.

- Jogo da verdade onde todos se conhecem como a palma da mão não tem graça. – Mel respondeu.

- Tem sim. É só a gente deixar ele mais picante um pouco. – Mica completou me deixando a ponto de fugir daquele lugar.

- Não entendi! – Soph o indagou olhando confusa.

- Assim linda. Nós todos se conhecem muito bem, mas garanto que tem coisas da sua vida que seu irmão, por exemplo, não sabe. – Mica se explicava e eu pensava ainda mais em fugi.

- Claro que tem, e vai continuar sem saber. Não topo! – ufa!

- Nem eu! – eu respondi, sem animo nenhum.

- Segredos Luinha? Garanto que o Thur sabe de todos. – Mel brincou.

- Nem sabe. – continuei desanimada, e juntei minhas pernas ao meu corpo no sofá, de forma que apoiei minha cabeça nos joelhos.

- Ei, você tá tristinha? – Mel perguntou pra mim, dessa vez apenas pra mim sem muito alarde.

- Digamos que estou com um probleminha do tamanho do mundo que quanto mais tento resolver, mas eu pioro a situação.

- Coração?

- É... Nosso traiçoeiro coração. – ela apenas me abraçou, e agradeci por aquilo.

- Vocês são chatas. Não tem outra coisa pra fazer. – Mica falou e Chay concordou.

- Eu quero ir pra casa. – falei baixinho com Mel, mas como minha sorte não estava lá essas coisas, Arthur ouviu.

Senti uma mão logo acariciar meus cabelos, e aos poucos me puxar para um abraço de lado. Apenas apoiei minha cabeça no peito dele, e procurei respirar fundo. Isso já era maldade demais.

- O que você tem hein? Não gosto de te ver assim. – ele falou baixinho apenas pra mim, mantendo uma mão em volta do meu corpo me abraçando, e a outra acariciando meu cabelo. Eu poderia parar o mundo agora.

- Não quero falar.

- Hoje eu deixo passar. Mas depois vai ter que me contar o que te deixou assim.

Eu apenas assenti. Cansada de saber que eu nunca falaria o que me deixou assim, o que me deixa assim pra falar a verdade.

Ficamos naquela confusão sobre o que fazer até que uma alma caridosa teve a ideia de assistir filme e sossegou todo mundo. Não me lembro quem teve a ideia muito menos qual foi o filme escolhido. Sei que pra minha felicidade, ou não, Arthur não desgrudou de mim. Também era meio difícil mantermos distancia com os outros quatro se pegando.

- Ainda quer ir pra casa? – ele sussurrou – Se quiser te levo.

- Não precisa mais. Já estou bem.

- Te ver assim me deixa triste também. – ele continuava abraçado comigo. – Até hoje não sei explicar o porquê disso.

- Carinho.

- É algo maior, não sei. – essa conversa me fazia delirar.

- Eu também sinto algo a mais. – quem mandou minha boca falar isso?

- Você é minha irmã, e eu não vou deixar você triste nunca.

IRMÃ? Fala sério! Eu aqui me iludindo com o sentimento maior, quase falando besteira e ele me chama de irmã? Nada mais broxante que isso.

FLASHBACK #18 OFF

Post 46

POV Mel

É... Minhas previsões estavam certas. O que não contávamos é que Luinha iria sofrer tanto por isso.

Naquele dia acabamos dormindo todos lá em casa. Soph, e Mica dormiram no colchão na sala onde adormeceram durante o filme. No quarto de hospedes, onde havia uma cama de casal em que colocamos Julia, a Lua foi deitar com a mesma depois que ela acordou chorosa pela “ti Inha” dela. Arthur rodou que nem um tonto pela casa e acabou indo parar onde? Na cama com ela. CALMA!!! Eles só dormiram de conchinha e de porta aberta, o que permitiu que eu e Chay observássemos enquanto íamos para o meu quarto, o quanto eram fofos juntos. Puxamos a porta do quarto pra barulho nenhum acordar Julia.

Pena que ele a enxergava apenas como amiga, como irmã, como uma criancinha indefesa.

POV Lua

            Mel fala demais, sempre demais!

            Mas não tenho como negar que aquela noite rendeu história...

FLASHBACK #19

Julinha acordou chorando e chamando por mim enquanto o filme ainda rolava. Como não estava prestando atenção em mais nada, não pensei nem duas vezes antes de sair daquela situação constrangedora em que eu me encontrava na sala e ir ficar com ela. Eu precisava de uma boa noite de sono.

Quando cheguei ao quarto fui logo me deitando do lado da pequena, pra que ela se acalmasse e pudesse voltar a dormir. Não demorou muito, e assim que reparei que ela havia de fato caído no sono fui até o quarto da Mel atrás de uma blusa confortável pra que eu pudesse dormir. Assumo que nunca gostei de camisolinhas, ou roupinhas embonecadas pra dormir, meu caso sempre foi calcinha e camiseta, daquelas bem largas, mas aqui na casa da Mel o máximo que eu consegui foi uma camiseta de alcinha fina e que devido a nossa diferença de altura cobria uma parte da minha calcinha. Agradeci por estar vestida com uma das minhas calcinhas shorts que adoro também. Bom, voltei para o quarto, me deitei, e me cobri com uma coberta que Mel já havia deixado ali pra quem fosse dormir no quarto. Apaguei.

Tudo lindo, tudo bem! Julinha dormiu o resto da noite, por milagre ainda não havia despertado, mas a minha vontade de usar o banheiro me obrigava a abrir os olhos. O que minha lerdeza matinal não me permitiu visualizar é que algo me prendia na cama. Mas como assim? Ao ver do que se tratava, juro que quase morro.

Era ele, lindo como sempre, sem camisa, não me arrisquei levantar a coberta pra olhar, mas ao mexer minha perna eu arriscaria que sem a calça também.

Por que meu Deus? Por que comigo?

Eu precisava ir ao banheiro, eu precisava sair daquela situação constrangedora, eu precisava sumir sem ele perceber.

Eis que resolvi me mexer na cama e...

Por Nana F.

Nãoooooo

Não me matem!!!!

Beijocas, Nana F.

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