Cap
10
Arthur observou a cena e deixou
escapar um sorrisinho. Lua ficou intrigada com a reação dele.
- Por que você está rindo?
- Acho que meu primo está gostando da
Sophia, e isso me lembrou duma coisa.
- “Romeu e Julieta”, duas famílias que
se odeiam e dois jovens que se amam.
- Bem, não foi isso não. “Romeu e
Julieta” é meio dramático demais. Mas, com certeza se isso for verdade,
realmente teremos problemas. Vamos
esperar os acontecimentos.
- Só espero que essa história não
termine como a obra, porque quem teria trabalho seria eu para explicar esse
tipo de coisa.
Os dois riram, meio sem graça, e
começaram um papo sobre literatura, gostos variados. Descobriram que tinham
algumas coisas em comum. Dentro da conversa Arthur se atreveu a perguntar sobre
as visitas da Lua sobre a escola.
- Lua, soube que você visita as
crianças da escola. Tem alguma razão?
- Como você soube? Está me espionando,
Arthur?
- De forma alguma, não me entenda mal.
Eu também vou, às vezes, na escola ficar um pouco com as crianças. Eu brinco, jogo, leio para elas e ainda ajudo
financeiramente, só não gosto de fazer alerde sobre isso.
- Agora você me surpreendeu isso é
algo raro.
- Como assim te surpreendi?
- Bem, achei que você não ligasse para
as pessoas, só fosse focado nos negócios.
- Então, acho que precisa me conhecer
melhor antes de fazer qualquer pré-julgamento?
- Concordo.
Lua e Arthur continuaram conversando e
agora falando um pouco mais sobre cada um, ainda mantendo certas reservas.
Ambos se sentiam muito bem durante esse papo, algo novo para os dois, já que
Lua só ficava à vontade assim com Mel e Arthur nunca se viu dessa forma com
ninguém, nem com os primos. O que eles não sabiam era que estavam sendo
observados. Sim, Pedro olhava de longe, não gostando nada do rumo que aquilo
tomava, incentivado pela mãe, foi jogar um balde de água fria nas intenções de
Arthur, quaisquer que elas fossem.
- Lua, que bom que você veio. Posso
chamá-la de Lua aqui, certo?
Lua assentiu positivamente, porém
muito sem graça, ao ver que as feições de Arthur que estavam se suavizando
durante a conversa deles, endureceram diante da presença de Pedro.
- Obrigada pela festa Pedro, não
precisava.
- Venha vou te mostrar a fazenda.
Lua não sabia o que fazer, não poderia
ser indelicada, pois mesmo adorando conhecer melhor Arthur, não poderia
hostilizar o Pedro, já que suspeitava que ambos escondiam alguma coisa.
- Arthur, com licença, depois
continuamos a nossa conversa, pode ser? – Lua despediu-se muito sem graça.
Arthur assentiu e viu Lua ser puxada
por Pedro. Ficou observando ela sair e percebeu o quanto estava bonita, num
vestido solto florido, os cabelos castanhos presos em um trança. Uma imagem
longe da delegada durona que conheceu na delegacia. Essa mulher continuava a
intrigá-lo, ela parecia ser muitas em uma só, e todas em uma combinação única.
Arthur se afastou um pouco da festa e ficou somente observando, aguardando seus
primos retornarem. Tinha a leve impressão que isso demoraria muito, sua vontade
era ir embora, porém a politica da boa vizinhança e a vontade de ficar perto da
Lua de novo o mantiveram ali.
Por Paula Gonçalves
Curiosa!!!!
ResponderExcluir:) !!!!!
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