Discovering Love - Capitulo 31

Capitulo 31 – Dia seguinte

POV ARTHUR

Acordar com aqueles caras invadindo a cabana não foi nada agradável. Lua deu um salto que por pouco acho que não torceu o outro pé. Após explicarmos por alto o que havia acontecido, fomos encaminhados e voltamos para o acampamento em segurança. O frio estava doendo, mas não deixei que Lua tirasse a minha blusa, estava bem melhor nela, apenas a fiz vestir o short, por motivo nenhum no mundo eu a deixaria sair com todos aqueles caras juntos com a gente e chegar ao acampamento só de blusa. Não me agradava nada à ideia de outro olhando ela.

Não demoramos muito a chegar até onde os outros nos esperavam. Um bombardeio de perguntas surgiu de Mica e Chay, além de um super sermão do diretor, o qual insistia em repetir o quanto eu fui irresponsável. Mas fui surpreendido com a defesa que me apareceu.

- Jonas, se o Arthur não tivesse ido atrás de mim, eu teria passado a noite caída, na chuva e sozinha. – ela falava daquele jeitinho bruto dela de ser – Graças a ele, eu pelo menos fiquei livre da chuva, e tive alguém por perto. Se quiser me culpar por ter sido irresponsável ao sair fique a vontade.

O diretor assim como todos em volta se calaram. O diretor com certeza com medo da falta que faria a mensalidade gorda paga por Lua e todo o patrocínio doado pelos pais dela nos eventos da escola. E quanto aos alunos, não precisam nem explicar que ali a grande maioria tinha medo.

Conversei por alto com os caras, não queria falar sobre tudo que aconteceu com a gente com todo aquele povo em volta. Mas sei que assim que voltasse pra casa eu teria que falar. Pareciam dois maricas atrás de fofoca.

Não vou mentir que a reação de Lua me assustou novamente. Dessa vez ela não agiu como se nada tivesse acontecido, mas estava fria, distante, confusa... É acho que a palavra certa seria confusa. E mais uma vez eu daria o espaço que ela precisasse.

POV LUA

Eu sei que posso me enganar e quebrar a minha cara um dia, mas me entregar pra Arthur mesmo dentro daquele barraco era o que eu queria. Eu o conhecia muito pouco, o nosso contato era quase nenhum, mas eu sentia que tinha que ser com ele. Infelizmente devido a uma camisinha não rolou, ou melhor, devido à ausência dela. Por um momento tive medo de estar sendo rejeitada por ele, mas depois compreendi que realmente estaria sendo louca de continuar com aquilo sem pensar no depois.

Ver ele logo ao acordarmos me obrigando a vestir meu short mesmo este ainda estando molhado foi engraçado. Ele parecia ter ciúmes. Ele me acompanhou até o local onde funcionava uma espécie de enfermaria, onde tive o meu pé imobilizado e seguimos pra falar com o diretor. Que por sinal colocou o Arthur abaixo de um cachorro vira lata o culpando por tudo e o tachando de irresponsável, quando na verdade ele só era meu “salva vida” de uma garota que queria ser o centro das atenções, mas que ultimamente só se metia em roubada.

Tive uma atitude que ninguém esperava, acho que nem eu mesma. Mas quem aquele Jonas pensava que era? O diretor, certo. Mas isso não era motivo pra desrespeitar ninguém. Falei mesmo e ele se calou. Todo mundo me olhava diferente. Nem conseguir falar com Arthur. Ele era carregado por Chay e Mica assim como Mel e Soph me bombardeava de perguntas.

Contei tudo, e acho que só agora elas enxergavam que eu realmente sentia algo por Arthur. Mas apesar disso tudo me bateu o velho medo. E se ele fosse do tipo que só me usaria e deixaria de lado? Ele me entendia mesmo sem saber dos meus medos e parecia me aceitar assim. Mas eu tinha receio. Medo dele ficar comigo e se enganar, medo dele ficar comigo por pena, medo de ter que se quer tocar nesse assunto.

Eu precisava de tempo. Tempo pra aceitar esse sentimento novo, pra modificar meus conceitos, pra ter coragem de me abrir para o resto do mundo, pra espantar os fantasmas que me rondam.

Por Nana F.