segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Por um Acaso - Capitulo 16


Capítulo 16

Pov Lua:

Passei o dia todo querendo saber o que Arthur iria aprontar pra agora. Já disse que esse garoto é uma caixinha de surpresa néh? Pela manhã me mandou uma mensagem super fofa que eu quase me derreti toda, fiquei tão boba com a mensagem que contei até pra Mel que não parava com piadinhas e me dizendo o quanto Arthur era bonito, o que me deixou um pouco enciumada claro... ELE É MEU!

"Bom dia linda! Como passou a noite? To louco pra ver hoje, to com saudades."

Essa foi a mensagem que ele me mandou. Na correria do trabalho nem tive como responder, só tive tempo de ler mesmo.
Quando consegui sair do trabalho já se passavam das seis, tinha que ir voando pra casa se quisesse chegar a tempo pro encontro com o Thur. Cheguei em casa bem atrasada e  corri para o banheiro. Tomei um banho e escolhi um vestido branco justinho e acima do joelho que tinha um laço perto da cintura, coloquei uma make leve e mais uma das minhas sapatilhas dessa vez no tom branco igual ao vestido.
Deixei meu cabelo solto e cacheado, fiquei me olhando no espelho de novo pra ver como eu estava, me senti bonita.

Pov Arthur:

Não foi nada fácil conseguir sair de novo. Aquela mesma história de sempre, quando eu to achando que vou conseguir sair, aparece alguém pra estragar.
- Vai sair de novo Thur, isso já tá ficando chato não acha? – Rosana, ótimo.
- O que tá ficando chato é vocês não me deixarem em paz. – falei sem paciência.
- Thur, por favor, a gente só quer te ajudar, não precisa ficar assim. – ela falou e eu até me senti arrependido de ter sido tão grosso.
- Rô, não me leva a mal, mas qual o problema se eu tiver com alguém? Alguém que tá me fazendo bem. Olha, a gente vai embora amanhã e eu nem sei o que vou falar pra Lua. Não contei pra ela ainda e não tenho coragem pra fazer isso.
- Sabe Thur, eu só tenho medo de você se envolver demais com essa menina e largar tudo pra ficar com ela. – ela falou com olhos marejados.
- Rô, vem aqui. Você sabe que é minha irmãzinha do coração né? – a abracei.
- Thur, deixe de ser palhaço e pare de me fazer chorar, sabe que isso não combina comigo. – ela falou rindo e eu retribuí.
- Tudo bem, mas não reclame quando eu deixar você de lado. – fiz bico enquanto me soltava dela.
- Eu supero. Vai lá vai, vai ver a garota. – ela falou piscando pra mim e me deu um murrinho ombro.
- Valeu mosqueteira. – dei um peteleco em seu nariz e me virei saindo.

45 minutos:

- Thur por que não me conta aonde vamos? – Lua me perguntou enquanto estávamos andando pra fora do prédio dela á caminho do taxi que eu tinha chamado pra nos levar até lá.
- Luh, já lhe disse, não tem graça se eu contar, agora vem. – falei enquanto entrávamos no taxi e nos sentamos na parte de trás. Simplesmente falei que o motorista já podia ir fazendo ela me olhar incrédula.
- Então até ele já sabe aonde vamos e eu não? Thur, você é muito malvado sabia, isso não se faz. – ela falou rindo e me deu um murrinho no ombro.
- Ah qual é, você é a segunda garota que me bate hoje, isso dói sabia? – eu falei passando a mão onde ela tinha me batido.
- Sei... Sei... – ela falou cruzando os braços.
- Que foi? Tá com ciúmes? – falei colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e rindo baixinho.
- Não estou nada. Você que é muito convencido. – ela falou ainda emburrada.
- Luh foi só a Rosana, nada demais. – falei e me aproximei dela e mordi seu lóbulo da orelha.
- Sério? – ela se virou pra mim.
- Muito, e a propósito, tá muito linda sabia?
- Obrigada! – ela falou e ficou um tomatinho.
- Não precisa ficar com vergonha, é sério! – falei e virei seu rosto pra mim juntando nossos lábios em um selinho demorado.

...

- Thur, esse lugar é simplesmente lindo. – Lua disse enquanto nós dois adentrávamos o pequeno restaurante com decoração rústica que ficava mais afastado dos bairros da cidade.
- Você gostou mesmo? – a abracei por trás enquanto o garçom nos conduzia até a mesa que eu havia reservado pra nós.
- Se eu gostei? Eu adorei, olhe essa decoração, incrível! Não entendo como você sabe mais dessa cidade que eu? – ela riu e nós chegamos a mesa onde eu puxei a cadeira pra que ela se sentasse, fazendo a mesma sorri pra mim.
- E então o que vai querer? – perguntei olhando pra ela que ainda estava admirada com o local.
- Você escolhe Thur. – ela deu de ombros. 
- Luh? – segurei sua mão por cima da mesa e ela me olhou.
- O que? – como eu sentiria falta daquela voz doce, daquela mão macia e seus olhos... Olhos penetrantes, foco Arthur!
- Quero que esta noite seja especial está bem? Pra nós dois. – falei e dei um leve beijo em sua palma da mão.
- Thur, todo esse tempo que eu estou com você está sendo especial. – ela falou apertando mais sua mão na minha e eu sorri bobo.
- É... Vamos escolher o prato então.
- Sabe de uma coisa, gostava mais quando você me chamava de "garota da manifestação". – fez uma voz afetada e nós rimos.
- Tudo bem, garota da manifestação, minha garota da manifestação. – me levantei rápido e lhe dei um selinho.

Pov Lua: 

Coloquem essa música pra tocar: http://www.youtube.com/watch?v=rtOvBOTyX00

Meu jantar com o Arthur foi incrível, por que não conheci esse garoto antes? Ficamos o tempo todo em que estávamos lá rindo a toa, ou trocando carinhos, fora que o lugar que ele escolheu era lindo. Um restaurante com comida exótica e uma decoração muito bonita. O mais engraçado foi na hora de escolher o prato, nós não sabíamos do que se tratava por que os nomes eram bastante estranhos, escolhemos um mesmo sem saber o que era, como Arthur disse "vamos arriscar" e isso me rendeu ao certo ataque de risos atraindo a atenção das outras pessoas que estavam ali, quando nosso prato chegou eu estava super animada pra poder provar aquilo, confesso que aquele negócio estava uma delícia e eu com certeza iria voltar ali de novo.
Tomamos vinho e nos deliciamos com uma sobremesa que acreditem ou não, eu nunca tinha comido. Na hora de ir pagar a conta resultou em um Arthur emburradinho, já que eu insistia em dividir a conta e ele se negava, dizia que se eu pagasse não seria um jantar que ele estaria me levando e assim não teria graça nenhuma, homens!
Disse a ele que dá próxima vez quem iria pagar seria eu e que ele nem tentasse se negar, o que fez ele me olhar um pouco estranho e abaixar a cabeça. Não entendi nada, mas também não perguntei, não sou invasiva como já disse. Voltamos de taxi até onde eu morava, mas antes de chegar ao meu prédio Arthur pediu ao motorista que parasse na praia ,sim aquela de sempre. Fiquei surpresa com essa atitude dele, mas eu estava adorando ir com ele á qualquer lugar.
- Thur, por que me trouxe aqui? – perguntei enquanto estávamos andando sem falar nada um ao outro.
- É, Luh... Eu tenho que falar umas coisas pra você. – senti um bolo se formando em minha garganta de repente, ele estava sério e mal me encarava.
- Então... Fala. – falei baixo soltando nossas mãos de repente sentindo uma corrente fria passando por nós me dando frio.
- Olha, eu sei que... Que não é certo o que eu vou te falar agora, mas eu não posso esperar mais, tenho pouco tempo. – meus olhos se arregalaram, o que estava dizendo?
- Arthur, o que foi? Pode falar. – segurei suas mãos novamente lhe dando coragem e ele suspirou.
- Eu e... Eu e meus amigos estamos indo embora amanhã. – outro suspiro, a única reação que eu tive foi desviar meus olhos dos seus e soltar suas mãos, meus olhos marejaram, mas eu não iria chorar, não na frente dele – Lua, fala alguma coisa. – passou as mãos pelos cabelos.
- Quando? Quando... Decidiram isso? – eu não o encarava, olhava para o nada como se aquilo parecesse mais interessante do que olhar para seu rosto.
- Lua, olhe pra mim? – o olhei a conta gosto – Não fui eu quem decidiu isso, por mim eu ainda ficava por aqui mais algum tempo, eu... Eu não sei o que te falar. – suspirou.
- E agora você está acabando tudo comigo não é mesmo? Sua diversão comigo já acabou e agora vai embora não é? – ri irônica.
- Do que você está falando? Você acha que sou assim? Que me aproveito das pessoas? Já lhe disse que não fui eu quem decidiu isso. – ele chegou mais perto de mim e eu dei alguns passos pra trás evitando nossa aproximação.
- Como vou saber? Eu não o conheço a muito tempo, não sei quase nada sobre você. – deixei que uma lágrima rolasse por meu rosto, tamanha era a raiva que eu sentia naquele momento.
- Sabe que eu não posso ficar. – ele rebateu se aproximando de mim novamente colocando uma de suas mãos em meu rosto limpando aquela lágrima teimosa em meu rosto.
- Por que não pode? Tem alguém colocando uma corda no seu pescoço se você não for? – retirei sua mão dali e ele se afastou de repente.
- O que você achou? Que eu ficaria aqui por você? Pra viver uma vida sem graça e sem emoção como a sua? – ele soltou tudo de vez e o olhei atônica.
- Estou indo Arthur, não vou ficar aqui ouvindo isso. – falei e me abaixei pegando meu sapato do chão já saindo rápido.
- Lua... Lua, vamos conversar direito, me desculpa, eu não falei por mal. – veio correndo até mim e segurou meu braço me fazendo virar de frente para ele.
- Me solte. – olhei em seus olhos pela última vez.
- Eu... Não queria ter falado aquilo, me desculpe. – ele me abraçou, mas eu não correspondi, minhas pernas ficaram bambas ao sentir seu perfume em minhas narinas, pela última vez.
- Me solte. – repeti e ele foi me folgando de seu abraço aos poucos até finalmente se soltar de mim.
- Lua... – sussurrou pra mim entrelaçando nossos dedos.
- Adeus Arthur – soltei suas mãos das minhas e me virei saindo correndo daquele lugar. Coloquei as mãos no rosto sentindo as lágrimas salgadas em meu rosto, virei meu rosto rapidamente para olhá-lo novamente, estava parado ainda me olhando com as mãos dentro do casaco grosso que usava, seu rosto parecia indecifrável naquele momento.
Corri mais até finalmente chegar em meu prédio onde coloquei minhas mãos novamente em meu rosto passando pela recepção onde atraí os olhares de quem estava lá por meu estado está no mínimo horrível, já que eu estava chorando e com a maquiagem toda borrada pelas lágrimas que ainda caiam sobre meu rosto.
Subi correndo até meu apê, onde abrir rápido logo depois entrando e bati a porta com força me encostando a mesma depois escorregando as costas até o chão, onde abracei os joelhos e me permitir chorar mais por ser tão idiota.

Pov Arthur:

"Sua diversão comigo já acabou e agora vai embora não é?" Essa era a frase que ecoava na minha cabeça. Como ela pode achar isso de mim? Dei um soco na primeira parede que vi como se a dor que sentia em meus dedos fosse amenizar o que se passava em minha cabeça naquele momento. Andava pelas ruas sem destino. Também pouco me importava, eu queria mais era que o mundo se explodisse.
Estava com raiva por ela ter me deixado sem eu poder me explicar, com raiva de mim mesmo por ser tão fraco. De repente ouvir a voz de alguém que eu não esperava naquele momento.


Por Amanda Amorim

8 comentários:

  1. Também, o Arthur queria o quê depois do que ele disse sobre ficar na cidade e ter uma vida chata e sem emoção que nem a dela?!
    Vacilou demais, Thuts!

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  2. Arthur vacilou feio dessa vez, mas ele não pode entregar o jogo assim de bandeja
    Ale

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  3. Chorei, ainda.mais com a.musica de fundo! Ja to loca pra ler o proximo capitulo!

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  4. Dó demais da Lua, dói muito você se sentir abandonada por uma pessoa que você tem afeto e me arrisco a dizer no caso dela, que você está perdidamente apaixonada... XxCamila

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