quarta-feira, 19 de junho de 2013

Encontros & Acasos - Capitulo 3


Capitulo 3

Essa eu não esperava! O cara era direto. Mas com aquele sorriso, era quase impossível resistir. De repente, ele tira uma foto minha e me entrega o celular. Fiquei sem ação.
- Coloca seu telefone.
Fiz isso sem pensar muito e passei o meu celular para ele. O próprio Arthur tirou a sua foto e gravou o telefone dele no meu celular.
Nos despedimos com dois beijinhos no rosto, lá veio o choque de novo. Tenho certeza que as minhas bochechas coraram, quase a ponto de explodir.
Fui para casa pensando em como a tarde havia sido agradável, o quanto o Arthur era lindo e supersimpático. Mas eu ainda estava fechada para balanço, nada de me envolver com ninguém. Nem com o Arthur.
Meu celular toca, aviso de mensagem, quando abri haviam duas:

“Lua, senti sua falta hoje. Pensei em você o dia todo. A gente podia conversar? Me liga. Beijos do seu sempre, Fábio.”

Caí na gargalhada...Que cara de pau. Só respondi para que ele não voltasse a me perturbar.

“Qualquer contato com você? Nunca mais. Por favor, não volte a me incomodar. Lua”

Fui ler a segunda mensagem, já achando que era mais uma tentativa frustrada do Fábio. Para a minha surpresa, era do Arthur.

“Espero que tenha chegado bem em casa. Boa noite e novamente obrigado pela tarde. Foi ótima. Arthur.”

Um sorriso brotou no meu rosto. E respondi.

“Cheguei bem sim, obrigada pela preocupação e pela tarde. Lua”

Apaguei a mensagem do Fábio e me peguei relendo a mensagem do Arthur. Falei para mim mesma:
- Para com isso Lua! Vai se deixar envolver de novo? Vai quebrar a cara outra vez? Ele é só um cara legal, com um bom papo. SÓ ISSO!
O domingo passou sem maiores novidades. Me policiei para não ler a mensagem dele de novo.
Na segunda-feira, começaria mais uma semana de trabalho. Estava na minha rotina, entre contratos, balancetes, contas e impostos. Meu celular tocou, aviso de mensagem.

“Bom dia. Tenha uma boa semana. Não esqueça do nosso café, no sábado. Arthur.”

Essa me pegou de surpresa, não esperava mesmo. Comecei a ficar desconfiada dessa atenção toda. Nenhum cara é tão bonzinho assim. Respondi secamente, só para ser educada e ver até onde ele iria.

“Obrigada. Até lá. Lua”

Passaram-se alguns dias, sem nenhum outro contato do Arthur. Em compensação, o Fábio voltou a me encher o saco, eu só ignorando as mensagens e ligações.
Na quinta-feira, saí com o pessoal do trabalho para um happy hour, em um barzinho perto do escritório. Drink vai, drink vem, papo rolando solto, momento de descontração total. Quando olho para a entrada do bar, vejo um rosto conhecido entrar acompanhado de outros dois desconhecidos para mim. Não sei o porquê, mas quando o vi, as mãos começaram a suar frio e a sensação de choque voltou. Ele não me viu, eu também não iria falar com ele, nada de abertura.
A noite ia muito bem, eu em um canto do barzinho com a turma do trabalho e ele com os amigos no balcão. Acabei esquecendo que ele estava ali, me levantei para ir ao banheiro, na volta esbarrei no Arthur. Ambos tomamos um susto.
- Oi, você por aqui? – perguntei como quem não quer nada
 - Pois é, vim relaxar com os amigos do trabalho, em um barzinho diferente. E você?
- Relaxar também. A semana está puxada.
Acabamos não voltando aos nossos respectivos grupos de amigos, emendamos um papo no outro. Só paramos, quando a minha amiga Mel veio me chamar, já que estava indo embora e me daria uma carona.
- Oi, desculpe atrapalhar, mas, Lua, estou indo, você vem comigo mesmo?
- Vou sim! Tchau Arthur.
Nos despedimos novamente com dois beijinhos no rosto, e lá vem a onda de choque de novo.
No carro da Mel, não pude escapar do interrogatório.
- Pode contando tudo.
- Contar o quê, Mel?
- Quero a ficha completa do gato, pode começar.
Contei do encontro na cafeteria e do programa de sábado. Mas não entrei em detalhes quanto as minhas reações, afinal estava fechada para balanço. Mas, pelo o que a Mel comentou depois, acho que estava claro que o Arthur mexia comigo.
- Fala sério, Lua. O cara é o maior gato, vocês estavam em um papo que parecia que nem se lembravam onde estavam e que não estavam sozinhos. O carinha do café vai quebrar essa pedra, que você cismou de colocar no lugar do coração, por causa do idiota do Fábio.
- Deixa de ser ridícula, Mel. Você sabe melhor do que ninguém como eu fiquei depois do Fábio. Não quero saber de carinha nenhum. Nem que ele seja um gato.
- Ah, Lua, tenta se convencer, porque pra mim, não rola.
Bufei e fui logo falando do tempo e de outras banalidades. Como conhecia a Mel muito bem, sabia que nada tiraria da cabeça dela que entre mim e o Arthur rolava um clima.


Por Paula Gonçalves 

8 comentários:

  1. Sem ela perceber ela já ta gostando dele

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  2. Ela tem que parar de repetir que tá fora do balanço... kkkkkkkkkkkkkkk Porque ela não tá, somente acha. E CHOQUES... SOU FÃ KKKKKKK

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  3. Quando a web é boa, a gente nem percebe que está lendo, e quer cada vez mais e mais. Vc é fodinha Paulinha =D

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  4. Não quer saber de carinha nenhum, néh?! Aham, sei! E a Mel arrasa sempre aqui, só não mais que você Paulinha! E já quero um acaso desse pra mim!

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  5. Ah, esqueci de comentar uma coisa: Lua, com essas palavras meigas e diretas para o jegue do ex, merece muito o meu respeito! Minha diva, forever and always!!!

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  6. Será que ninguém tira isso da cabeça da Mel porque realmente rola um clima dona Lua??
    Ale

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  7. Ela tá fechada pra balanço, mas tá apta para descargas elétricas é isso? kk Lua... Lua. u.u xxCamila

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