Mais que Amigos - Cap 150

Post 150

Bom, eu não comi nada. Não conseguia se quer pensar em comida. Peguei água e voltei para o meu quarto. Se era pra ser ignorada, que fosse dormindo, quem sabe assim eu sentiria menos?

Julia assim que chegou foi logo para o meu quarto. Ao contrario do que eu imaginei Arthur não tentou tira-la de perto de mim, apenas apareceu na porta do quarto perguntando se ela estava atrapalhando algo. Neguei e ela continuou lá comigo assistindo TV e fazendo meu cafuné predileto. Sim, eu tenho a melhor boneca do mundo.

O dia se arrastou daquela forma. A única coisa que conseguir fazer com Julia foi dar um banho. O restante Arthur adiantou tudo para que não me desse trabalho. Eu sabia que isso ia ser assim. No jantar até tentei ir a cozinha comer algo, mas não consegui mais uma vez. Arthur chamou minha atenção quanto a isso, mas eu tomei um copo de suco apenas e falei que estava sem fome.

Permaneci no local pra ver se rolava alguma conversa, mas nada. Aquele silêncio me deixava sem chão. Nosso dialogo estava acontecendo apenas por intermédio das conversas de Julia. Reclamei de sono e fui dormir antes que eu enlouquecesse de vez.

Acordei no outro dia pra aula, me senti um caco, parecia que tinha levado uma surra. Sai de casa e ninguém tinha acordado ainda. Geralmente quando acontecia isso eu passava no quarto dele pra deseja-lo bom dia, mas apenas deixei um recado na geladeira.

Sai e não quis te acordar. Tenha um bom dia.

                                      Beijo, Luinha

A aula seguiu normalmente, a tarde seguiu normalmente. Nenhum bilhete de resposta quando cheguei, nenhuma mensagem no celular, nem um mísero SMS.

Eu estava já disposta a conversar com ele e arrumar um lugar pra mim. Esse clima chato só iria nos desgastar mais. Tentar salvar pelo menos a amizade agora era necessário.

Busquei Ju na creche e quando voltei me senti um pouco tonta. Deitei com ela no sofá da sala enquanto ela assistia desenho. Arthur não demorou muito a chegar. E como sempre, falou primeiro com Ju e me deu um beijo na testa. Eu ainda estava deitada, mas resolvi avisa-lo logo que queria conversar. Dois dias inteiros sendo ignorada pra mim já tinham sido o suficiente.

- Eu preciso falar com você mais tarde, pode ser? – tentei me sentar, mas ficou tudo meio escuro, girando.

- Claro. Luinha tá sentindo alguma coisa? – ele correu sentando do meu lado, eu só consegui sentir o abraço, como senti falta desse abraço.

- Eu... Tô bem. Só fiquei um pouco tonta. – respirei fundo e voltei ao normal, eu acho.

- Você tá banca. – Julinha me encarava com os olhinhos arregalados.

- Fala a verdade, tá sentindo algo, quer ir ao médico? – Arthur ainda estava do meu lado e aquele carinho todo me fez mostrar o quanto ele era importante pra mim.

- Não precisa. – respondi e afundei meu rosto em seu pescoço começando a chorar – Só fica assim comigo, não preciso de mais nada.

Por Nana F.

Pra começarmos o dia bem... Está quase tudo se resolvendo. É a única coisa que posso dizer.

Feliz dia das mães para minhas amigas leitoras que já são mamães, e pra todas que leem e nunca se manifestaram também.

Enquete lançada ai do lado, pra minha nova criação do mês dos namorados. Respondam por favor!

Vou curtir um pouquinho minha família reunida aqui hoje, e não sei se vai dar pra entrar durante o dia, mas a noite com certeza estarei aqui.

Beijocas, Nana F.