segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Emanuelle - Capitulo 2


Capitulo 2 – New Perspective part. UNO diversão para todos! É Fácil começar... Impossível de parar!


Uma semana depois, Lua já esquecera que Arthur existira, pelo menos não si importava mais com aquele dia. Decidiu que não sairia mais com aquelas meninas, só traziam problemas.
Hoje iria ao um hospital da vizinhança. Cuidaria de crianças, quero dizer, alegraria o dia de crianças em tratamento contra o câncer.
Chegando lá vira muitos jovens pintados, lendo, fazendo o dia daquelas crianças.
Lua vira nelas algo que muitas não conseguiam ver. Uma nova geração forte, não fisicamente, mas sim psicologicamente. Elas têm experiência que muitos não terão um preparo psicológico. São um exemplo, uma resistência, uma esperança!
Quando de repente seu olhar fora de alcance ao de um mímico. Arthur. Mas, claramente, não fazia as mesmas coisas do outro show. Esse era especial, ele tinha prazer de estar ali, trazia certa tranquilidade nesse local.
No início ela se assustara, mas depois gostou do que via. Era muito melhor que o outro.
- Agora todos para dentro que chegou a hora de comer!
- Gostei desse show – Lua disse chegando perto.
- Também. Vem filhinha. – Ele disse pegando uma menininha de aproximadamente três aninhos – Temos que comer agora.
- Ela é sua filha? – Lua ficou intrigada, não sabia que por baixo daquele vagabundo tinha um pai dedicado.
- Sim, essa menina linda é minha filha! Meu orgulho, meu tudo!
- Eu não sabia que...
- Tudo bem. Todos têm direito de errar.
Lua não conseguia juntar todas essas novas informações. Arthur, o mímico pornô era pai!
Ela então seguiu eles, até um quartinho do hospital. Na porta tinha uma placa dizendo “Emanuelle Aguiar – 3 anos”
- O quartinho dela...  – Disse Lua. Logo espiou pela janelinha da porta, onde vira uma visão muito linda. Arthur dando comidinha para sua vida. Seu olhar profundo e carinhoso eram lançados na pequena Aguiar. Enquanto a pequenina sorria pra o pai. Ele cantava baixinho e o seu sorriso aumentava. E ele pronunciou um “Eu te amo” e beijou sua testa pequenina e ela o retribuiu comum abraço aconchegante e pode observar uma lágrima escorrer de seus olhos.
Lua sem querer se apoiou na maçaneta e abriu a porta e quase caiu no chão.
- Desculpa...
- Você é muito fofoqueira em menina! – Disse sorrindo.
- Eu só fiquei curiosa.
- Você é curiosa.
- Eu só queria fazer umas perguntas.
- Pode fazer.
- Acho melhor perguntar depois – ele concordou – posso ajudar?
- Claro. Filhinha, ela é maluca, mas é legal, ta? – A filhinha dele balançou a cabeça estava com um pouco de medo.

(...)

Eram quatro horas, Lua estava brincando com as crianças e enquanto Arthur tinha que ir embora.
- Lua, eu vou daqui pouco, só temos como conversar agora.
- Rápido! Só vou colocar esse bebezinho para dormir e podemos conversar.
Ele esperou somente quatro minutos.
- Por que você trabalha naquela outra “peça”? Pode me contar a historia que envolve sua filha?
- Eu tenho que pagar minhas contas, por isso faço isso! E a historia deixarei para outro dia, não posso me atrasar novamente, se não perco meu espaço naquele teatro. 
- Você vai voltar para o hospital depois do show? - Ele concordou e foi embora.
Lua decidiu espera-lo.

(...)

Oito horas da noite Arthur retornou para o hospital, mas dessa vez trouxe um brinquedo para sua filha.
Quando chegou ao quarto de Emanuelle encontrou as duas. Lua lendo uma historia e Manu toda contente. Achou legal isso.
- A senhorita não tem que voltar para sua casa?
- Arthur! Desculpa, mas ela é muito fofa! Fiquei com ela esse tempo. Nós divertimos muito!
- Ela ficou comigo po que tava com sadade de você papai – Manu disse – Luinha é bem englaçada!
- Tava com saudade de mim? – Disse chegando perto de sua filhinha – Também estava morrendo de saudades. Obrigado Lua.
- Nada! Foi muito legal te esperar com essa sapeca! Ela canta super bem!
- É eu sei!
- Canto igual ao papai? – perguntou para Lua.
- Não sei, nunca ouvir seu pai.
- Papai canta! Canta Fico sim sem você!
- Só se você me da um beijo!
- Lu da também sim papai canta mais! – Lua e Arthur riram. Manu deu um beijinho em seu pai, segurando seu rosto de forma delicada, fazendo Arthur se envolver num sentimento bom. Ele adora ser pai, ainda, mas daquela menininha abençoada.
- Não precisa me beijar Lua – Riram mais – Agora vamos comer?
- Papai a Luinha já me deu comidinha!
- Verdade? Então ta na hora de dormir, porque vamos fazer muitas coisas amanhã meu bebê.
- Mas papai eu quelo brica com Luinha!
- Mas você não pode agora, desculpa, mas amanhã vamos naqueles médicos legais!
- Mas eu não quelo! Po que tenho que fica aqui? Eu quelo sai, quelo dumi com você!
- Meu amor, já te expliquei, você ta dodói, e quando as pessoas ficam dodói, vem pra cá.
- E a mamãe? Cadê ela?
- Ela ta viajado eu já te disse.
- Mas ela não vota! Ela não gota de mim... Não é? – A menininha começou a chorar.
- Ela te ama Emanuelle! – Arthur abraça sua vida, não sabia como contornar essa situação – Ela te ama como eu te amo!
- Então po que ela não vem me vê?
- Ela ta ocupada. Olha pra mim amanhã depois de irmos nos médicos legais, eu te levo pra passear! Ok? – Ela concordou – Então você tem que dormi agora.
- Ta, mas a Luinha podi com a gente passea?
- Você quer Lua?
- Claro, que eu vou!
- Eba! – Ela esticou os braços como fosse abraçar Lua, que estava longe de seu alcance. Ela se aproximou da pequena que deu um beijinho na bochecha – Boa noti Luinha! Duma com os anjos! – Agora era vez de seu pai – Boa noti papai! Ti amu! Dume com os anjos!
Arthur ninou a pequenina e a colocou na cama.
- Agora podemos conversar Lua.
- Claro.
Eles se sentaram nas cadeiras e conversaram baixinho para não acordar Emanuelle.
- Bom, eu vou resumir os acontecimentos, eu e a mãe de Emanuelle tínhamos apenas 19 anos quando nós nos conhecemos e eu achei que ela era a mulher da minha vida. Tivemos um relacionamento que duraram dois anos, nesse tempo meu pai nunca foi a favor dele, no que gerou um namoro escondido. Quando tínhamos 22 anos ela ficou grávida, eu estava terminando minha faculdade de advocacia e ela estava trabalhando numa empresa, ela era a secretaria. Meu pai parou de pagar minha faculdade, e ela me dispensou, para ficar com seu chefe. Essa mulher ficou com Manu até seus seis meses, que é a idade certa que a criança pode parar de mamar. Eu não tinha diploma, estava morando de favor na casa de um amigo, uma criança para cuidar, tive que arranjar um emprego e o único que eu achei foi no teatro. Esse não foi minha única peça, já fiz outras. Conseguia nos sustentar, mas quando ela fez um aninho foi diagnosticada com câncer e com meu dinheiro não da para pagar o tratamento e nem os remédios, recorri ao meu pai, que esta pagando o tratamento, mas todo o meu dinheiro vai pra ele. Não estou morando na casa do meu amigo, já que eu não consegui pagar o aluguel, estou dormindo num quartinho do hospital que me deram por causa da peça que eu faço aqui, no qual você viu hoje – ele fez uma pausa para respirar profundamente, esta abatido, muito abatido – Agora você já sabe da minha vida e pediria que não espalhasse por ai.
- Eu não contarei, eu juro! Mas então por que fica se relacionando com esse tipo de mulher baixa?
- Sua amiga sabe que a colocou numa escala tão baixa?
- Não estou errada ao coloca-la nessa classe.
- Ok... Simplesmente eu não sei, de certa forma traz a tona os únicos sentimentos que eu tenho além do amor de minha filha, angustia e decepção.
Sem que eles soubessem, Emanuelle estava escutando cada palavra pronunciada por seu pai. Esperando que quando eles fossem embora, se acabaria em prantos. Mesmo não sabendo, ou não entendendo, muito sobre o que se acontecia com seu pai, entendeu que sua mãe não voltaria e que ela é um peso para seu pai.


Por Brenda Farias

17 comentários:

  1. Mesmo já tendo lido sei que ainda vou chorar muito novamente com essa web! Caraca esplendido!

    ResponderExcluir
  2. nossa que barra o Arthur passou e tá passando.

    ResponderExcluir
  3. a Manu chorando me corta o coração
    ass Sophia

    ResponderExcluir
  4. que história triste a do thur e da manu, sei lá fiquei emocionada com este capitulo. o que mais me custa é ver crianças sofrendo.

    Ana

    ResponderExcluir
  5. ++++++++++++++++++++++++++++++++++

    ResponderExcluir
  6. Ja vi q vou chorar muito nessa web =@

    ResponderExcluir
  7. Arthur aos poucos mostra que ele é um pai atencioso e que só quer o melhor pra filhinha dele,tenho certeza que vcs vão odiar a Maria Luisa assim como eu

    ResponderExcluir
  8. posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

    ResponderExcluir
  9. Own :'/
    Caraca, Brenda, você se supera!
    Coitado do Thur! Confesso que quando li o primeiro, não gostei dele não! Mas ele só não teve sorte e parece ser um amor de pessoa!
    Muitas emopções nos esperam!

    ResponderExcluir
  10. Coitadinha da Manu, ela é muito novinha para entender essas coisas, principalmente para tirar suas próprias conclusões... Agora ela vai achar que o Arthur cuida dela por obrigação :/
    Ale

    ResponderExcluir
  11. Surpresas Arthur é s dedicação. Eh Lua a primeira impressão não é a que fica.

    ResponderExcluir
  12. Tadinha da pequena Manu :/ XxCamila

    ResponderExcluir