quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Por um Acaso - Capitulo 11


Capítulo 11

Pov Arthur:

- Ah qual é Luh, vamos, por favor! – implorei pela milésima vez que ela saltasse comigo de asa delta. Oh garota difícil!
- Arthur, eu já falei que eu tenho medo. Eu não quero ir. – falou fazendo um bico que dava vontade de morder, se controla Arthur!
- Luh, mas essa era a parte principal da surpresa. Se você não for não vai ter graça. – eu falei rindo tentando convencê-la, o que estava difícil.
- Thur, eu queria ir sim com você, mas eu tenho medo. – falou segurando em minha mão.
- Ok, tudo bem! – fiquei meio chateado, eu queria que ela fosse.
- Você tá chateado? – ótimo! Ela leu minha mente.
- Não... – desviei o olhar de seus olhos, olhando pra vista.
- Eu... Eu... Vou! – ela falou fechando os olhos por um momento.
- Vai?
- Não quero que você fique chateado comigo, e se você tá dizendo que vai ser legal eu vou. Só preciso de dez minutos pra criar coragem tá bom? – ela falou sorrindo colocando uma de suas mãos em meu rosto e sorri pra ela também.
- Você é linda sabia? – falei a abraçando lhe dando um selinho e a levantando no ar.
- Eu sei. – ela respondeu sorrindo depois que nos separamos. 
Juntei nossos lábios novamente dessa vez pedindo passagem.

...

Bom, na hora de pularmos, é claro que Lua choramingou um pouco dizendo o quanto arrependida estava por ter aceitado aquilo. Tivemos que colocar toda aquela proteção até que finalmente chegasse a nossa vez de descer. Já posicionados na pista peguei na mão da Lua que estava gelada e a apertei, ela me olhou sorrindo, mas é claro que eu vi o medo estampado em sua face, mesmo assim ainda achei linda daquele jeito.
Falei com ela que já estava na hora de ir, e ela me pediu mais um tempo até criar mais coragem, depois de um minuto ela resolveu dizer que estava pronta. Descemos, e eu só pude ouvir Lua gritando no começo, o que me deu uma séria vontade de rir. Depois de um tempo meio amedrontada, ela se soltou, aquela vista era perfeita... Mar, sol, areia, tudo muito bonito. Ainda mais com a pessoa ao lado que eu descobri ser umas das mais incríveis possível.
Foram uns 15 minutos lá em cima até descermos de vez. Quando tocamos o chão e tiramos todo aquele negócio do corpo, Lua me abraçou e disse que havia adorado, que se não tivesse vindo seria maluca. Rimos com isso e resolvemos ficar ali naquela praia por um tempo mesmo aproveitando o lugar.

Pov Lua:

Tá! O passeio foi divertido e eu adorei, mas eu tenho que confessar pra vocês que eu morro de medo de altura, esse um dos motivos de eu morar aqui e nunca ter feito esse tipo de coisa. Enfim, eu acho que aceitei mais pela carinha que o Thur fez quando eu disse que não queria ir, ele estava super empolgado pra pular então eu não iria estragar. E pra falar a verdade eu amei demais e com certeza quero repetir a dose outra vez.
Agora eu e ele estamos sentados na areia dessa mesma praia. Estamos ah um tempo assim... Calados, só observando o mar e vez ou outra trocamos algum carinho ou olhamos as outras pessoas descendo de asa delta, mas como eu tenho um parafuso a menos, aquele silêncio já estava me deixando maluca e de repente Arthur começa um diálogo estranho sem nem olhar pra mim.
- Eu sinto falta deles. – ele falou e eu não entendi nada.
- Hãm? Deles quem Thur? – falei levantando minha cabeça de seu ombro onde eu tinha colocado á um certo tempo.
- Meus pais. – ele falou virando seu olhar pra mim.
- Quer me contar alguma coisa? – falei um pouco preocupada com ele, sabia que ali tinha alguma coisa escondida e eu queria poder saber para ajudá-lo.
- Tudo bem... Olha Luh, eu acho que eu nunca fui um bom filho pra ninguém. Quando eu era pequeno minha mãe fugiu de casa com um vizinho nosso, nisso só sobraram e eu meu pai. Eu nunca mais a vi depois disso. Ela e meu pai viviam brigando até que um dia ela nos abandonou. Acho que eu tinha uns 10 anos não me lembro direito, depois disso meu pai virou um alcoólatra. Passava o dia bebendo, ele não me maltratava, mas também não se importava comigo. Até um dia eu coloquei na cabeça que iria embora. No fim das contas eu fiz a mesma coisa que a minha mãe fez. Eu tinha completado 18 já, nós discutimos e eu saí de casa... Sabe Luh, às vezes eu me arrependo disso, porque me lembro que quando minha mãe foi embora eu fiquei com ódio dela por ter me deixado mas no fim... Eu fiz o mesmo que ela. Abandonei o meu pai, sozinho – eu ouvia tudo com atenção. É, o Arthur também tinha problemas a serem resolvidos.
- Thur, eu não sou a melhor pessoa pra dar conselhos, mas, pode tentar procurar o seu pai? Se entender com ele, dizem o arrependimento é o primeiro passo. – segurei em seu rosto enquanto falava pra que ele olhasse pra mim.
- E se ele me mandar embora? E pior Luh, se ele nem tiver mais vivo? – ele falou isso e vi uma lágrima caindo sobre seu rosto e tratei logo de limpá-la.
- Então Thur, é mais um motivo pra você ir procurar ele. Saber se ele tá bem, ele é seu pai, você acha que ele iria mandar você ir embora se voltasse para vê-lo?
- Não sei. Acho que ele está melhor sem mim. – ele falou desviando o olhar do meu.
- Thur, pensa com carinho. - lhe dei um beijo na bochecha, e ele sorriu se virando pra mim.
- Obrigada... Obrigada por está aqui comigo e me ouvir. – ele falou segurando meu rosto com as palmas das mãos.
- Só quero ver você bem. – sussurrei pra ele enquanto o mesmo encostava sua testa na minha – Eu também tenho que contar umas coisas... 
- Como o que, por exemplo? - ele me abraçou pelos ombros vendo que eu encolhi um pouco. Eu não gostava de falar sobre esse assunto, mas sentia que eu podia confiar em Arthur e ele confiar em mim também. Se não, ele não teria me contado seu problema com seu pai.
- Thur, e se eu te disser que você é o primeiro cara com quem eu estou depois de muito tempo?
- Hum, não to entendendo, explica Luh? – ele perguntou confuso.
- Na faculdade. Quando eu me mudei pra cá. Achei que ia conseguir me acostumar sabe? Me enturmar com todo mundo e tal, mas não, eu era pra eles a "jeca do interior", eu me sentia tão mal com isso, queria que alguém gostasse de mim pelo jeito que eu sou entende? E foi ai que eu conheci o Lucas, o que cara que eu tento esquecer faz muito tempo. Eu me apaixonei por ele Thur, ele era do tipo conquistador, bonito e também muito popular, mas ele me esnobava como os outros. Um dia teve uma festa na casa dele, da qual a minha irmã foi convidada, não me convidaram, mas a Sophia insistiu tanto pra eu ir com ela que eu aceitei. Quando a gente chegou lá, eu o vi olhando pra mim e bom eu me sentir feliz porque eu era apaixonada por ele e se ele estava olhando pra mim era por que eu estava atraindo ele. Nisso ele foi chegando mais perto de mim e depois de um tempo a gente ficou, eu estava tão feliz... Ai quando eu fui me dar conta, a gente já estava no quarto dele, eu não tinha certeza do que estava fazendo, mas achei que aquilo era normal, me deixei levar. No fim ele só se aproveitou de mim, só queria ter benefício próprio. Eu sair de lá me sentindo um lixo, usada... Eu era virgem e tinha perdido aquilo de uma forma totalmente horrível. No outro dia ele saiu espalhando pra todo mundo na faculdade que tinha levado a "jeca" pra cama. Eu tento esquecer isso, mas, eu não consigo. Eu passei tempos horríveis depois daquilo. Eram piadinhas sem graça, propostas indecentes e tudo mais. Nunca mais me deixei envolver com ninguém, não conseguia confiar em ninguém mais que fosse do sexo masculino, até... Até você chegar. – falei tudo aquilo pra ele deixando lágrimas grossas rolarem por meu rosto e me sentido um pouco mal em ter que falar daquilo. Até por que só quem sabia daquela história era Mel, Sophia e consequentemente Chay e Micael.
- Hey, linda! Olha pra mim. – ele me pediu e eu me virei ficando de frente pra ele. Meus olhos estavam inchados por causa do choro – A única coisa que eu posso te dizer é que... Esse cara é um idiota. Não sabe a grande garota que ele perdeu. - ele sussurrou em meu ouvido me abraçando e eu sorri.
- Obrigada. – foi a única coisa que eu consegui dizer. Logo depois afastei nossos rostos por um tempo pra olhar pra ele, e nos beijamos.
Foi assim que a gente passou o resto da tarde. Ficamos lá até depois do por do sol, como eu posso morar nessa cidade e não saber quase nada sobre ela? Tipo, eu nunca tinha visto o por do sol, e Thur me disse que era a coisa mais linda do final da tarde, claro que ele não perdeu a graça e falou que era lindo depois de mim, o que me fez ficar totalmente vermelha.
Não sei o que esse garoto tá fazendo comigo, eu nunca fui disso, não mesmo... Depois disso, fomos embora, ele disse que ainda tinha que devolver a bicicleta da dona ou se não essa chamaria a polícia por roubo. Ele me levou de volta e nós nos despedimos com beijinhos. Antes disso perguntei a ele se não queria mesmo subir um pouco e ele disse que não poderia, teria mesmo que ir. Fiz um bico e ganhei mais um beijo por causa disso, ponto pra mim! hehe!
Enfim, ele foi saindo mais, eu o chamei de volta e quando chegou perto o suficiente, cheguei mais perto da bicicleta onde ele estava e o beijei novamente, só que dessa vez mais intenso que o outro, nos despedimos de novo com selinhos e eu finalmente deixei ele ir. Subi pro meu apê feliz da vida, encontrei um príncipe!

Pov Arthur:

Meu dia foi o melhor possível! Parece que quando eu estou com a Lua tudo melhora sabe? Tudo fica perfeito. Não foi muito fácil fazer ela me perdoar pelo ocorrido de ontem, eu a beijei e que beijo! De arrancar os lábios fora. Confesso que essa loirinha tá mexendo comigo de um jeito que eu nem sei explicar.
Bom, decidi tentar investir nisso e como eu mesmo disse pra ela, se a gente perceber que vai se machucar, acaba tudo que é o melhor. O que eu não queria de jeito nenhum claro, por ela eu ficaria nessa cidade pra sempre. Epa, epa! Arthur Aguiar falando isso? Ah, mas quem se importa? Lua merecia tudo e muito mais, eu nunca fui de abrir meus problemas passados com ninguém e com ela eu... Eu me senti bem em falar aquilo, foi como tá tirando um peso da consciência. Eu me sentia realmente mal em relação ao meu pai.
Outra coisa que que reparei, é que acho que ela também confia em mim. Ela me contou seu "trauma", que idiota aquele cara. Juro que se conhecesse ele daria uma bela de uma surra no sujeito. Acho que agora já são umas 8 da noite, estou entrando na portaria e encarando a cara de poucos amigos da senhorinha dona da bicicleta. Expliquei a ela o motivo de ter demorado tanto só o básico claro, e a mesma entendeu. De uma forma torta, mas sim. Agradeci mais uma vez por ela ter me emprestado a bicicleta, e resolvi subir, sabe-se lá o que me espera lá em cima, no meio dos degraus encontro quem? Helena, mereço.
- Ah! E não é que o sumido resolveu aparecer? – ela falou com um sorriso cínico.
- Agora não Helena, me deixa. – falei tentando passar por ela, mas a mesma colocou o braço no caminho impedindo a minha passagem.
- Onde você estava Thur? Sabe que com a gente não existem segredos – falou ela se aproximando de mim e colocando uma de suas mãos em meu rosto.
- Não interessa, me deixe passar – falei tentando tirar seu braço do caminho, mas ela foi mais rápida e dessa vez colocou seus braços em volta do meu pescoço juntando nossos corpos.
- Você sabe que eu sempre quis você pra mim não é Thur? – ela falou me dando um beijo molhado na bochecha enquanto eu tentava me soltar de seus braços.
- Helena, já lhe disse que você pra mim é como se fosse uma irmã, por favor, me solta. Eu não quero confundir as coisas. – falei pra ela e a mesma pareceu não me ouvir, já que colocou seu rosto na curva do meu pescoço logo depois se afastando rápido. Me encarou com ódio.
- Está com cheiro de perfume de mulher. – ela afirmou me olhando com ódio, eu podia ver seus olhos faiscando.
- Sim, estou, e posso lhe garantir que ela dá de dez a zero em você. – ela me encarou de olhos arregalados enquanto eu passava por ela sorrindo debochado.
- Você sabe que eu vou contar isso aos outros não sabe? – ela me perguntou desafiadora.
- Faça isso o mais rápido possível. – falei devolvendo um sorriso cínico pra ela e terminando de subir as escadas. Ela não iria estragar o meu dia, não mesmo!


Por Amanda Amorim

8 comentários:

  1. que ódio dessa Helena, ela ainda nao percebeu que ele nao gosta dela

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  2. LuAr super fofos e lindos

    Ana

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  3. so eu que acho que essa helena vai ser uma pedra no sapato do casal luar?
    ass: thamiris

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  4. Amei, amei, amei
    Até eu perdoei o Arthur depois dessa tarde! Que lindos os dois! *-*
    Arthur, meu amor, o for que você deu na vaca da Helena foi épico! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  5. Que romântico! Isso mesmo Arthur, dá um chega pra lá na baranga.

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  6. Arthur se entregando cada vez mais, assim como a nossa loirinha. Adorei a patada do Arthur na Helena, já estou sacando quem que vai atrapalhar o nosso casal ternura.
    Ale

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  7. Quanto dengo *--* isso aê Arthur, mostra pra vaca que na sua vida ela não se mete u.u XxCamila

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