Namora comigo? - Capitulo Único

Pov Lua

Bom, eu sou Lua Blanco uma empresária dona de uma grande linha de pet shop. Eu tenho 35 anos como já viram sou uma pessoa realizada profissionalmente, porém minha vida pessoal sempre foi um pouco, ou melhor muito desastrada. Meus relacionamentos não duravam, e eu sempre e me senti  sozinha.

Como quase toda mulher sonhava em ser mãe. Quando fiz trinta anos resolvi que teria um filho, ou melhor, uma filha, e foi assim que a Débora entrou na minha vida, eu adotei ela com três anos e com certeza essa foi a melhor escolha que eu fiz.

Com a entrada da Débora na minha vida muita coisa mudou, minha prioridade passou a ser ela. Eu comecei a trabalhar só pela parte da tarde quando ela estava na escolhinha e nos sábados ela ia pro trabalho comigo, não que fosse necessário eu poderia pagar uma babá para ficar com ela, mas Débora amava animais assim como eu, então sempre que podia ela ia comigo.

Pov Arthur

Eu sou dentista de 33 anos, sou um profissional muito bem reconhecido, a única coisa que me incomoda na minha vida é a minha solidão. É difícil chegar e não ter ninguém me esperando. Eu que sempre fui o pegador da galera hoje me sinto só, já tive vários relacionamentos, mas nenhuma que eu pensasse essa é pra casar.

Em um dos meus dias de folga resolvi correr não demorou muito e eu parei para tomar água, foi quando eu vi uma cena de cortar o coração, um filhote de cachorro preto com branco. Me aproximei dele e ele recuou, me olhou com medo provavelmente alguém bateu nele, quando passei a mão na sua cabeça ele viu que eu não iria fazer mal pra ele, resolvi levá-lo para minha casa e cuidar dele, afinal com um simples olhar ele me conquistou. No caminho para a casa passei em um mercado pra comprar comida pra ele.

Chegamos em casa eu dei comida e água, os seus olhinhos transmitiam amor e gratidão ali começava uma grande amizade eu e o Snoppy.

Pov Narrador

Alguns dias se passaram e uma tarde de sábado, Arthur resolveu levar Snoppy  ao pet shop. Quando estava chegando no local ouviu gritos vindos de uma das salas do lugar saiu correndo para ver o que estava acontecendo, chegou na porta da sala e avistou uma mulher linda e uma garotinha fugindo de uma barata, Arthur riu da situação e matou o “monstro” que tanto assustava as duas.

Pov Lua

Em um sábado de manhã acordei e como de costume levei a Débora comigo para o trabalho ela já acordou animada ela amava ir comigo.

Quando o relógio marcou 12:00 eu e a Débora fomos almoçar, ela começou um papo sobre namoro, ela queria muito que eu namorasse, mas como que eu ia explicar pra uma criança de 5 anos que eu tinha dedo podre?

Débora: Mãe, quero te apresentar uma pessoa.

Lua: Quem?

Débora: O Tio Arthur, o dentista que eu fui ontem.

Lua: Pra que?

Débora: Ah, por que ele é bonito, legal e tem um cachorro chamado Snoppy.

Lua: E você já interrogou ele né Dona Débora?

Débora: Só um pouquinho – fez uma carinha sapeca.

Tratei logo de mudar de assunto sabia bem onde ela queria chegar. Depois de almoçarmos, voltamos para a loja tinha algumas coisas para resolver.

No meio da tarde Débora tagarelava sobre princesas e filmes, quando vimos uma barata, comecei a gritar eu odeio baratas, quando entrou um homem lindo na minha sala, ele logo matou aquele bicho nojento.

Arthur: Pronto, resolvido o problema. – falou fazendo graça.

Débora: Tiio Arthur – falou correndo na direção de Arthur e o abraçou pelas pernas.

Arthur: Oi pequena. – falou abraçando a menina.

Lua: Da onde vocês se conhecem?

Débora: Ele é o dentista bonito que eu fui ontem mãe.

Lua ficou sem saber o que falar. E um silêncio se instalou no local, mas Débora esperta como sempre logo tratou de quebrá-lo.

Débora: Então, Tio Arthur essa é a minha linda mamãe. – Ela falou rindo, eu não sabia se ria ou se chorava minha pequena é demais.

Arthur: Prazer mamãe linda da Débora, você tem nome ou eu vou ter que te chamar sempre assim?

Lua: Meu nome é Lua, prazer é todo meu. – falei olhando nos seus lindos olhos.

Débora: Ok, agora eu quero saber quem é ele. – falou apontando para o cachorrinho que ele tinha nos braços.

Arthur: É meu cachorro que eu te falei ontem, o Snoppy.

Débora: Ai mãe olha que lindo. – pegou ele no colo do Arthur.

Depois daquele dia algumas semana se passaram às vezes eu me pegava pensando nele. Tínhamos nos visto várias vezes ele era um fofo tanto comigo como com a Débora. Ele nos levou a praia, na pracinha, ao cinema enfim éramos grandes amigos ou mais que isso.

Pov Arthur

Depois daquele dia no pet shop, eu e Lua ficamos grandes amigos e cada dia que passava eu me apaixonava mais por ela.

Débora que constantemente deixava eu e a Lua em situações constrangedoras, quando estamos só nós dois eu me sentia um adolescente  sem saber como me declarar.

Um dia pedi para Lua para buscar a Débora, quando estávamos a caminho da casa delas comecei a falar com a Débora.

Arthur: Débora, o que você ia achar se eu pedisse a sua mãe em namoro?

Débora: Já tava na hora né, Tio Arthur. – falou rindo.

Arthur: Você não tem jeito né menina.

Débora: Vocês que são muito atrapalhados, minha mãe gosta de você, você gosta dela, se casem logo.

Às vezes eu me nego acreditar que ela só tem cinco anos.

Conversamos mais um pouco e ela ia me ajudar a pedir Lua em namoro. Como a Lua sempre chegava cerca de uma hora depois da Débora, arrumei a casa para fazer uma surpresa para ela, bom, deixa que ela conta.

Pov Lua

Era uma sexta-feira e eu estava envolvida no trabalho, quando meu celular toca, era Arthur me pedindo para buscar a Débora.logo concordei afinal ela amava ele.

Quando eram 19:40 min. eu cheguei em casa e na porta da mesma estava escrito “mamãe temos surpresa”, entrei em casa morrendo de curiosidade, tinham pegadas no chão que indicavam para a escada, e a cada degrau que eu subia tinham letras que eu tinha certeza tinham sido feitas pela minha pequena, as letras formavam a frase: N-A-M-O-R-A-C-O-M-I-G-O?

Quando cheguei no 2°andar da minha casa eu vi pude ver um Arthur tenso, apenas sussurrei um “sim” e pulei em seus braços.

Débora: Finalmente hein!

Lua: Você não tem jeito mesmo né menina. – ela apenas sorriu e nos abraçou.

A partir daquele momento me senti completa, eu com meus 35 anos finalmente descobri a sensação de amar e ser amada.

Por Eliandra Moura