Emanuelle - Capitulo 9

Capitulo 9 – Turn Off The Lights

Musica!

Eu estou tão cansado de ser sozinho
Agora o diabo não me deixará em paz
É quase como se eu encontrasse um amigo
Que está nessa pelo final infeliz

- Sabe que você não vai ganhar a guarda de Emanuelle - dizia Maria Luiza que estava sentada em frente de Arthur.

Para terem noção da situação de Arthur, os quatro – Marcos, Erik , Maria Luiza e ele – na sala de reunião da empresa de Erik, conversando sobre a pequenina.
- Claro que vamos ganhar a guarda de minha filha!

- ‘Vamos’? Já achou uma mulher para ocupar meu lugar? Aquela mosca morta? – Ela riu alto – Boa sorte, então.

- Não tenho que dar nenhuma satisfação sobre minha vida – essa fala só deu mais raiva em Luiza – agora vamos falar sobre minha filha – Arthur na maioria das vezes reforçava ‘minha’, somente para provoca-la.

- Certo. Seria melhor para você se deixasse Emanuelle comigo, daremos uma família para ela. Daremos uma casa, pagaremos os tratamentos. – Erik se pronunciou.
- Seria melhor se vocês deixassem minha filha comigo! Sei que vocês não cuidariam dela! Principalmente essa coisa! – dirigindo-se para a mulher – Também posso dar tudo isso a ela! E muito mais! 

- Arthur, seja realista! Seu emprego não vai te sustentar e nem pagar os tratamentos, o dinheiro de seu pai paga! E o que você vai dizer que a sua suposta casa é na verdade a casa de uma menina de 18 anos?

- Eu estou morando na casa do meu pai!

- Mesmo assim, mesmo que você possa mudar esses pontos, Emanuelle vai querer ficar com sua mãe que seu pai querido disse que estava morta. Não tem escapatória.

(...)

Não preciso dizer que a família saiu do edifício pisando forte e Arthur completamente desolado.

(...)

Apague as luzes, apague as luzes
Faça um show pra mim esta noite
Eu tenho meu coração pesado para me segurar
Uma vez que der errado minha cabeça está nas nuvens
Então, pego todas as chances que tenho
Como o homem que sei que não sou
Tão cansado de desperdiçar todo meu tempo
Como em nome de Deus eu sobrevivi?
Eu preciso de um pouco de empatia
Para aguentar as minhas inseguranças
Nossas consciências são sempre mais pesadas que nossos egos
Eu aumentei minhas expectativas
Então, nada nunca dá certo

Lua chegara nesse dia às seis em sua casa e encontrara Arthur arrumando suas coisas e sentiu desolada. 

O que esta acontecendo...?

- ... Arthur... - ela estava parada entre a porta e o quarto dele.

- Lua! Eu tenho que falar com você.

- Por que esta arrumando suas coisas?

- Então é sobre isso. Eu vou ter que voltar a morar com meu pai - ela o cotou.

- Por que? Você tinha dito que ficaria aqui!

(...)

- Eu... Farei de tudo ao meu alcance, tenha minha palavra filho - Ele segurou as mãos de Arthur, que estava à beira dos prantos - Arthur volte para casa, por favor, em deixe cuidar de você! Desculpe-me por ter de expulsando de casa, eu nunca quis fazer isso, só queria que percebesse que aquela coisa não é mulher para você! - a mesma dor de perda que Arthur sentia, Marcos também sentia.

Lua estava ouvindo tudo, observando tudo. E estava com medo.
- Arthur...? – Lua disse baixinho de cabeça baixa. Arthur escutou e lembrou-se da antiga conversa observando o estado de lua...

- Pai... Eu não posso voltar... Tem uma pessoa que precisa de mim... E eu preciso dela.

(...)

- Eu sei, mas... Eu não posso dizer no tribunal que moro com uma menina de 18 anos, em sua casa. Sei que eles tem mais condições para dar um lar decente para Manu, mas eu tenho medo que ela pode fazer ao meu anjo! Eu não posso os deixar ficarem com minha filha! Não posso perde-la – Ele parou um pouco – Você me entende, não é?

Isso veio como uma facada em suas costas. Lua entendia e muito bem.

- Claro. – disse fraco, quase nem saiu – Então eu vou pro meu quarto, quando terminar me chama para eu fechar a porta – e se retirou e foi pro seu canto.
Ele sabia que estava fazendo algo errado, que estava a magoando, mas era necessário.

Oh oh oh, mhm

Um coração pesado na alameda esta noite, oh
Estrelas cadentes me veem caindo em pedaços esta noite, woah

Por Brenda Farias