Sonho ou Realidade
Toda menina sonha com
o príncipe encantado. Toda menina dos 10 aos 80 anos sempre sonha.
Eu tinha 15 anos, me
chamo Lua. Como toda garota gostava de música e boys bands. Achava que ia casar
com o Nick Jonas do Jonas Brothers. Mas quando eu sonhava o meu príncipe encantado
era outra pessoa. Ele era moreno, olhos pretos grandes e profundos, boca
perfeita (parecia que havia sido desenhada à mão), cabelo bagunçado, corpo
definido, mas não musculoso. Sempre quando andava era puro charme e por onde
passava podia sentir o perfume (DIMITRI).
Ele era a perfeição. Nos meus sonhos ele se chamava Arthur. Detalhe: eu
não conhecia nenhum Arthur.
Eu sempre sonhava com
ele, mas era sonho, esse segredo ficava entre mim e meu travesseiro.
Com o passar do tempo
“fui ficando” e até namorando alguns meninos. Não era a do tipo “pega geral”.
Procurava em todos eles um pedacinho do meu sonho, mas nunca encontrava. Tudo
bem, sonho é sonho. A realidade estava bem legal. Eu me relacionava com meninos
ótimos, nada sério, também era muito nova e queria aproveitar a vida:
faculdade, viagem, trabalhar, morar sozinha e tomar conta do meu nariz.
Aos 18 anos entrei
para faculdade de administração. Meu primo Chay veio do interior para fazer
faculdade de engenharia, na mesma universidade que eu. Ele iria morar lá em casa. Quando eu era
pequena, às vezes, ia passar as férias lá no sitio dos meus tios, mas não
lembrava direito, já fazia muito tempo.
Meu primo se mudou de
mala e cuia aqui para casa, e foi a maior festa. Eu gostava muito do Chay. Ele
comentou com a minha mãe que mais dois amigos dele do interior viriam estudar
engenharia também. Eles morariam em uma república próxima ao campus da
universidade.
Minha mãe ofereceu
ajuda, caso precisassem. Só não pediu para eles morarem lá em casa, por pura
falta de espaço. Minha mãe adorava casa cheia, ainda mais cheia de jovens, ela
adorava a bagunça.
As aulas iriam
começar e os amigos do meu primo só
chegariam no segundo dia de aula. Uma coisa estranha aconteceu, quando Chay
falou o nome dos meninos: Micael – Mica e Arthur - Thur. Meu coração parecia que ia sair pela
boca e meu estômago revirava. Sacudi a cabeça para espantar esses pensamentos
estranhos.
Primeiro dia de aula
tudo normal, curtindo todas as novidades do mundo da faculdade.
Segundo dia de aula
tudo bem, começava a conhecer pessoas novas e desbravar o campus. De repente, perto do
jardim, vejo Chay conversando com dois meninos, ambos de costas para mim. Quando Chay me viu, fez um sinal para me
aproximar, fui até lá, estava de bobeira mesmo. Me abraçando de lado ele disse:
- Luh, esses são o
Micael e o Arthur.
Quando olhei para frente, me deparei com um
sonho, quer dizer com o meu sonho. Se não estivesse apoiada no meu primo cairia
no chão. Mica veio falar comigo, me cumprimentou com dois beijinhos, um em cada
bochecha. Eu o achei até bonitinho, simpático. Já fiquei imaginando o quanto
esses três juntos não haviam aprontado. No interior eles deviam “pegar todas”.
O Thur veio falar
comigo... Meu Deus... Acho que eu estava nas nuvens. Parecia que meu sonho de
menina tinha virado realidade, personificado, parado na minha frente. Tudo era
igualzinho: cabelo, olhos, boca, pele, corpo, cheiro, tudo. Então ele disse:
- Oi Lua, prazer.
Eu não conseguia
responder (que voz era aquela?), fiquei imaginando ele sussurrando o meu nome
ao pé do ouvido. Eu estava completamente encantada e envolvida. De repente,
seus beijos estalaram nas minhas bochechas, essas ficaram vermelhas, rapidinho.
Acho que iria explodir. Só consegui responder uma coisa:
- O prazer é todo meu (e como era!).
Eles ficaram ali
conversando sobre a saudade de casa, da família. Estavam empolgados com as novas experiências:
morar fora, faculdade, gente nova. Enquanto eles conversavam, eu só encarava o Arthur,
quer dizer a boca dele, a coisa mais perfeita que eu já havia visto.
Quando me fizeram uma
pergunta, tentando me colocar dentro do papo, respondi (com cara de boba):
– Pode ser. Sai do
meu devaneio ao ouvir o Mica gritando que iriam conhecer umas garotas e de biquini.
Voltei para a
terra... Do que ele estava falando?
Chay, percebendo que
eu estava completamente por fora do assunto, foi logo me atualizando. Eu havia
concordado em irmos à praia depois da faculdade e, ainda, levaria algumas
amigas. Fomos à praia no finalzinho
daquela tarde, chamei a Mel e a Sophia. Foi tudo muito legal. Entre papos e
brincadeiras, afinal estávamos nos conhecendo. Acabamos nos dando bem.
Sentada na areia,
olhando o pôr do sol, me dou conta que Arthur sentava-se ao meu lado, o resto
da galera brincava no mar, logo estávamos sozinhos.
- Luh, está legal
aqui, né? O pôr do sol é lindo! No interior não tem isso. Eu só vejo o mar
quando saio de férias. Há muito tempo eu não sentia esse cheiro gostoso de mar.
Isso acalma e renova as energias. Você não acha?
- Sim, renova muito! Foi
a única coisa que eu consegui responder. Perto dele eu ficava completamente muda,
nervosa, sem graça. Essa foi nossa primeira tentativa de diálogo, e parou por
ai, culpa de quem? Minha.
O pessoal voltou para
a areia rindo e brincando, meu priminho e seu amiguinho simpático se deram bem
com as minhas amigas. Com o tempo, nós seis começávamos a ficar mais próximos.
Nos fins de semanas não saíam lá de casa, e como eu desconfiava, as minhas
melhores amigas estavam a fim deles. Então, virava e mexia, elas aterrizavam lá
em casa para passar o fim de semana também. E essa história, do Mica e do Thur ficarem
circulando lá em casa me rendeu situações engraçadas, senão fossem
constrangedoras, para mim, era claro.
Por exemplo, eu nunca
fui de acordar cedo aos sábados. Tinha o péssimo hábito de acordar e ir
“acabar” de dormir no sofá da sala de TV, ou seja, tirava um cochilo lá, da
maneira que eu acordasse, descabelada, pijaminha e olhos inchados. Além de
levantar meio grogue, levava um tempinho para eu acordar de fato. Chay sempre
me encarnava, dizendo que eu não acordava, ficava em “stand by” para economizar
energia. Alguém tinha que me dar algum comando para começar a processar.
Sinceramente, essas piadinhas técnicas dele não eram engraçadas e, às vezes, eu
não entendia mesmo. Bem, era um sábado e fazia um calor danado, logo eu usava
um pijaminha branco curto (shortinho e camiseta de alcinha com renda). Acordei,
fui para a sala de TV, deitei no sofá e dormi.
Eu estava tão tonta de sono e não percebi que o Thur estava vendo TV. E
quando eu despertei do meu “acabar de dormir”, estava deitada com a cabeça no
colo do Arthur, ele com cara de bobo, sem saber o que fazer, além do Chay e o Mica
segurando a risada. Levantei desesperada, pedindo mil desculpas para o Arthur,
ignorando totalmente as outras pessoas. Sabia que o Chay iria me encarnar o
resto da vida. Mas uma coisa eu percebi, o Thur “secava” as minhas pernas,
totalmente expostas por causa do shortinho curto. Chagando ao meu quarto, mesmo
com vergonha da situação, fiquei rindo lembrando a cara de bobo do Arthur.
À medida que essa
convivência aumentava o meu encantamento também crescia. Comecei a ficar mais à
vontade com ele, mas nunca esquecendo o quanto mexia comigo, um sorriso, a voz
falando o meu nome. Com a proximidade, as situações engraçadas e
constrangedoras aconteciam o tempo todo. Na faculdade, por exemplo, ele começou
a implicar com alguns amigos meus. Havia um menino na minha turma, que queria
ficar comigo, e eu sabia. Não rolava nada, éramos só amigos mesmo. Um dia,
estávamos conversando em um dos jardins do campus, ele mexia no meu cabelo e
tal, mas nada demais. Chegaram o Chay e o Thur, o último todo emburrado, com um
bico enorme e mal cumprimentou meu amigo, que todo sem graça foi embora. E o
Sr. Arthur veio logo tirando satisfações comigo (fala sério, quem ele achava
que era? Mas que era fofo era!).
- Luh, resolveu ceder
aos encantos do engomadinho? Viu isso Chay, sua priminha cheia de intimidade
com o almofadinha?
- Arthur, o que você
tem a ver com isso? Ele é meu amigo. Se eu quiser beijar, ficar, namorar, casar
ou fazer qualquer outra coisa o problema é meu. Você está maluco!
Saí e Arthur ficou
roxo. Chay só sabia rir. Quem passasse, pensaria que se tratava de uma clássica
cena de ciúmes.
Em casa, na rua era
sempre a mesma coisa. Ele implicava com qualquer menino que chegasse perto de
mim. E eu começava a me incomodar, quando qualquer piriguete se jogava para
cima dele, e piorava quando ele pegava. Nesse meio tempo, o Arthur nunca
namorou sério ninguém.
Entre ceninhas, pitis
e ataques de ciúmes, algumas passagens merecem destaque. Era aniversário do Chay
e minha mãe fez um churrasco aqui em casa. Ele e os meninos chamaram um pessoal
da faculdade e, lógico, chamei as meninas. Dia de sol, churrasco e piscina -
dia perfeito. Estava tudo muito animado, casa cheia. No meio da festa, fui ao
meu quarto procurar o meu mp3 para trocar o playlist, só que não achava.
Lembrei que estava no quarto do Chay, fui até lá e vi a cena mais linda do
mundo. Thur saindo do banheiro, com toalha enrolada na cintura, banho tomado e
cabelo molhado.
- Desculpa, foi mal
(falei toda sem graça, mas secava aquele abdômen perfeito)! Só vim procurar meu
mp3. Depois eu vejo isso.
Falei, já saindo.
Então aconteceu a
surpresa. Ele segurou o meu braço, olhou nos meus olhos e ...
- Luh, espera, acho
que a gente precisa conversar.
Fiquei muda, ele se
aproximou de mim, fiquei esperando ele falar alguma coisa. Mas ele também
emudeceu. Passava a mão no cabelo nervoso. Passaram segundos, que pareciam uma
eternidade e nenhum dos dois falava nada. Olhei em volta, não agüentava mais
encará-lo naquele silêncio. Localizei meu mp3 em cima da mesinha, peguei, disse
tchau e saí. Ao fechar a porta pude ouvir ele se xingando de idiota. Não entendi
se ele era idiota por ter começado a falar ou por não ter terminado. Iria
morrer na dúvida.
Não tocamos mais no
assunto e seguimos em frente com o nosso joguinho da implicância.
Umas das situações
mais engraçadas foi quando ia sair para uma balada com as meninas. Os três
mosqueteiros (era como chamávamos Chay, Mica e Thur) tinham acampado lá em casa
naquele fim de semana (nenhuma novidade!). Nós nos arrumamos, produzidas mesmo,
prontas para abalar. Para vocês terem uma idéia, eu estava com um vestido tubinho
preto, salto vermelho, cabelo escovado, maquiagem valorizando os olhos, tudo
bem produzido, sem ser vulgar. As meninas estavam no mesmo estilo, “vamos
arrasar”. Quando chegamos à sala, onde os meninos jogavam vídeo game, a reação
dos três foi muito engraçada. Eles ficaram de queixo caído, pude ver o Thur
quase “babando”. Até o Chay quebrar o silêncio:
- Aonde vocês pensam
que vão?
- Priminho, não deu
para ver? Vamos a uma balada, dançar e nos divertir.
- Vestidas assim e
sem escolta? Nem pensar! falou Thur, o
emburrado.
- Esperem um
pouquinho que nós vamos com vocês. – grita o Mica já indo para o quarto.
Saímos os seis. Nós,
meninas, no carro da Mel e os meninos no carro do Arthur.
Chegando lá eu e as
meninas fomos logo para a pista, nos acabávamos dançando. Com certeza
chamávamos a atenção, aos poucos alguns rapazes começaram a se aproximar, puxar
papo e dançar com a gente. Nós três ficamos só curtindo, de repente, chegam
três rapazes muito sérios e nos cercam, quem eram? Os três mosqueteiros! Eles
espantaram os meninos que estavam próximos a gente.
Do nada Arthur me
puxa para fora da pista.
- Que isso Thur, eu
estava dançando?
- Fica quietinha Lua,
senão eu perco a coragem.
Ele me beijou, e que
beijo! Até melhor que nos meus sonhos. Os meus sonhos de menina estavam se
concretizando.
Aprendi que sonhos
podem virar realidade, de onde menos se espera. Durar para sempre é outra
história!
Vou continuar
beijando esse príncipe, antes que ele vire sapo ou o encanto acabe. Ou será que
não acaba?
Por Paula Gonçalves
Ai ai... - Nana suspirando...
Lindo... Apenas isso!
wonnt que fofo *-* Adoreii <3
ResponderExcluirGNP ^^
AA se meus sonhos se realizassem desse jeito, estaria mais feliz e confiante haha *u* xxCamila
ResponderExcluirMuito fofa a história, bem que podia ser a realidade né! Os sonhos se tornarem verdade.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPulinha mandou bemmmmmmmmm!
ResponderExcluirLogo no começo desconfiei que fosse a paulinha!! haha
ResponderExcluirAmei, parabéns paulinha!
Ass: Julia
Que história linda!!! Amei amei amei...
ResponderExcluiraii que lindooo amei *--*
ResponderExcluirAmeiiiiiiiiiiii Paulinha.
ResponderExcluirLiiindo Liiindo ameiii *__*
ResponderExcluirA história foi muito fofa,adorei! Lembrei do Thur de MQA todo ciumento que nem esse Thur kkkkkkkkkkkkkk,cara tava disconfiando que isso tinha dedinho da Paulinha pq os caps que ela faz são ENORMES e bem explicadinhos kkkkkkkkkkkkkk ai eu pensei "cara,se isso não é da Paulinha,é de alguma irmã gêmea ou alguém que se inspirou nela" kkkkkkkkkkkk pensamento louco néh U-U
ResponderExcluirameiiiiiiiiiiiiiiiiii, Parabéns!!!!!!!
ResponderExcluirAmei lindo.
ResponderExcluirwot q lindoo ameii
ResponderExcluirUau!. Arrasou. Kkkk
ResponderExcluirLindo, amei, amei amei
ResponderExcluirAle
nossa vc escreve muito meninaaa quero mais webs suas
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