Por um Acaso - Capitulo 9

Capítulo 9

Pov Lua:

Já era quase noite quando cheguei em casa. Depois que a gente saiu do parque (esse que eu queria muito esquecer no momento) as meninas decidiram que nós iríamos pro apê da Soph pra ver uns filmes. Elas escolheram romance, o qual eu não prestei atenção em nada, confesso, fiquei o tempo todo pensando em por que o Arthur me ignorou. Será que eu fiz alguma coisa que ele não gostou?

Tipo aquele nosso "beijo" interrompido poderia ser uma causa disso, mas não consigo ver uma pessoa ignorar outra por uma besteira dessa, ainda mais Arthur. Eu só não estou... Pronta pra me aventurar em um novo relacionamento que eu nem sei se teria futuro, afinal, ele nem aqui no Rio mora, alias, eu nem sei se ele tem uma casa, outra cena que me doeu foi ver ele abraçado com uma garota. Eu sei que pode ser uma das amigas dele, mas poxa, eu sou humana e tenho o direito de ficar com... Ciúmes? É isso? Nem eu sei!

Acho melhor eu ir tomar um banho e ir dormir, é a melhor coisa a se fazer. Sei que ainda era cedo, mas quem se importa? Pior é ter que ficar cheia nós na cabeça por que não consegue entender o garoto com quem você tá saindo e encantada, sim era só isso!

Pov Narrador:

Eh! Às coisas não estão tão bem assim com o nosso casalzinho. Lua se encontra nesse momento atolada em uma confusão de sentimentos e pensamentos sobre o garoto, e Arthur já totalmente confuso se deveria parar por ali com aquele encantamento todo ou seguir adiante. Nada está fácil néh?

Bom, quem sabe amanhã não seja um novo dia? Com novos ares e novas feições, diríamos felizes...

Pov Arthur:

Confesso que nem dormir direito essa noite. Já se passavam das sete da manhã e eu praticamente ainda não tinha pregado o olho. Fiquei me mexendo o tempo todo e nada.

Você sabe que fez uma coisa errada e sua consciência não te deixa em paz? Então, estou me sentindo assim, e se a Lua não quiser mais falar comigo eu nem sei o que vai ser, eu vou na casa dela hoje. Preciso me desculpar pelo que eu fiz, nem que ela me expulse, me bata, e troque o número do celular.

Eu vou na casa dela, me desculpo, e se ela aceitar a convido pra passear comigo de novo. Meu plano já estava meio que arquitetado, agora era eu sair dessa cama e partir pra ação.

Me levantei sem fazer barulho já que os caras estavam lá também e peguei uma muda de roupa e fui pro banheiro. Me arrumei, pequei o que eu iria precisar pra aquela manhã e sair do quarto pedindo a todos santos que as meninas não estivessem acordadas.

Acho que ele me ouviu! Passei pela pequena recepção onde ficava uma senhora rechonchuda que não me recordo o nome, e disse a ela que dissesse para o pessoal que tinha ido a praia e voltava mais tarde, isso! Quando estava saindo, vi uma bicicleta um pouco velha encostada em canto. Voltei até a senhora e perguntei de quem era. A mesma disse que era dela, e que não andava há um tempo. Eu pedir pra ela me emprestar e ainda lhe ofereci um pouco de dinheiro pra alugá-la só por hoje. Ainda bem que a senhora era legal e me concedeu a bike, perfeito!

Agora partiu casa da garota da manifestação, essa que deve com certeza está com raiva de mim.

Pov Lua:

Acordei com o barulho do maldito do meu interfone tocando. Só me pergunto por que as pessoas gostam de me acordar cedo logo quando eu tenho um único dia de folga! Levantei me arrastando até lá e atendi o mesmo com um pouco de mau humor.

Fui informada de que havia um homem aqui que tinha chegado de bicicleta de muito longe e que insistia em falar comigo, acho que isso é o sono! Mesmo sem falar coisa com coisa eu disse que deixasse a tal pessoa subir, afinal, devia ser algo muito importante pra se vim de bicicleta por uma cidade violenta como essa!

Enquanto esperava fui ao banheiro pra pelo menos escovar os dentes e dá um jeito no meu rosto amaçado. Quando acabei, foi o tempo de já ouvir minha campainha tocando e fui atender lentamente como havia feito pra chegar ao interfone.

Abri, e a última pessoa que eu esperava estava ali na minha porta, uma cara nada boa de quem parecia ter sido colocado pra arrastar um caminhão.

- O que você tá fazendo aqui tão cedo e pra que também? – pergunto com um pouco de raiva e confusão ao mesmo tempo.

- Eu... Preciso... Falar com você – falou falho. De onde esse garoto tinha vindo mesmo?

- Entra. – dei espaço pra ele passar e fechei a porta. Quando o mesmo entrou me virei pra ele e bem... Ele estava olhando pra mim quer dizer pra minhas pernas de fora, afinal eu estava usando um shortinho curto pra dormir e uma blusa regata.

- O que você tá olhando Arthur? – pergunto cruzando meus braços mesmo já pensando a resposta.

- Nada, nada. – ele desviou o olhar e eu o encarei querendo saber o que ele estava querendo aquela hora da manhã.

- Então o que você veio fazer aqui mesmo?

- Lua... Eu quero te pedir desculpa. Eu não sei que não fiz o certo ontem quando eu te ignorei, mas eu juro que eu não queria. – falou vindo em minha direção querendo colocar as mãos no meu rosto e eu me afastei.

- Ah! Então você admite que fez realmente aquilo? Arthur sabe de uma coisa, eu... Eu só queria saber por que? Te fiz alguma coisa, foi isso? – perguntei sentindo meus olhos embaçarem um pouco, eu não vou chorar, não vou!

- Não, não claro que não Luh, eu... Não sei te explicar. – ele falou passando os mãos no cabelo de uma forma totalmente sexy.

- Então vai embora. Eu não quero me relacionar com uma pessoa que me beija em um dia e no outro me ignora. Vai embora Arthur, por favor! – deixei que uma lágrima rolasse pelo meu rosto.

- Lua... – falou se aproximando de mim.

Eu ia falar algo, mas fui interrompida com a mínima distância em que Arthur se encontrava de mim, e cada vez ele ia chegando mais perto a ponto de poder sentir sua respiração bater levemente em meus lábios. Eu tinha parar aquilo, mas não conseguia.

Era como se meu corpo permitisse aquilo. Fechei meus olhos e segundos depois pude sentir sua boca roçando na minha, como em um beijo de esquimó. Então ele finalmente encostou seus lábios nos meus, logo depois fazendo o contorno da minha boca com a língua e pedindo passagem, a qual eu logo cedi me rendendo totalmente ao seu beijo. Ele envolveu seus braços em minha cintura e eu direcionei uma de minhas mãos até seu cabelo passando meus dedos lentamente por eles.

Ficamos naquele beijo gostoso durante minutos só nos separando por causa da falta de ar. Enquanto nós recuperávamos o ar, estávamos nos olhando profundamente sem dizer nada. Eu sinceramente não queria falar nada, de repente ele me beijou de novo, um pouco mais intenso, porém com o mesmo carinho de antes, dessa vez ele estava com as mãos em meus cabelos fazendo um carinho gostoso, e eu variava entre suas costas e sua nuca.

Ele foi me direcionando até o sofá onde me deitou se colocando em cima de mim ainda me beijando e eu? Bom, eu estava nas nuvens!

Por Amanda Amorim