Capítulo 4
Ainda no
barzinho, Arthur fica pensativo...
Como as coisas
acontecem estranhamente na vida. Eu, Arthur Aguiar, 26 anos, corretor da bolsa
de valores, dentro do possível, bem sucedido, corredor amador, iniciante no
mundo do conhecimento de vinhos e completamente azarado nos assuntos do
coração. Encontrei uma garota linda, supersimpática, eu diria até que ela era o
meu número, se a Lua, esse é o nome dela, não estivesse avessa a qualquer
relação. Pelo menos, foi isso que eu entendi, durante o nosso papo na
cafeteria, quando perguntei sobre o livro que ela estava lendo, e disse que um
final nada feliz tinha tudo a ver com ela.
Eu sou dedo
podre para romance mesmo. Nunca acertei com garota nenhuma.
Isso era desde
novo. As minhas paixonites nunca deram em nada, quando conseguia ficar com
alguma, não durava nem uma semana. Acho que meu papo era chato ou eu era muito
grudento. Sempre fiz o tipo que queria agradar o tempo todo. Parece que as
garotas não gostavam, não.
Nos tempos de
faculdade consegui algumas namoradas mais sérias. Mas, ou elas foram embora por
algum motivo alheio a minha vontade, ou enjoavam de mim.
Depois de
tanto dar bola fora, desisti. Ia para balada com os amigos, até ficava com
alguém, mas não procurava nada sério, já sabia que ia dar errado mesmo.
Só que aquele
dia, na cafeteria, quando eu conheci a Lua, foi diferente. Ao ver aquela
garota loirinha tão linda, lendo um romance, sozinha no dia dos namorados,
pensei:
- Encontrei
uma romântica como eu.
Fiquei olhando
e ela percebeu. Cheguei mais perto, acho que ficou até incomodada. Fiz uma
gracinha, mas não agradei, só me olhava emburrada. Tinha que puxar papo, de
algum jeito, joguei uma cantada bem clichê, para quebrar o gelo ou levar uma
bofetada. Ganhei, quebrei o gelo. O papo fluía tão naturalmente que eu até
achava estranho, mas deixei para lá. Vamos aproveitar enquanto estava durando.
O mais interessante foi quando nos cumprimentamos: que choque era aquele?
Percorreu meu corpo todo, nunca havia sentido aquilo. Ao nos despedirmos, com
dois beijinhos no rosto, foi mais forte ainda. Trocamos telefones, não sei o
que deu de tirar uma foto dela e colocar uma foto minha no seu celular.
O que estava
acontecendo comigo? Que garota era aquela?
Marcamos de
nos ver no próximo sábado, na mesma cafeteria. Fui para casa pensando na Lua.
Não resisti e mandei uma mensagem, sem esperar resposta:
“Espero que tenha chegado bem em casa.
Boa noite e novamente obrigado pela tarde. Foi ótima. Arthur.”
Passaram-se
alguns minutos, por mais que eu não esperasse uma resposta, a ansiedade me matava.
Enfim veio o sinal do celular, mensagem. Abri igual à criança abrindo presente
de Natal. Sério! Eu estava pior que adolescente apaixonado.
“Cheguei
bem sim, obrigada pela preocupação e pela tarde. Lua”
Fui dormir
feliz com a imagem dela na minha mente.
No dia
seguinte, fui correr na praia, assim segurava a vontade de ligar para a Lua.
Tinha que me policiar, senão o Arthur chiclete baixava de novo, e lá ia eu
espantando mais uma.
No meio da
corrida, encontrei com o Chay, meu melhor amigo, além de trabalharmos juntos,
nós conhecíamos desde sempre. E quando ele me viu, não tive como disfarçar e lá
veio a pergunta bomba:
- Quem é ela?
- Ela quem,
Chay, está maluco? Do que você está falando?
- Arthur, para
cima de mim não! Te conheço há muito tempo, e quando você fica com essa cara de
idiota, quer dizer mais idiota, tem garota no meio.
- Deixa de ser
besta, não tem garota nenhuma.
- Sei que não.
Vamos continuar correndo então, Arthur, assim você refresca a memória e me
conta logo o que está acontecendo.
Continuamos a
correr, conversando sobre outras coisas, papo de homem. Até me distraiu um
pouco da Lua
Na
segunda-feira, início de semana pesada na bolsa, estava eu trabalhando feito um
louco, aquele estresse de sobe ação e desce ação. Tirei cinco minutos para
mandar outra mensagem para a Lua. Não sei... Precisava saber que ela estava
bem.
“Bom dia.
Tenha uma boa semana. Não esqueça do nosso café, no sábado. Arthur.”
Como a Lua
respondeu a primeira mensagem, fiquei ansioso esperando uma nova resposta. Até
veio, mas me pareceu tão fria que eu preferiria o silêncio. Eu estava
dramático.
“Obrigada.
Até lá. Lua”
Pronto. Feito,
espantei mais uma. Agora era esperar o sábado e concretizar o bolo que eu iria
levar.
Fiquei meio
mal, mas bola pra frente. Só queria entender aonde eu errei. Enfiei a cabeça no
trabalho, assim não pensava na minha falta de sorte com as garotas.
Na
quinta-feira, o Chay e Mika me chamaram para um happy hour, assim levantaria o
meu astral. Iríamos a um barzinho do outro lado do centro da cidade, acho até
que era novo.
Chegando lá,
fomos para perto do balcão, pedimos uns drinks e ficamos conversando, ou
tentando, era muito barulho. Conversa vai, conversa vem, resolvi ir ao
banheiro. Em quem eu esbarro... Sim, na Lua! Logo pensei, eu estou com sorte,
vou aproveitar. Mas ela falou primeiro, eu sou um lerdo mesmo!
- Oi, você por
aqui? – perguntou,
- Pois
é, vim relaxar com os amigos do trabalho, em um barzinho diferente. E você?
- Relaxar
também, a semana está puxada.
O papo fluía,
que eu esqueci dos caras, até uma amiga dela, vir chamá-la para ir embora. Ela
estava de carona, e quando eu ia falar que a levaria, ela me deu tchau e foi
embora. E na hora da despedida, o choque elétrico de novo. O que essa garota
estava fazendo comigo?
Quando eu me
dou conta, o Chay e o Mika estavam ao lado rindo da minha cara, eu não entendi
nada.
- O que foi
gente?
- Quem era a
garota, Arthur? Não vem com essa, de que conheceu agora, porque não cola. A
gente estava vendo de longe, no esbarrão vocês pareciam que já se conheciam.
Pode ir contando.
- Para de ser
chato, Mika.
- Chato uma
conversa, era nela que você estava pensando, no domingo, lá na praia, não era?
Acabei
contando para eles toda a história da cafeteria. E que nós havíamos marcado de
nos ver de novo no sábado. Eles me zoaram até cansar. E ainda tive que ouvir as
seguintes gracinhas:
- Não sufoca a
menina!
- Essa é
gatinha, vê se não espanta!
Fui para casa
esperar o sábado chegar.
Por Paula
Gonçalves
Pessoal, a web tem sim 6 capítulos, porém os dois últimos serão postados amanhã. Beijocas!
Esse Arthur é tão tudo de mais maravilhoso *o* XxCamila
ResponderExcluirMuito divertido esse capitulo! Adorei!
ResponderExcluirAnita!
Vem ser grudento comigo Arthur!
ResponderExcluirVishhhhhhh
ExcluirTá assanhadinha hoje eim... kkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk com um Arthur desse, quem não tá Larinha? kkkkkkk
ExcluirChiquete nem vem que não cola kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Mentira cola sim!
ResponderExcluirÔôô, pobre do meu Thuts aqui! Tô doida por um desses, e o coitado aí sofrendo (fazendo sinal de negação com a cabeça), vida injusta! Ô desperdício, é até pecado um negócio desses!
ResponderExcluirBem que eu queria um chiclete desse
ResponderExcluirArthur lindo, Micael e Chay dá para vocês pararem de zoar o Thur, poxa ele tá tão bonitinho assim apaixonado kkk
ResponderExcluirAle
Que fofura o Arthur! ><
ResponderExcluirAss: Julia