terça-feira, 25 de março de 2014

My First Love - Especial Namorados - parte 2 - Fim


My First Love – Especial Dia dos Namorados

Parte 2

Chegamos a um hotel fazenda. Muito verde, muita paz, mas muito frio também.
- Vou congelar aqui. – falei com meu drama de sempre.
- Avisei pra trazer roupas de frio, mas na pior das hipóteses a gente utiliza de calor humano pra se aquecer. – ele tinha cara de quem aprontava, com aquele sorriso torto lindo.
- Que maridinho mais romântico e safado esse meu! – falei me fingindo a ofendida – Tá frio, mas é tudo lindo aqui.
Descemos do carro, Arthur se encarregou de resolver toda parte burocrática na recepção enquanto eu verificava um painel com fotos do local logo na entrada.
- Pronta pra aproveitar nosso fim de semana? – ele sussurrou no meu ouvido apoiando em seguida o queixo no meu ombro e me abraçando por trás – Esses passeios ai são bons no verão, mas pelo que pude ver, vamos aproveitar muito mesmo com esse clima.
- Senti segundas intensões nessa frase. – falei rindo e ele me acompanhou – Você está parecendo um adolescente com os hormônios em ebulição.
- Adolescente realmente a gente não é mais. Porém continuo o mesmo maluco apaixonado pela minha pequena. – me virou de frente pra ele e selou nossos lábios num beijo calmo e rápido – Agora vamos ou vão começar a achar estranho nosso comportamento aqui.
O hotel fazenda tinha um prédio com uns quatro andares – acredito eu – que eram apenas quartos. Em frente à recepção, tinha um amplo estacionamento, e logo ao fundo – por onde seguíamos – pude avistar por volta de uns seis chalés, era lá que ficaríamos. Arthur andando ainda me abraçando pelos ombros, guiou-me até o nosso “lar” durante o final de semana.
Ao aproximar da frente do chalé, pude observar uma quadra onde alguns jovens jogavam vôlei, um campo de futebol gramado com algumas crianças, e uma piscina vazia devido ao frio. Mas fui impedida de permanecer observando as belezas locais por um puxão no braço que me guiava para dentro do quarto.
- Calmaaa! – resmunguei – Quase me derruba amor!
- Não posso ter calma, quando tenho na minha frente, a mulher mais linda do mundo, a médica mais competente, a mãe mais cuidadosa e a pessoa que eu mais amo.
- Você está irreconhecível. – eu ri daquela situação.
- Seja romântica minha pequena – mordeu meu lábio inferior após um selinho e continuou – A gente tá aqui pra aproveitar só nós dois.
- Eu quero aproveitar, só que acho estranho. – eu o encarava enquanto fazia um leve carinho no seu rosto – Tanto tempo que a gente tá junto e eu ainda fico nervosa em ficar assim com você.
- Nervoso eu não fico não. Mas a minha vontade de te jogar nessa cama e te amar loucamente só aumenta.
- Então joga! – sussurrei piscando o olho pra ele, o qual mal esperou que eu terminasse a frase.
Beijos em meu pescoço, meu colo, roupas que voavam pelo quarto, mãos que se perdiam nos nossos corpos. Sussurros, gemidos e palavras soltas era a trilha que nos embalava durante aquele momento. Mesmo com tanto tempo juntos, amar e ser amada por Arthur sempre pareceu algo novo. Era sempre as mesmas emoções ali presentes. Borboletas na barriga, pernas bambas, mãos suando... Sempre me sentia uma adolescente perto dele.
- Eu te amo! – falei assim que deitei minha cabeça sobre o seu peito nu.
- Eu te amo mais. – ele beijou o topo da minha cabeça, e continuou – Cada dia mais.

Dormimos um pouco, acordamos pra aproveitar os poucos raios de sol do local. Andamos um pouco reconhecendo tudo. Namorávamos entre uma novidade e outra que avistávamos, parecíamos eternos namorados.
A noite se aproximava e nós tínhamos programado de jantar no restaurante do hotel, mas uma leve chuva nos fez mudar de ideia e pedir o jantar no quarto. Algo me dizia que era exagero de Arthur devido a outras intensões, mas ele negou e disse que não queria um resfriado a toa. Exageradooo!
Mesmo concordando em ficar no quarto, ele se arrumou devidamente e me obrigou a fazer o mesmo. Assim que apontei na pequena sala de jantar que já se encontrava arrumada, fui atingida por um olhar de desejo me fuzilando.
- Isso tudo é só pra mim? – ele falou com o olhar perdido entre o meu generoso decote, e a fenda na perna direita presente no meu vestido.
- Isso tudo sempre foi pra você. – respondi me aproximando e jogando meus braços pelo pescoço dele num abraço – Você também está um gato.
- Ainda bem que não vamos sair do quarto. – ele abraçou minha cintura e beijou meu pescoço – Você está proibida de usar esse vestido longe de mim.
- Arthur!
- Você tem noção do que provoca com ele? – ele apertou minha cintura com ainda mais força.
- Eu provoco? – falei o encarando com cara de quem aprontava.
- Não me olha assim, que eu acabo com o romantismo do nosso jantar agora mesmo.
- Ok! Se acalme querido Arthur! – me afastei indo em direção à mesa.
Jantamos com o maior clima de “não vejo a hora de te pegar” entre olhares desejosos, sorrisos de canto e provocações.
- Sabe por que eu queria esse fim de semana só nosso? – ele quebrou o silêncio.
- Achei que era apenas pra descansarmos um pouco, aproveitar o dia dos namorados sozinhos. – dei de ombros com a minha suposição.
- Também. Mas eu pensei em principalmente mostrar o quanto eu te amo, o quanto eu te desejo, o quanto eu preciso de você, e o quanto eu ainda fico bobo só de pensar em te ter em meus braços te amando.
- Tá me deixando sem graça! – falei e podia jurar que estava uma verdadeira mulher beterraba.
- É impressionante como esse seu jeito tímido me faz lembrar o nosso primeiro beijo na cozinha... Nosso namoro na sala de filmes da casa dos seus pais... Os amassos na espreguiçadeira da piscina da casa da minha mãe... O namoro no meu quarto depois de você ter cuidado de mim que tinha brigado com seu ex... A formatura de Mica e Chay... A casa de praia... Eu me lembro de tudo como um filme. Parece um passado distante, mas que tenho a sensação de viver todos os dias com a mesma emoção. – ele colocava uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha enquanto os meus olhos brilhavam numa briga contra as lagrimas que queriam sair – Você foi sem duvidas meu primeiro amor Luinha. A garota por quem eu tive medo de me envolver, tive medo de perder, abri mão pra deixa-la ser feliz, mas descobri que a minha felicidade te pertencia.
- Eu não tenho nem o que falar – falei como se houvesse uma bola em minha garganta, e uma lagrima ousada pulou dos meus olhos – Eu sempre fui tão problemática, tão pessimista, achava que nada nunca iria dar certo pra mim. Tentei desistir de você como se fosse possível esquecer meu único amor. Tentei desacreditar do que eu mesma sentia. Duvidei do que estava evidente, mas ainda bem você insistiu e olha aqui. Estamos juntos, você me deu os melhores presentes da minha vida, o Rafa e a Clara, e mesmo com toda minha loucura continua me amando e me fazendo feliz.
- Não chora minha pequena. – ele secava o meu rosto me puxando e fazendo me sentar no seu colo – Tá na hora de te dar seu presente.
Ele esticou o seu corpo até um aparador na parede atrás da sua cadeira onde encontrava uma caixa retangular e logo posicionou na minha frente.
- Abre!
- Que isso Arthur? A gente combinou que não teria presentes. – eu perguntei, mas minha curiosidade era grande que nem esperaria por resposta – Eu... Eu não acredito.

Vocês se lembram do meu primeiro presente pra Arthur? No aniversário dele, a correntinha com a meia lua, uma dele e outra minha? Pois é, usamos até quando morava em Londres. Depois disso o destino da minha foi uma caixinha de joias que ficou na casa da minha mãe, e a dele eu nunca mais vi. E elas estavam aqui agora novamente, na minha frente. Com algo mais além da meia lua.

- Como você conseguiu isso? – perguntei incrédula ainda – Coisas da minha mãe, não é?
- Bom, digamos que minha sogrinha me ajudou a procurar, mas a ideia foi minha. Gostou?
- Eu amei. – Pude perceber que além da meia lua que havia ali como pingente, encontrava-se também um bonequinho e uma bonequinha, um de cada lado.
- Além de nós dois, agora temos companhia, e eu não vejo a hora de poder colocar mais uns dois bonequinhos desses ai, e as letrinhas aqui. – Ele pegou a corrente dele, que ele já usava, mas que ao invés dos bonequinhos como a minha, tinha as iniciais do Rafa e da Clara, acho que pra não ficar tão feminina – risos.
- Dois?! – o olhei assustada – Eu não dou conta não Arthur.
- Eu queria mais, mas sei que você não aceitaria de jeito nenhum então quero pelo menos mais dois. – ele beijava meu pescoço após abotoar a corrente – A gente pode começar a tentar agora mesmo.
- Assanhado!
- Apaixonado.

Tá ai, nos amamos loucamente por toda aquela noite. Meu marido é o melhor homem do mundo. O único que consegue me deixar feliz com as coisas mais simples. Uma simples declaração é capaz de me fazer ir ao céu. Agradeço todos os dias por ele ser persistente, caso contrário, sabe-se lá qual o destino que nossas vidas teriam tomado.
Ai você perguntam, o presente foi só isso? Algo que vocês já tinham? Mas é ai que está à diferença. Ele poderia ter me dado o maior e mais caro colar de brilhantes. Eu poderia ter dado o melhor relógio, ou a melhor roupa. Mas nada disso se compararia a uma lembrança de algo que foi importante um dia, de um passado que marcou e que nos fez ser, quem somos hoje. Um namorico que existiu na adolescência e vingou numa união forte com lindos frutos. Num amor que nada nem ninguém é capaz de destruir.
Passamos o domingo ensolarado aproveitando o dia naquele lugar perfeito, e no fim da tarde retornamos a nossa vida de sempre. Com uma única certeza, ele era o homem da minha vida. E qual a forma que eu poderia retribuir esse presente? Parei ontem mesmo com o meu anticoncepcional. Se eu desse a mesma sorte das outras vezes não daria nem dois meses pra que uma nova vida começasse a ser gerada aqui. O presente que ele mais queria, uma família grande e crianças correndo pela casa.
Com o tempo a gente aprende que as coisas materiais não são tão importantes como nos parecem. Claro que é bom receber flores, caixas de bombons, joias, mas tudo isso não vale nada sem esses momentos de paixão. O que vale aquele belo anel de brilhante, se ele não tiver sido dado com amor de verdade, em recompensa dos anos que passaram juntos sendo felizes? O que vale aquela caixa de bombons suíços se ele não souber que é o seu preferido porque te conhece melhor do que a si mesmo? De que vale a flor numa manhã, se no cartão que a acompanha não vier escrito:

“Para a futura mamãe mais linda do mundo,
para a mulher que eu amo mais a cada dia...
 Do seu, e eternamente seu, Arthur”

O amor continua vivo, e a família crescendo... Até qualquer dia.


Por Nana F.

Pronto!
Missão cumprida e MFL toda repostada no blog.
Lembrando que os comentários ai são do mês dos namorados, mas vocês podem comentar novamente que não me incomodo.
Como disse antes vou recomeçar DL, só preciso de um tempinho pra começar as correções.

Beijocas!

20 comentários:

  1. Amei!Ta de parabéns,essa web foi marcante pra mim,adorei mata saudade

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  2. aaaah, foi tão curtinho, mas deu para matar um pouco da saudade de MFL, ficou lindo Nana, AMEIIIIIII!!!

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  3. de todas as webs e fics que eu ja li e re-li essa foi sem duvida a que mais marcou.
    parabens muito boa mesmo.

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  4. Nana não faz isso comigo poxa. É muita meiguice, muita fofura, muito dengo, muita beleza... muito amor *-* MFL é a web que me marcou por aqui, pena que esses capítulos foram curtinhos, mas a alegria de poder lê-los e matar um pouco das saudades da história que eu acompanhei desde o início, em outro lugar, mas acompanhei, recompensou. Tomara que qualquer dia desses possa dar uma louca inspiração na sua pessoa e escrever mais um pouco dessa Lua e desse Arthur que a gente ama tanto nessa história. Mais uma vez parabéns pela beleza disso tudo (: XxCamila

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  5. Amei fico muito lindo,essa web sempre será uma das melhores *--*

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  6. Sem palabras! Amo MFL! Arthur assanhado! kkk
    Anita :)

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  7. MFL falar que deu saudade é clichê... Mas deu!
    Amei...
    Nana eu sei como foi difícil! Mas valeu a pena, ficou lindo!
    Pingentes... Adoro!

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  8. amei!!!!!!!!!!!!!!! Parabéns Nana !!!!!!!! bjs

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  9. Muitas pessoas falando que matou a saudade... MAIS A MINHA PAROU E FICOU! AMEI LER NOVAMENTE. E DESDE ONTEM ESTOU COM ESSA CRISE KKKKKKKKK

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  10. Ahhhhhh acho q nunca chorei tanto lendo uma web...#Nostalgiadominando...Nana q lindoooooo!

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  11. Muito lindo :'). Sério, quase chorei na parte dos pingentes. Ficou incrível, mesmo! E concordo com a Lara F, a saudade veio e ficou!

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  12. Se eu gostei?? Nana eu amei, só que me fez ficar com muita saudade de MFL, por isso acho que devia ter continuação, o que você acha??
    Alle

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  13. Eu amei, quase chorando akie...
    Lembrei de todos os momentos que o Arthur falava, essa web foi e é mt perfeita. Pena q acabou! Mas continuo amando.
    Rapha L.

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  14. Nossa, simplesmente amei! Foi super perfeito! Quero mais Nana!
    Ass: Julia

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  15. O ultimo comentario eh MEU. E agora o primeiro tmb. Ameeeeeii.

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  16. MFL sempre me faz chorar... amo esse amor
    AMO MFL

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