Diário de Férias - Capitulo 18 - parte 1

18º Dia

- Pov Cupido -

É... A declaração do Arthur ontem fez com que uma garota do Brasil repensasse em tudo que disse, e um garoto da França se sentisse ainda mais confuso com seus sentimentos.

Ao vê-lo chegar em casa, Sophia trata logo de puxar conversa. A loira estava extremamente curiosa em relação aos dois. Ela conhecia muito bem o amigo pra saber que ele realmente havia ficado mal com tudo que fez, mas conhecia o suficiente da personalidade forte de Lua pra saber que não seria uma conversa fácil.

- E ai, como é que foi lá? – ela perguntou assim que ele se jogou sentado no sofá da sala – Como vocês ficaram?

- E ai que não existe “vocês”. – Arthur falou dando ênfase ao “vocês” e continuou – Ela teve a oportunidade de dizer tudo que estava engasgado. Mas eu não conseguir falar.

- E isso foi tão ruim assim? – Sophia perguntou.

- Nada que eu de fato não merecesse. Já acostumei tanto com os sermões do meu pai que achei que não pudesse ter alguém pra fazer eu me sentir pior. – Arthur falava com a voz embargada – Mas ela conseguiu.

- Thur, você tem que respeitar e entender essa reação dela. – Sophia segurou o ombro do amigo com um leve carinho – A vida dela sempre foi complicada, você não é o único que sofre com seu passado. E ter que passar por essas coisas talvez tenha aberto feridas nela que já haviam cicatrizado, mas que deixaram marcas.

- O que você sabe da vida dela? – ele perguntou curioso.

- Não sou eu que tenho que te contar isso agora. Dá um tempo, depois vocês conversam.

- Não existe tempo pra tempo Soph, quando a gente menos esperar ela já vai está voltando pra casa. Eu preciso saber se ela me desculpa, mesmo que não queira me ver nem pintado de ouro eu preciso saber se ela pelo menos leu.

- Leu o que? – Sophia perguntou.

- Ela saiu do café correndo e na chuva, os chocolates ficaram em cima da mesa. Eu fiz um bilhete e deixei na recepção do hotel pra ser entregue a ela, pois ela ainda não tinha chegado. – Arthur explica – Ainda esperei um tempo no estacionamento, mas acho que por conta da chuva ela deve ter parado em algum lugar. Eu só precisava saber se ela leu.

- Eu estava ouvindo, não ia me meter, mas eu escutei bem? Arthur Aguiar escreveu carta se desculpando? – Chay surgia na porta da cozinha – Cara, você tá apaixonado.

- Nada a ver Chay. – o garoto retrucou – Eu só quero que ela entenda que eu realmente me arrependi. Que ela não é qualquer uma.

- Thur, você já parou pra pensar que essa sua preocupação toda com o que ela está pensando agora, é um sinal de que você pode sim está gostando dela? – Sophia falava a mesma coisa de Chay só que de uma forma mais delicada.

- Você também com esse negócio de apaixonado Soph? – mas Arthur interpretou da mesma forma – Que saco isso!

- Não falei em paixão. Falei apenas que esse seu interesse não é normal. – Sophia explicava.

- Soph, independente de qualquer coisa eu quero apenas um favor seu. – ele falou e a amiga assentiu o permitindo continuar – Liga pra saber como ela estar, como ela chegou. E se possível... Pergunta se ela leu a carta?

Sophia não mediu esforços pra fazer o que o garoto pediu. Porém foi surpreendida diversas vezes por um celular desligado. O garoto mandava ela insistir e ligar mais algumas vezes, mas não adiantou. E ao pensar na possibilidade de ligar para o hotel, já se passavam das onze da noite e ela falou que respeitaria o momento de Lua. Afinal, se ela não queria atender o celular, não a perturbaria no telefone do quarto.

Isso rendeu uma Sophia curiosa em saber o estado da amiga, e um Arthur ainda mais angustiado.

Vida de Cupido não tá fácil.

Por Nana F.

Só pra avisar que a web é curtinha hoje...