domingo, 14 de abril de 2013

Sonho ou Realidade - Capitulo Único


Sonho ou Realidade


Toda menina sonha com o príncipe encantado. Toda menina dos 10 aos 80 anos sempre sonha.
Eu tinha 15 anos, me chamo Lua. Como toda garota gostava de música e boys bands. Achava que ia casar com o Nick Jonas do Jonas Brothers. Mas quando eu sonhava o meu príncipe encantado era outra pessoa. Ele era moreno, olhos pretos grandes e profundos, boca perfeita (parecia que havia sido desenhada à mão), cabelo bagunçado, corpo definido, mas não musculoso. Sempre quando andava era puro charme e por onde passava podia sentir o perfume (DIMITRI).  Ele era a perfeição. Nos meus sonhos ele se chamava Arthur. Detalhe: eu não conhecia nenhum Arthur.
Eu sempre sonhava com ele, mas era sonho, esse segredo ficava entre mim e meu travesseiro.
Com o passar do tempo “fui ficando” e até namorando alguns meninos. Não era a do tipo “pega geral”. Procurava em todos eles um pedacinho do meu sonho, mas nunca encontrava. Tudo bem, sonho é sonho. A realidade estava bem legal. Eu me relacionava com meninos ótimos, nada sério, também era muito nova e queria aproveitar a vida: faculdade, viagem, trabalhar, morar sozinha e tomar conta do meu nariz.
Aos 18 anos entrei para faculdade de administração. Meu primo Chay veio do interior para fazer faculdade de engenharia, na mesma universidade que eu.  Ele iria morar lá em casa. Quando eu era pequena, às vezes, ia passar as férias lá no sitio dos meus tios, mas não lembrava direito, já fazia muito tempo.
Meu primo se mudou de mala e cuia aqui para casa, e foi a maior festa. Eu gostava muito do Chay. Ele comentou com a minha mãe que mais dois amigos dele do interior viriam estudar engenharia também. Eles morariam em uma república próxima ao campus da universidade.
Minha mãe ofereceu ajuda, caso precisassem. Só não pediu para eles morarem lá em casa, por pura falta de espaço. Minha mãe adorava casa cheia, ainda mais cheia de jovens, ela adorava a bagunça.
As aulas iriam começar  e os amigos do meu primo só chegariam no segundo dia de aula. Uma coisa estranha aconteceu, quando Chay falou o nome dos meninos: Micael – Mica e Arthur  - Thur. Meu coração parecia que ia sair pela boca e meu estômago revirava. Sacudi a cabeça para espantar esses pensamentos estranhos.
Primeiro dia de aula tudo normal, curtindo todas as novidades do mundo da faculdade.
Segundo dia de aula tudo bem, começava a conhecer pessoas novas e  desbravar o campus. De repente, perto do jardim, vejo Chay conversando com dois meninos, ambos de costas para mim.  Quando Chay me viu, fez um sinal para me aproximar, fui até lá, estava de bobeira mesmo. Me abraçando de lado ele disse:
- Luh, esses são o Micael e o Arthur.
 Quando olhei para frente, me deparei com um sonho, quer dizer com o meu sonho. Se não estivesse apoiada no meu primo cairia no chão. Mica veio falar comigo, me cumprimentou com dois beijinhos, um em cada bochecha. Eu o achei até bonitinho, simpático. Já fiquei imaginando o quanto esses três juntos não haviam aprontado. No interior eles deviam “pegar todas”.
O Thur veio falar comigo... Meu Deus... Acho que eu estava nas nuvens. Parecia que meu sonho de menina tinha virado realidade, personificado, parado na minha frente. Tudo era igualzinho: cabelo, olhos, boca, pele, corpo, cheiro, tudo. Então ele disse:
- Oi Lua, prazer.
Eu não conseguia responder (que voz era aquela?), fiquei imaginando ele sussurrando o meu nome ao pé do ouvido. Eu estava completamente encantada e envolvida. De repente, seus beijos estalaram nas minhas bochechas, essas ficaram vermelhas, rapidinho. Acho que iria explodir. Só consegui responder uma coisa:
 - O prazer é todo meu (e como era!).
Eles ficaram ali conversando sobre a saudade de casa, da família.  Estavam empolgados com as novas experiências: morar fora, faculdade, gente nova. Enquanto eles conversavam, eu só encarava o Arthur, quer dizer a boca dele, a coisa mais perfeita que eu já havia visto.
Quando me fizeram uma pergunta, tentando me colocar dentro do papo, respondi (com cara de boba):
– Pode ser. Sai do meu devaneio ao ouvir o Mica gritando que iriam conhecer umas garotas e de biquini.
Voltei para a terra... Do que ele estava falando?
Chay, percebendo que eu estava completamente por fora do assunto, foi logo me atualizando. Eu havia concordado em irmos à praia depois da faculdade e, ainda, levaria algumas amigas.  Fomos à praia no finalzinho daquela tarde, chamei a Mel e a Sophia. Foi tudo muito legal. Entre papos e brincadeiras, afinal estávamos nos conhecendo. Acabamos nos dando bem.
Sentada na areia, olhando o pôr do sol, me dou conta que Arthur sentava-se ao meu lado, o resto da galera brincava no mar, logo estávamos sozinhos.
- Luh, está legal aqui, né? O pôr do sol é lindo! No interior não tem isso. Eu só vejo o mar quando saio de férias. Há muito tempo eu não sentia esse cheiro gostoso de mar. Isso acalma e renova as energias. Você não acha?
- Sim, renova muito! Foi a única coisa que eu consegui responder. Perto dele eu ficava completamente muda, nervosa, sem graça. Essa foi nossa primeira tentativa de diálogo, e parou por ai, culpa de quem? Minha.
O pessoal voltou para a areia rindo e brincando, meu priminho e seu amiguinho simpático se deram bem com as minhas amigas. Com o tempo, nós seis começávamos a ficar mais próximos. Nos fins de semanas não saíam lá de casa, e como eu desconfiava, as minhas melhores amigas estavam a fim deles. Então, virava e mexia, elas aterrizavam lá em casa para passar o fim de semana também. E essa história, do Mica e do Thur ficarem circulando lá em casa me rendeu situações engraçadas, senão fossem constrangedoras, para mim, era claro.
Por exemplo, eu nunca fui de acordar cedo aos sábados. Tinha o péssimo hábito de acordar e ir “acabar” de dormir no sofá da sala de TV, ou seja, tirava um cochilo lá, da maneira que eu acordasse, descabelada, pijaminha e olhos inchados. Além de levantar meio grogue, levava um tempinho para eu acordar de fato. Chay sempre me encarnava, dizendo que eu não acordava, ficava em “stand by” para economizar energia. Alguém tinha que me dar algum comando para começar a processar. Sinceramente, essas piadinhas técnicas dele não eram engraçadas e, às vezes, eu não entendia mesmo. Bem, era um sábado e fazia um calor danado, logo eu usava um pijaminha branco curto (shortinho e camiseta de alcinha com renda). Acordei, fui para a sala de TV, deitei no sofá e dormi.  Eu estava tão tonta de sono e não percebi que o Thur estava vendo TV. E quando eu despertei do meu “acabar de dormir”, estava deitada com a cabeça no colo do Arthur, ele com cara de bobo, sem saber o que fazer, além do Chay e o Mica segurando a risada. Levantei desesperada, pedindo mil desculpas para o Arthur, ignorando totalmente as outras pessoas. Sabia que o Chay iria me encarnar o resto da vida. Mas uma coisa eu percebi, o Thur “secava” as minhas pernas, totalmente expostas por causa do shortinho curto. Chagando ao meu quarto, mesmo com vergonha da situação, fiquei rindo lembrando a cara de bobo do Arthur.
À medida que essa convivência aumentava o meu encantamento também crescia. Comecei a ficar mais à vontade com ele, mas nunca esquecendo o quanto mexia comigo, um sorriso, a voz falando o meu nome. Com a proximidade, as situações engraçadas e constrangedoras aconteciam o tempo todo. Na faculdade, por exemplo, ele começou a implicar com alguns amigos meus. Havia um menino na minha turma, que queria ficar comigo, e eu sabia. Não rolava nada, éramos só amigos mesmo. Um dia, estávamos conversando em um dos jardins do campus, ele mexia no meu cabelo e tal, mas nada demais. Chegaram o Chay e o Thur, o último todo emburrado, com um bico enorme e mal cumprimentou meu amigo, que todo sem graça foi embora. E o Sr. Arthur veio logo tirando satisfações comigo (fala sério, quem ele achava que era? Mas que era fofo era!).
- Luh, resolveu ceder aos encantos do engomadinho? Viu isso Chay, sua priminha cheia de intimidade com o almofadinha?
- Arthur, o que você tem a ver com isso? Ele é meu amigo. Se eu quiser beijar, ficar, namorar, casar ou fazer qualquer outra coisa o problema é meu. Você está maluco! 
Saí e Arthur ficou roxo. Chay só sabia rir. Quem passasse, pensaria que se tratava de uma clássica cena de ciúmes.
Em casa, na rua era sempre a mesma coisa. Ele implicava com qualquer menino que chegasse perto de mim. E eu começava a me incomodar, quando qualquer piriguete se jogava para cima dele, e piorava quando ele pegava. Nesse meio tempo, o Arthur nunca namorou sério ninguém.
Entre ceninhas, pitis e ataques de ciúmes, algumas passagens merecem destaque. Era aniversário do Chay e minha mãe fez um churrasco aqui em casa. Ele e os meninos chamaram um pessoal da faculdade e, lógico, chamei as meninas. Dia de sol, churrasco e piscina - dia perfeito. Estava tudo muito animado, casa cheia. No meio da festa, fui ao meu quarto procurar o meu mp3 para trocar o playlist, só que não achava. Lembrei que estava no quarto do Chay, fui até lá e vi a cena mais linda do mundo. Thur saindo do banheiro, com toalha enrolada na cintura, banho tomado e cabelo molhado.
- Desculpa, foi mal (falei toda sem graça, mas secava aquele abdômen perfeito)! Só vim procurar meu mp3. Depois eu vejo isso. 
Falei, já saindo.
Então aconteceu a surpresa. Ele segurou o meu braço, olhou nos meus olhos e ...
- Luh, espera, acho que a gente precisa conversar.
Fiquei muda, ele se aproximou de mim, fiquei esperando ele falar alguma coisa. Mas ele também emudeceu. Passava a mão no cabelo nervoso. Passaram segundos, que pareciam uma eternidade e nenhum dos dois falava nada. Olhei em volta, não agüentava mais encará-lo naquele silêncio. Localizei meu mp3 em cima da mesinha, peguei, disse tchau e saí. Ao fechar a porta pude ouvir ele se xingando de idiota. Não entendi se ele era idiota por ter começado a falar ou por não ter terminado. Iria morrer na dúvida.
Não tocamos mais no assunto e seguimos em frente com o nosso joguinho da implicância.
Umas das situações mais engraçadas foi quando ia sair para uma balada com as meninas. Os três mosqueteiros (era como chamávamos Chay, Mica e Thur) tinham acampado lá em casa naquele fim de semana (nenhuma novidade!). Nós nos arrumamos, produzidas mesmo, prontas para abalar. Para vocês terem uma idéia, eu estava com um vestido tubinho preto, salto vermelho, cabelo escovado, maquiagem valorizando os olhos, tudo bem produzido, sem ser vulgar. As meninas estavam no mesmo estilo, “vamos arrasar”. Quando chegamos à sala, onde os meninos jogavam vídeo game, a reação dos três foi muito engraçada. Eles ficaram de queixo caído, pude ver o Thur quase “babando”. Até o Chay quebrar o silêncio:
- Aonde vocês pensam que vão?
- Priminho, não deu para ver? Vamos a uma balada, dançar e nos divertir.
- Vestidas assim e sem escolta? Nem pensar!  falou Thur, o emburrado.
- Esperem um pouquinho que nós vamos com vocês. – grita o Mica já indo para o quarto.
Saímos os seis. Nós, meninas, no carro da Mel e os meninos no carro do Arthur.
Chegando lá eu e as meninas fomos logo para a pista, nos acabávamos dançando. Com certeza chamávamos a atenção, aos poucos alguns rapazes começaram a se aproximar, puxar papo e dançar com a gente. Nós três ficamos só curtindo, de repente, chegam três rapazes muito sérios e nos cercam, quem eram? Os três mosqueteiros! Eles espantaram os meninos que estavam próximos a gente.
Do nada Arthur me puxa para fora da pista.
- Que isso Thur, eu estava dançando?
- Fica quietinha Lua, senão eu perco a coragem.
Ele me beijou, e que beijo! Até melhor que nos meus sonhos. Os meus sonhos de menina estavam se concretizando.
Aprendi que sonhos podem virar realidade, de onde menos se espera. Durar para sempre é outra história!
Vou continuar beijando esse príncipe, antes que ele vire sapo ou o encanto acabe. Ou será que não acaba?

Por Paula Gonçalves

Ai ai... - Nana suspirando...

Lindo... Apenas isso!

17 comentários:

  1. wonnt que fofo *-* Adoreii <3
    GNP ^^

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  2. AA se meus sonhos se realizassem desse jeito, estaria mais feliz e confiante haha *u* xxCamila

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  3. Muito fofa a história, bem que podia ser a realidade né! Os sonhos se tornarem verdade.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Logo no começo desconfiei que fosse a paulinha!! haha
    Amei, parabéns paulinha!
    Ass: Julia

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  6. Que história linda!!! Amei amei amei...

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  7. A história foi muito fofa,adorei! Lembrei do Thur de MQA todo ciumento que nem esse Thur kkkkkkkkkkkkkk,cara tava disconfiando que isso tinha dedinho da Paulinha pq os caps que ela faz são ENORMES e bem explicadinhos kkkkkkkkkkkkkk ai eu pensei "cara,se isso não é da Paulinha,é de alguma irmã gêmea ou alguém que se inspirou nela" kkkkkkkkkkkk pensamento louco néh U-U

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  8. ameiiiiiiiiiiiiiiiiii, Parabéns!!!!!!!

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  9. Lindo, amei, amei amei
    Ale

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  10. nossa vc escreve muito meninaaa quero mais webs suas

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