quinta-feira, 20 de junho de 2013

Encontros & Acasos - Capitulo 4


Capítulo 4

Ainda no barzinho, Arthur fica pensativo...

Como as coisas acontecem estranhamente na vida. Eu, Arthur Aguiar, 26 anos, corretor da bolsa de valores, dentro do possível, bem sucedido, corredor amador, iniciante no mundo do conhecimento de vinhos e completamente azarado nos assuntos do coração. Encontrei uma garota linda, supersimpática, eu diria até que ela era o meu número, se a Lua, esse é o nome dela, não estivesse avessa a qualquer relação. Pelo menos, foi isso que eu entendi, durante o nosso papo na cafeteria, quando perguntei sobre o livro que ela estava lendo, e disse que um final nada feliz tinha tudo a ver com ela.
Eu sou dedo podre para romance mesmo. Nunca acertei com garota nenhuma. 
Isso era desde novo. As minhas paixonites nunca deram em nada, quando conseguia ficar com alguma, não durava nem uma semana. Acho que meu papo era chato ou eu era muito grudento. Sempre fiz o tipo que queria agradar o tempo todo. Parece que as garotas não gostavam, não.
Nos tempos de faculdade consegui algumas namoradas mais sérias. Mas, ou elas foram embora por algum motivo alheio a minha vontade, ou enjoavam de mim.
Depois de tanto dar bola fora, desisti. Ia para balada com os amigos, até ficava com alguém, mas não procurava nada sério, já sabia que ia dar errado mesmo.
Só que aquele dia, na cafeteria, quando eu conheci a Lua, foi diferente.  Ao ver aquela garota loirinha tão linda, lendo um romance, sozinha no dia dos namorados, pensei:
- Encontrei uma romântica como eu.
Fiquei olhando e ela percebeu. Cheguei mais perto, acho que ficou até incomodada. Fiz uma gracinha, mas não agradei, só me olhava emburrada. Tinha que puxar papo, de algum jeito, joguei uma cantada bem clichê, para quebrar o gelo ou levar uma bofetada. Ganhei, quebrei o gelo. O papo fluía tão naturalmente que eu até achava estranho, mas deixei para lá. Vamos aproveitar enquanto estava durando. O mais interessante foi quando nos cumprimentamos: que choque era aquele? Percorreu meu corpo todo, nunca havia sentido aquilo. Ao nos despedirmos, com dois beijinhos no rosto, foi mais forte ainda. Trocamos telefones, não sei o que deu de tirar uma foto dela e colocar uma foto minha no seu celular.
O que estava acontecendo comigo? Que garota era aquela?
Marcamos de nos ver no próximo sábado, na mesma cafeteria. Fui para casa pensando na Lua. Não resisti e mandei uma mensagem, sem esperar resposta:

“Espero que tenha chegado bem em casa. Boa noite e novamente obrigado pela tarde. Foi ótima. Arthur.”

Passaram-se alguns minutos, por mais que eu não esperasse uma resposta, a ansiedade me matava. Enfim veio o sinal do celular, mensagem. Abri igual à criança abrindo presente de Natal. Sério! Eu estava pior que adolescente apaixonado.

“Cheguei bem sim, obrigada pela preocupação e pela tarde. Lua”

Fui dormir feliz com a imagem dela na minha mente.

No dia seguinte, fui correr na praia, assim segurava a vontade de ligar para a Lua. Tinha que me policiar, senão o Arthur chiclete baixava de novo, e lá ia eu espantando mais uma.

No meio da corrida, encontrei com o Chay, meu melhor amigo, além de trabalharmos juntos, nós conhecíamos desde sempre. E quando ele me viu, não tive como disfarçar e lá veio a pergunta bomba:
- Quem é ela?
- Ela quem, Chay, está maluco? Do que você está falando?
- Arthur, para cima de mim não! Te conheço há muito tempo, e quando você fica com essa cara de idiota, quer dizer mais idiota, tem garota no meio.
- Deixa de ser besta, não tem garota nenhuma.
- Sei que não. Vamos continuar correndo então, Arthur, assim você refresca a memória e me conta logo o que está acontecendo.

Continuamos a correr, conversando sobre outras coisas, papo de homem. Até me distraiu um pouco da Lua

Na segunda-feira, início de semana pesada na bolsa, estava eu trabalhando feito um louco, aquele estresse de sobe ação e desce ação. Tirei cinco minutos para mandar outra mensagem para a Lua. Não sei... Precisava saber que ela estava bem.

“Bom dia. Tenha uma boa semana. Não esqueça do nosso café, no sábado. Arthur.”

Como a Lua respondeu a primeira mensagem, fiquei ansioso esperando uma nova resposta. Até veio, mas me pareceu tão fria que eu preferiria o silêncio. Eu estava dramático.

“Obrigada. Até lá. Lua”

Pronto. Feito, espantei mais uma. Agora era esperar o sábado e concretizar o bolo que eu iria levar.

Fiquei meio mal, mas bola pra frente. Só queria entender aonde eu errei. Enfiei a cabeça no trabalho, assim não pensava na minha falta de sorte com as garotas.
Na quinta-feira, o Chay e Mika me chamaram para um happy hour, assim levantaria o meu astral. Iríamos a um barzinho do outro lado do centro da cidade, acho até que era novo.
Chegando lá, fomos para perto do balcão, pedimos uns drinks e ficamos conversando, ou tentando, era muito barulho. Conversa vai, conversa vem, resolvi ir ao banheiro. Em quem eu esbarro... Sim, na Lua! Logo pensei, eu estou com sorte, vou aproveitar. Mas ela falou primeiro, eu sou um lerdo mesmo!

- Oi, você por aqui? – perguntou,
 - Pois é, vim relaxar com os amigos do trabalho, em um barzinho diferente. E você?
- Relaxar também, a semana está puxada.

O papo fluía, que eu esqueci dos caras, até uma amiga dela, vir chamá-la para ir embora. Ela estava de carona, e quando eu ia falar que a levaria, ela me deu tchau e foi embora. E na hora da despedida, o choque elétrico de novo. O que essa garota estava fazendo comigo?
Quando eu me dou conta, o Chay e o Mika estavam ao lado rindo da minha cara, eu não entendi nada.
- O que foi gente?
- Quem era a garota, Arthur? Não vem com essa, de que conheceu agora, porque não cola. A gente estava vendo de longe, no esbarrão vocês pareciam que já se conheciam. Pode ir contando.
- Para de ser chato, Mika.
- Chato uma conversa, era nela que você estava pensando, no domingo, lá na praia, não era?

Acabei contando para eles toda a história da cafeteria. E que nós havíamos marcado de nos ver de novo no sábado. Eles me zoaram até cansar. E ainda tive que ouvir as seguintes gracinhas:
- Não sufoca a menina!
- Essa é gatinha, vê se não espanta!

Fui para casa esperar o sábado chegar.


Por Paula Gonçalves 

Pessoal, a web tem sim 6 capítulos, porém os dois últimos serão postados amanhã. Beijocas!

10 comentários:

  1. Esse Arthur é tão tudo de mais maravilhoso *o* XxCamila

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  2. Muito divertido esse capitulo! Adorei!
    Anita!

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  3. Respostas
    1. Vishhhhhhh
      Tá assanhadinha hoje eim... kkkkkkkkkkkkkkkkk

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    2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk com um Arthur desse, quem não tá Larinha? kkkkkkk

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  4. Chiquete nem vem que não cola kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Mentira cola sim!

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  5. Ôôô, pobre do meu Thuts aqui! Tô doida por um desses, e o coitado aí sofrendo (fazendo sinal de negação com a cabeça), vida injusta! Ô desperdício, é até pecado um negócio desses!

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  6. Bem que eu queria um chiclete desse

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  7. Arthur lindo, Micael e Chay dá para vocês pararem de zoar o Thur, poxa ele tá tão bonitinho assim apaixonado kkk
    Ale

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  8. Que fofura o Arthur! ><
    Ass: Julia

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