Capitulo
107
POV Pedro
Eu fiz essa burrada agora eu
tenho que consertar, preciso falar com o Arthur, só ele pode impedir a Lua de
fazer essa viagem. Difícil agora vai ser encontrar esse cara.
Telefonei para o celular e
ele pra variar não atendia. Essa droga de celular do Arthur, ele nunca atende
quando a gente precisa. Liguei pra casa dele e a Mel disse que ele chegou
nervoso, só foi ao quarto e saiu novamente falando que não tinha hora pra
voltar.
Ele saiu pra esfriar a cabeça,
só espero que ele não vá beber dirigindo, ele tem juízo, mas com uma situação
dessas até eu queria encher a cara e sumir do mapa.
Eu dirigir até um bar que
tínhamos o costume de ir com a galera da faculdade. Eu estava certo, antes
mesmo de estacionar pude localizar o carro de Arthur parado do outro lado da
rua, espero que dê tempo de conversar com ele sóbrio.
Desci do carro e entrei no
bar, não demorei muito a encontra-lo, por sorte nem estava bebendo.
- Ué cara! Achei que fosse
chegar aqui e encontrar você completamente embriagado. – falei tentando quebrar
o clima, a cara dele estava péssima.
- Nem rola, não tenho animo
nem pra isso. – falou mexendo com o canudo num copo de suco – O que você veio
fazer aqui?
- Falar com você. – fui
direto ao assunto, não dava pra perder mais tempo – Vi como você saiu lá de
casa, foi por causa da viagem da Lua não foi?
- Foi. Vim pra cá pra vê se
ficava sozinho e tentava esquecer. – ele estava realmente acabado – Mas sua
irmã me persegue aonde quer que eu vá.
- Cara, é justamente por
isso que eu vim atrás de você. – fui logo ao assunto – Volta com a Lua, você é
a única pessoa capaz de impedir que ela faça essa burrada de ir estudar fora
agora.
- Como assim? Isso não
depende só de mim.
- Arthur, você gosta dela e
ela te ama cara, basta olhar pra vocês pra ver o quanto estão sofrendo com isso.
– tentava convence-lo – Sei que fui um dos grandes motivos para o
relacionamento de vocês não dar certo, mas eu estou disposto a passar por cima
de tudo que eu sinto pra ver minha irmã feliz.
- Peu, isso agora não
depende só de mim. Gosto muito de sua irmã, aliás, eu nunca gostei tanto de
alguém na minha vida como eu gosto dela. Mas eu não posso fazê-la desistir da
viagem pra ficar aqui comigo, seria egoísmo da minha parte. – ele falava
tentando se convencer de que abrir mão era certo, mas eu não podia deixar isso
assim.
- Mas não é questão de
desistir, eu conheço minha irmã, ela não quer ir. Se ela entrar nessa vai ser
apenas pra tentar ficar longe de você e isso não é certo.
- Não é bem assim Peu, a
gente tentou, durou o que tinha que durar. Mesmo que a gente volte amanhã não
posso garantir que vai durar pra sempre, que ela não vai se cansar de mim, que
vai descobrir que não me ama o quanto parece. – não era possível que ele
pensasse assim, cadê aquele amor todo pela minha irmã? – Eu não me perdoaria se
ela ficasse aqui por minha causa e se arrependesse depois. Deixa ela fazer o
que achar melhor.
Comecei a compreender o que
ele queria dizer. Era como se ele fosse se tornar o responsável caso ela
deixasse de viajar por causa dele, e o relacionamento não desse certo. Não
queria, mas era obrigado a concordar.
- Velho, então não fica
assim cara, por favor! Tô me sentindo um monstro com essa história toda. –
falei fechando os olhos e passando as mãos no meu rosto.
- Relaxa cara, se for pra
gente ficar junto vai ser. Ela não vai ficar lá pra sempre, e eu vou ficar
aqui, esperando por ela pode ter certeza. – Arthur falava já deixando as
lagrimas rolarem. Esse cara realmente amava minha irmã e eu fui idiota de só
enxergar isso agora.
- Eu espero que ela não siga
os conselhos da minha mãe, pelo menos não dessa vez. – falei me levantando da
mesa, queria voltar pra casa e tentar convencer minha irmã que isso era
loucura. Nem tinha conversado com ela, mas tinha medo que ela realmente fosse
aceitar essa viagem como forma de esquecer o Arthur.
- Vou pra casa também, não
vai adiantar nada ficar aqui. – Arthur se levantava e caminhava até o balcão
pra pagar a conta.
- Falou cara, mas não fica
assim, vai dar tudo certo. – tentei anima-lo sabendo que não era tão fácil
assim.
- Falou. Boa noite! – foi
indo em direção ao carro e eu também fiz o mesmo.
Por
Nana F.
Tadinho do Thur, realmente ele ama muito a Luh, Pedro que bom que você está tentando concertar a burrada que fez
ResponderExcluirAle
Tadinho do Thur e por um lado da Lua também, porque pra tomarmos certas decisões, certa escolhas, precisamos abdicar de outras e nessa hora é que temos que saber o que colocar na balança, a razão ou a emoção. XxCamila
ResponderExcluirAAAAAAAAAAAAAAAA =)
ResponderExcluirFazer a coisa certa às vezes doí. Mas a vida é assim.
ResponderExcluirAMO MFL