Capítulo 4
Pov Narrador:
Do outro lado da cidade se encontrava
um Arthur arrumado com uma camisa regata branca e uma bermuda num tom escuro.
Havia dito aos colegas que iria sair sozinho naquele dia, pra espairecer as ideias
segundo ele. Ainda se encontrava um pouco tenso só de pensar na garota que ele
também não sabia o nome e havia apelidado de "garota da manifestação"
como estava na bina do seu celular.
Estava pensativo, por que ele havia
convidado ela mesmo? Nem ele sabia...
Pensando se deveria ir mesmo, talvez
desistir seria melhor, mas pensou na garota. Poxa, ela era legal, não merecia
levar um bolo dele. Ela foi educada com ele e era... Linda!
Não, ele iria sim, ajoelhou agora tem
que rezar, como dizem. Foi interrompido de seus pensamentos quando olhou no
relógio em seu pulso que marcava que estava na hora dele ir ou se não iria
chegar atrasado. A garota morava longe, então teria que pegar um ônibus pra
chegar lá, afinal não tinha carro e estava de passagem na cidade.
Lua por outro lado já se encontrava
impaciente, a garota não tinha paciência nenhuma em esperar e já estava pensando
que o garoto não vinha.
Nem o horário marcado tinha dado ainda,
mas na cabeça dela ele já deveria está lá.
Pov Lua:
Ótimo, tinha me arrumado pra nada! Isso
mesmo Lua, não aprende! Tem que levar mais toco. Não devia ter aceitado sair
com aquele cara, nem conheço ele, não sei de onde ele veio, onde mora, com quem
anda, não sei nada. NADA!
Arght... Droga! Eu sou tão tonta!
Batia meus pés fortemente no chão
enquanto tentava sem sucesso me distrair com a TV, não me admiraria se o
morador do apê de baixo viesse reclamar do barulho sobre seu teto. Eu por
exemplo detestava ouvir esse tipo de barulho, talvez fosse melhor ter comprado
uma cobertura.
Minha cabeça estava a mil. Olhei
novamente pro relógio que agora marcava 2:30. Ok ele não vem, melhor ir trocar
essa roupa.
Foi quando ouvir alguém tocando a
campainha, estaria mentindo se dissesse que não sorri, dei uma última olhada no
espelho e fui atender a porta. Abrir e encontrei o par de olhos castanhos um
pouco mais escuros que os meus me encarando como se dissesse "Uau, como
você está gata". Tudo bem, fui convencida, mas hoje eu deixo passar.
- Oi, desculpa o atraso, não foi muito
fácil chegar aqui.
- Ah, tudo bem, eu entendo. – entendo
nada, menti bonito, mas só vocês vão ficar sabendo, segredinho nosso!
- Então vamos? – perguntou sem tirar os
olhos de mim e eu já estava vermelha como um pimentão. Ah qual é? Ninguém nunca
me olhou assim.
- Você não quer entrar, tomar alguma
coisa antes da gente ir? – perguntei, mas me arrependi, sei lá poderia tá
parecendo uma oferecida.
- Tudo bem. Eu quero sim princesa, uma
água, por favor. – ele me chamou de princesa e eu quase me derreti toda. Que
droga Lua, o que fizeram com você?
- Entra. – falei dando espaço pra ele
passar. Quando ele passou, senti seu perfume delicioso e juro que me segurei
pra não agarrar ele ali mesmo... Céus!
- Legal seu apê. – falou sorrindo pra
mim enquanto eu me dirigia pra cozinha pra buscar a água dele. Eu sei que não
deveria trazer uma pessoa que eu mal conheço pra dentro de casa, mas o que foi?
Ninguém é santo e eu estou longe disso.
- Obrigada, toma aqui sua água. – falei
voltando da cozinha e indo até ele que estava sentado no sofá.
- Valeu princesa, mas agora a gente
pode ir? – perguntou enquanto me entregava o copo agora vazio.
- Tá, vamos. Só vou buscar minha bolsa.
– falei indo rápido até meu quarto e buscando uma pequena bolsinha de lado onde
coloquei meu celular e dinheiro caso precisasse. Não sou daquele tipo de garota
que fica só dando gasto. Nunca gostei disso.
- Pronto, a gente já pode ir – falei
encontrando ele olhando o mural de fotos que ficava pendurado na parede da
sala.
- Essa é você? – perguntou apontando
pra uma das fotos que tinha ali no mural, no qual eu acho que tinha uns 8 anos.
- Sim e essas do lado são as minhas
irmãs. Ana e Sophia.
- Uau, você era linda desde pequena. –
ele falou enquanto eu procurava um buraco pra enfiar minha cara de tanta
vergonha.
- Obrigada, você também não é nada mal.
– ops, falei demais!
- Ah obrigada pelo grande elogio
princesa, juro que me sentir melhor. – falou fazendo graça.
- Ah, desculpe eu não quis dizer
isso...
- Tudo bem princesa, tava brincando. Mas
vamos ou vai ficar tarde.
- Sim vamos. – respondi, e nós saímos
do apê. Descemos as escadas e passamos por fim pela portaria por onde vi o olhar
curioso do senhor Augusto, o porteiro fofoqueiro do prédio olhando pra mim e para
o garoto como se dissesse "finalmente essa daí desencalhou". Velho
curioso, pensei... Não é atoa que vive sozinho, ninguém vai querer uma pessoa
que se importa mais com a vida dos outros do que com a própria vida.
Por fim, eu e o garoto chegamos a rua e
começamos a caminhar olhando o movimento sem dizer nada um ao outro, foi quando
ele falou:
- Você não se importa de andar á pé
néh? Sinto te dizer, mas não tenho carro. - falou e fez um pequeno bico me
fazendo rir baixo.
- Não, tudo bem. Esses dias tenho
andado a pé mesmo, meu carro tá no conserto.
- Então, ótimo por que vamos caminhar
bastante. – falou e eu sorri, esse garoto é legal.
...
- Você já pode me falar seu nome não
acha? – perguntei divertida, estávamos em uma praia e nós havíamos tirado os
sapatos pra colocar os pés na água fria. Tem coisa melhor?
- Arthur... Arthur Aguiar e a
senhorita? – falou ele estendendo a mão pra mim fazendo mais uma gracinha. Nome
tão lindo quanto ele, onw!
- Lua Blanco seu engraçadinho. – falei
apertando sua mão enquanto ele ria jogando água pra cima com os pés.
- Ohh, então a princesa tem nome de
estrela? Gostei mas prefiro te chamar de garota da manifestação... – falou
rindo e eu ri também.
- Tudo bem, mas e o que senhor faz da
vida? – falei entrando na brincadeirinha de nomes.
- Eu vivo ué, tem coisa melhor que
viver? – ok, não entendi nada.
- Isso todo mundo faz, viver, ter
rotina, essas coisas.
- É ai que você se engana princesa, venha
aqui. – falou estendendo as mãos pra mim.
- O que foi? – falei rindo enquanto ele
me puxava pra algum lugar.
- Olhe aqueles pássaros lá no céu, você
acha que eles têm a mesma rotina todos os dias? – perguntou divertido olhando
pra mim. Ainda estávamos de mãos dadas, aquilo era bom.
- Mas, o que isso tem haver com a
gente, quero dizer nós dois? – perguntei divertida enquanto ainda mantinha meu
olhar sobre os pássaros.
- Digamos que eu sou que nem eles...
- Hãm? – definitivamente ele não estava
fazendo sentido nenhum.
- Ah, tipo eu não tenho lugar fixo
princesa, sou do mundo, onde eu quiser ir eu vou...
- Como um mochileiro? – perguntei
curiosa.
- Bingo! Já disse o quanto você é
inteligente? – ele falou olhando nos meus olhos e fiquei tempo olhando os seus
também, porém logo desviei dessa vez olhando as pequenas ondinhas no mar.
- E como é... Digo, ser assim? Então
logo você vai embora néh? – existia sim, uma certa tristeza da minha parte em
dizer aquilo.
- Ah é como o pássaro, vou pra onde
quiser, quando quiser, sem precisar de nada nem ninguém. Quando eu acho que
tenho que ir eu simplesmente vou. Já viajei praticamente esse Brasil todo e de
uns tempos pra cá a gente vem explorando o mundo. Não é divertido princesa, ser
livre? Quanto a ir embora, como já lhe disse, o tempo dirá quando eu tenho que
ir.
- Como você se sustenta?
- Ah, a gente sempre dá um jeito,
dinheiro não é problema.
- E quem seria o "a gente"? –
falei dando ênfase.
- Eu e a minha "família". – respondeu
meio pensativo.
- Você, seus pais, tios, tias, vovôs e
tal? – falei fazendo graça também e ele riu.
- Hum... Não, esses eu já não vejo há
muito tempo. Digo minha família, as pessoas que me querem perto. – falou
olhando pra mim.
- E não sente falta da sua família, quer
dizer, de quem te colocou no mundo?
- Bom, isso é meio pessoal princesa.
- Desculpe. Eu não devia ter perguntado.
- Tudo bem princesa, gostei desse seu
interesse em saber sobre minha vida. É bom saber que alguém se interessa por
ela. – falou colocando a mão no rosto, mas logo retirando.
- Mas chega de falar de mim, vamos
falar da senhorita. O que tem pra me falar? – perguntou arqueando uma
sobrancelha.
- Ah! Minha vida não tem nada de
especial. Sou uma simples médica pediatra, solitária, que vive do trabalho, esse
que dedico maior parte do meu tempo – falei.
- Entendo, namorando?
- Não. Não, faz tempo que não tenho
um... Namorado. – falei rindo.
- Está vendo, temos algo em comum.
Também não tenho namorada e... Faz tempo. – nós rimos.
Pov narrador:
O resto do passeio se seguiu
normalmente entre risadas, piadinhas e gracinhas, mais da parte de Arthur. Lua
ouvia com atenção suas histórias sobre suas viagens e ficou muito admirada com
cada uma delas. Arthur por outro lado, adorou o jeito tímido explosivo da
garota. Ela lhe contou algumas travessuras infância e um pouco sobre a
faculdade.
No final do passeio, Arthur levou a
garota de volta ao apartamento dela e os dois se despediram com os dois
beijinhos no rosto, arriscado pela garota, ele lhe disse que iria ligar pra ela
novamente, e com isso foi embora por que ainda tinha um longo tempo até chegar
onde estava hospedado.
Os dois dormiram feito anjinhos. Lua
pensando em como Arthur era fofo e ele pensando em como ela era uma pessoa
extraordinária. Iria querer sair com ela de novo, claro que sim!
Por Amanda Amorim

:3 lindooooooooooooo
ResponderExcluir:3 fofoooooooooooooooooooo
ResponderExcluirLindos, Arthur está investindo devagar, até conseguir atacar kkk (ok isso soou meio vulgar kk). Quero mmmais
ResponderExcluirAle
Ai que fofo! Só por gentileza, néh dona Lua?! Cheia de segundas e terceiras intenções!!!
ResponderExcluirSinto que esse casal ainda vai passar por muitas!
amando >< sei que só tem 4 capítulos mas faz #maratona, pleaseeee
ResponderExcluirRapha L.
Ai gente que mal vcs fazem da Minha Lua e do meu Arthur,dois santinhos u-u
ResponderExcluirLIndo... Visões diferentes da vida. Encantamento mútuo. Água e nós. Nós e água.
ResponderExcluirCheios de filosofias... Amando *-* XxCamila
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