Discovering Love - Capitulo 30

Capitulo 30 – Acampamento III

POV ARTHUR

Assim que os olhares se cruzaram aquela mesma sensação do dia do laboratório surgiu, mas eu estava certo que não faria nada. Pelo menos não por vontade minha.

Não sei por quanto tempo a gente se encarou, ela desviava o olhar do meu rosto até meu peito desnudo, e ficava com um olhar aflito, o que me dava vontade de rir da situação e agarrar aquela coisinha linda e frágil que ela aparentava ser. Talvez se eu não a conhecesse eu faria isso.

Não demorou muito, e ela passou a mão pelo meu braço, subindo até meu ombro, chegando ao meu rosto. Fechei meus olhos e senti ela se aproximar, não pude evitar um comentário.

- Tem certeza do que você tá fazendo?

- Shiii! – ela colocou um dedo nos meus lábios me impedindo de falar mais alguma coisa.

Eu poderia ter parado ela, mas eu também queria, e então ela selou os lábios nos meus, ela parecia ter urgência no que fazia, como se a gente não tivesse a noite inteira pela frente. Eu tinha medo do que poderia acontecer, eu tinha medo de não me controlar, medo de sofrer amanhã.

Do selinho ela aprofundou o beijo, aquilo já estava me deixando maluco e eu tinha certeza que eu faria besteira. Minhas mãos que estavam paradas segurando minha blusa, a soltaram em algum lugar no chão, avançando assim em sua cintura. Sentir o corpo dela frio devido à chuva estremecer em contato com o meu, mil coisas se passaram na minha cabeça... O coração falava segue em frente à cabeça mandava parar. “PARA DE PENSAR AGUIAR” eu gritava em pensamentos.

Ela grudou em meus cabelos como se quisesse aprofundar ainda mais o beijo, como se isso fosse possível, e minhas mãos começaram a brincar na sua cintura e na lateral do seu corpo. Quando o corpo falou mais alto, e a falta de ar dominava, coloquei uma mão em sua nuca a puxando de leve pelo cabelo separando o beijo e terminando com selinhos, eu precisava respirar. Mas ela não estava normal, foi só o tempo de separar e ela desceu os beijos por meu pescoço indo até minha orelha onde sussurrou.

- Eu quero você! – engoli seco, eu só podia está sonhando, ou isso era alguma pegadinha.

- Não brinca comigo. – eu preferia não acreditar naquilo – Você não sabe o que você tá me pedindo.

- Tanto sei que quero com você. Só com você. – ela respondeu.

Bom, eu sou um cara gente boa, respeitador, mas não sou de ferro. Agarrei novamente aquela boca macia antes que ela falasse mais besteira. Minhas mãos percorriam suas costas já por debaixo da fina camiseta molhada, a qual ela fez questão de separar o beijo pra tira-la. Não estava acontecendo isso, eu tenho certeza que cair na mata e bati com a cabeça. E já que é assim, aproveita o sonho Aguiar.

Andei com ela um pouco sem separar o beijo, e ao me aproximar do sofá, fui deitando o corpo dela aos poucos, e ela me puxando sem separar, arranhando minhas costas o que me garantiria no mínimo uma semana sem tirar a camisa em publico. Pra falar a verdade, eu não sei quem queria mais, eu ou ela.

Os beijos se intensificaram, eu já estava maluco e tenho certeza que ela já percebia isso, pois permaneceu passando as unhas levemente pela minha barriga me deixando louco. Eu comecei a descer os beijos pelo pescoço, tendo uma visão maravilhosa dos seus seios ainda cobertos pelo sutiã, sua barriga definida minhas mãos logo abriram o botão do short dela. Ela também não demorou muito e me deixou apenas de cueca.

Quando finalmente o clima ferveu, a pergunta que surgiu, fazendo meu lado normal voltar à tona.

- Arthur... Camisinha! – ela sussurrou e eu parei todo e qualquer movimento. Aonde eu iria achar camisinha no meio do mato?

Levantei e sair daquela cabana, ainda de boxer um frio de matar, mas era a única forma de fazer meu corpo voltar ao normal.

Ela por sua vez, não conseguia andar, porem não demorou muito para que me gritasse, era um grito de pânico.

- O que foi? – entrei louco novamente naquele lugar.

- Nada grave, apenas achei que você tivesse voltado e me deixado sozinha. – ela estava sem graça.

- Não acho que essa seria a melhor maneira de chegar vestido no acampamento. – falei indicando que eu ainda estava sem roupa – Não entendo muito de moda, mas pelo menos sei que esse traje não é legal.

- Queria perguntar uma coisa... Posso? – ela falava meio sem graça, desanimada.

- Pode. – fiquei meio preocupado e me aproximei sentando no sofá onde ela se encontrava agoniada tentando se cobrir com o próprio corpo se encolhendo. Peguei minha blusa e a entreguei – Veste, acho que vai ficar bem em você.

- Por que a gente começou e você saiu correndo do nada? – ela estava nervosa e linda vestida com minha blusa, e eu sempre achei que essa historia de que a mulher vestir nossa blusa fosse bonito só em filme – Eu causo tanta repulsa assim em você?

- Não pensa isso, por favor! – eu falei depois de vestir minha calça e a abracei – Lembra o que você me perguntou antes que eu saísse por aquela porta?

- Camisinha? – ela parecia envergonhada, eu poderia garantir que por trás da fama de marrenta e popular, escondia uma linda e meiga virgem.

- Sim. Aqui era impossível encontrar, e fazer besteira por impulso não vale apena. – permanecia abraçado a ela e percebi que ela relaxava um pouco – E esse seu pé?

- Tá doendo ainda, mas por um instante eu cheguei até a esquecer da dor. – ela falava com uma voz cansada, se encostando mais ainda em mim.

- Tenta dormir um pouco, amanhã agente tem que dar um jeito de encontrar o caminho de volta. – falei me levantando por um instante e pegando as roupas dela ainda espalhada – Apesar, que eu acho que o queridíssimo diretor Jonas vai mandar alguém antes da gente pensar em sair.

- Você avisou a ele?

- Eu não, mas mandei as meninas irem avisa-lo. – falei me sentando novamente e deixando as roupas estendidas pra secar um pouco, pelo menos o short ela iria precisar pra voltar.

- Posso... Posso dormir é... É... Abraçada com você novamente? – ela me olhava com cara de criança querendo aprontar.

- Vem. - me deitei na ponta do sofá, com ela praticamente por cima de mim. Afinal o sofá era pequeno.

Ela não demorou muito a pegar no sono, e eu... Bem, mesmo com mil pensamentos rondando minha cabeça fui atingido pelo perfume dela e adormeci também.

Por Nana F.