quarta-feira, 5 de março de 2014

My First Love - Capitulo 173


Capitulo 173

POV Arthur        

Acordei cedo, todos ainda dormiam, fui ao quarto da minha mãe avisar que já estava saindo. E depois passei no da Melzinha pra dar um beijo nela. Ver minha irmã naquela situação me deixou com vontade de matar Luciana. Mas a Lua também vai acreditar em tudo que escuta. Mel acordou e pediu pra que assim que eu conversasse com a Lua avisasse a ela.
Concordei e fui logo saindo. Na estrada enquanto dirigia fui me lembrando de diversas coisas que passamos juntos, dos beijos escondidos na casa dela, do namoro conturbado, das discussões bobas, do período de reconciliação antes da viagem, da noite na piscina... Tudo vinha na minha cabeça como um filme. E um medo dela não me aceitar de volta tomou conta de mim. Senti meus olhos lacrimejarem e a vista embaçar, por sorte já estava chegando, ou eu teria que parar na estrada pra não causar nenhum acidente.
Ao chegar à porta daquela casa que já foi cenário de tanta coisa boa e intriga pra nós dois um aperto tomou conta do meu peito. Era uma sensação estranha, sensação de que alguma coisa sairia errada, mas ao mesmo tempo era uma sensação de conforto, de finalmente está livre pra poder viver todo aquele amor.
O portão da frente estava aberto, o caseiro de anos estava mexendo no jardim, e não fez imposição a minha presença. Por certo Lua não o avisou de nada, por não esperar visita aqui. Ao adentrar no interior da casa, me deparo com tudo em silencio. Exceto barulho de louças vindo da cozinha. Avistei então dona Dolores, uma senhora que trabalhara ali já há algum tempo. Ela me recebeu muito bem, e me avisou que Lua estava dormindo ainda.
Pediu ainda que eu levasse uma bandeja com algumas coisas pra ela, pois desde que chegou não se recordava de ter visto minha menina comendo nada, a não ser algum suco quando passava pela cozinha. Era bem a cara da Lua fazer esse tipo de coisa quando ficava triste.
Ao entrar no quarto dela, o perfume já me acalmou. Vê-la dormindo como um anjo me deixava sorrindo bobo. Sentei então no sofá do quarto e fiquei a observando dormir, como já tinha feito a muito tempo atrás. Ela estava com uma daquelas camisolinhas que me matavam, e se movimentava muito enquanto dormia, fazendo aquele misero pedaço de pano se embolar e descobrir seu corpo. Eu fiz de tudo pra não ficar olhando, não era momento pra isso, mas foi ficando cada instante mais difícil. Quando avistei que a minúscula calcinha dela já estava completamente exposta resolvi cobri-la com um lençol que provavelmente ela utilizou quando foi se deitar e estava nos pés da cama.
Mas ao embrulha-la ela despertou.
- ARTHUR! – ela grita me fazendo olhar pra ela assustado – O que você quer aqui?
Ia ser difícil, a fúria no olhar dela não me enganava.


Por Nana F.

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