Loft - Capitulo 18

Capítulo 18

POV LUA

Tranquei-me no quarto e soltei o choro pra valer.

Eu adoro o Chay, na verdade o amo, mas é amor de irmão. E agora descobrir que ele era apaixonado por mim foi um choque pra mim. Isso não podia estar acontecendo de jeito nenhum e por vários motivos.

1        1-    A Mel gostava dele e nunca me perdoaria se soubesse que meu sentimento era recíproco ao do Chay. Eu, definitivamente, não queria perder essa amiga que me ajudou tanto em tantas situações.

2            2-    Eu não gosto do Chay dessa maneira. Eu não teria como sentir o mesmo.

3      3- O Arthur, tenho que admitir, estava balançando minhas estruturas de uma forma inexplicável.

Entre tantos pensamentos meu choro diminuiu e eu peguei no sono.

Acordei e estava tudo silencioso. Minha cabeça estava explodindo devido ao choro, então resolvi sair à procura de algum comprimido. Abri a porta e encontrei tudo escuro. Olhei para o relógio na parede e constatei que já era realmente tarde. 05h01min.

Desci as escadas e tive a maior surpresa. Arthur dormia no sofá. Ele estava todo encolhido. Me deu uma pena dele. Tadinho eu tinha trancado o quarto sem sequer me lembrar dele. Fui até ele e passei a mão da bochecha até a orelha e ele estava muito gelado.

- Hey, Thur vamos pro quarto? – Sussurrei em seu ouvido. E ele se remexeu.

- Huumm...

- Arthur, acorda, vem... – Mal terminei de falar ele deu um pulo no sofá e me abraçou me fazendo deitar também.

- Nossa que susto, Lua.

- Desculpa, não era minha intenção.

- Tudo bem. Mas como você tá, hein? Fiquei preocupado, tu subiu correndo e chorando ninguém entendeu nada. – Ele já tinha me soltado e me fitava com uma cara de preocupado.

- Desculpa. Agora eu tô bem, mas é que ouvir aquilo do Chay me abalou muito.

- Não, não precisa se desculpar, é só que achei estranho, afinal você sempre pareceu tão a vontade com ele que...

- Foi mal, Arthur. Mas eu não queria falar sobre isso.

- Ok, sem problemas.

- Desculpa, tá?

- Por quê?

- Por trancar o quarto. Ele também é seu, eu não tinha esse direito.

- Tudo bem, eu também prefiro ficar sozinho as vezes. Eu te entendo Luinha. –E acariciou meu rosto. Botei minha mão por cima e acariciei de leve.

- Valeu. Por falar em ficar sozinho, e a Mel? Como ela chegou?

- Ela não chegou. Quer dizer, não que eu tenha visto.  

Por Beatriz B.