Discovering Love - Capitulo 29

Capitulo 29 – Acampamento II

POV ARTHUR

Aquele choro me encheu de desespero e de felicidade ao mesmo tempo. Só de encontra-la eu já me sentia bem.

- Lua! – ela estava sentada no chão, com a cara de quem chorava há muito tempo.

- Arthur! Me ajuda, por favor?! – meu coração derreteu, eu seria capaz de dar minha vida por aquela garota.

- Calma, o que aconteceu? – eu falei me abaixando ao lado dela e enxugando algumas lagrimas que insistiam em descer.

- Eu torci meu pé aqui, já tentei me levantar, mas não consigo. Eu to com medo! – ela ainda chorava, e o pé estava muito inchado.

- Tem muito tempo que está caída aqui? – eu falei já a pegando no colo.

- Não faço ideia, mas ainda estava bem claro. – ela parecia se acalmar.

- A gente tem que procurar um lugar pra ficar, impossível voltar para o acampamento agora.

- Eu quero minha casa! – ela já estava toda manhosa.

- Sem manha agora, relaxa ai que mesmo contra sua vontade a noite vai ser no meio do mato e comigo. – eu falei sem encara-la – Acho que isso de te salvar tá virando rotina já.

- E eu sempre te tratando mal. – ela falou muito baixo, não tive certeza do que ouvi.

- Como?

- Nada! Esquece. – parei de andar assim que avistei um pequeno barraco.

- Será que tem alguém ai? – ela perguntou.

- Acho que não, muito escuro. – me aproximei mais um pouco e a coloquei no chão.

- Espera aqui que eu vou lá verificar.

- Não me deixa sozinha?!

- Eu volto, só não quero te colocar em risco, ninguém sabe o que tem lá. – falei e ela assentiu.

Ao me aproximar vi que na porta do barraco tinha um adesivo velho com alguma marca de espécie de salva vidas ou algo do tipo. Ao adentrar, verifiquei que o local estava limpo apesar de escuro, mas tinha uma espécie de estante com alguns objetos, alguma coisa pra clarear o local deveria ter. Ou vela, ou lanterna, algo tinha que ter.

Após muito tatear, o local, e ouvir gritos da Lua me chamando do lado de fora encontrei uma lanterna. Parecia fraca, algo me dizia que a bateria, ou pilha acabaria a qualquer momento. Achei velas também. Procurei achei fósforos e então avistei o resto do local. Tinha um armário trancado e um sofá. Passar a noite no frio pelo menos a gente não ia.

Quando sair do lado de fora, avistei o motivo pelo qual Lua tanto me gritava. Juro que se não fosse tão tenso o momento eu iria rir muito. Chuva caia e a garota já se encontrava completamente encharcada por não conseguir se mexer.

- Quer me deixar morrer afogada aqui?! – depois desse comentário dela não pude evitar rir, e ela me acompanhou.

- Foi mal! Tinha que descobrir o que tinha lá dentro primeiro. – já adentrava com ela e a colocava no sofá – Toma veste minha blusa, se troca que eu espero olhando pra fora.

- Não precisa. – ela falou enquanto eu já tirava minha blusa.

- Como não precisa? Se ficar com essa roupa molhada vai ficar doente. Não quero ter peso na consciência depois se isso acontecer. – eu falava com um sorriso de canto.

- É isso que eu sou pra muitos, um peso. – ela falou e abaixou o rosto.

- Juro que um dia vou descobrir o que você tanto esconde e vou conseguir te entender. – eu falei levantando o rosto dela, e isso não foi bom, ou foi?

Por Nana F.