sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ferro e Gelo - Capitulo 35


Cap 35

Na delegacia

Três dias depois chegaram os resultados da perícia. As suspeitas de Lua e Mel se confirmaram. Sim, o revolver de Zé Lima havia matado o delegado Jorge Silva (primo distante de Arthur) e seu assistente Roberto Sampaio (irmão do melhor amigo do Pedro, Thiago). Agora elas precisavm saber o motivo, mas desconfiavam que ele mentisse para proteger alguém. Já tinham a arma, as evidências, o suspeito, faltava o motivo. Partiram então para o interrogatório.

Quando Zé Lima foi levado a sala de interrogatório, Dr. Pinheiro já havia chegado. Ele como um bom advogado, não deixaria seu cliente sozinho. Mel começou o bombardeio.

- Então Zé, o seu revolver matou o Jorge e o Roberto. Como você explica isso?

Zé só olhava para o advogado, com desespero no olhar. Dr. Pinheiro  interviu e pediu para conversar em particular com o cliente.

Depois de dez minutos de conversa, suspeito e advogado voltam para a continuidade do interrogatório.

- Então Zé???
- Bem, Dona Mel, tudo foi culpa da cachaça...
- Explica!
- Bem eu estava andando pela cidade à noite. Passei na porta da delegacia e ouvi o Seu Roberto comentar sobre a Dona Sophia estar passeando sozinha pela cidade àquela hora, tarde da noite. Ele ficou rindo, falando um monte de besteiras sobre uma mulher linda, solta por ai. Me deu uma raiva, ninguém podia falar assim da Dona Sophia. Fui procurar por ela. Ela estava atrás a igreja, no carro com aquele... Micael Aguiar. Fiquei louco... Como a minha princesa estava de amasso com um homem, dentro de um carro, atrás da igreja, como uma vadia. Parei na primeira birosca e enchi a cara. Bebi e perdi a cabeça. Só queria voltar naquela igreja  e arrebentar a cara do Aguiar e provar para a Dona Sophia que homem para ela, só eu. Mas quando eu voltei, eles não estavam mais lá. Passando de novo no centro, perto da delegacia vi o Seu Roberto e o Seu Jorge entrando, lembrei-me do que ele havia dito... Ninguém falava da Dona Sophia assim! Eu fui possuído Dona Mel. Entrei na delegacia querendo vingança a honra da Dona Sophia. Atirei nos dois e fui pra casa. Eu tinha feito à coisa certa.

Nem Lua e nem Mel engoliram aquela história, então tudo era por ciúmes da Sophia. Exagerado demais, encaixado demais. Mas elas poderiam tirar a prova. Lua foi logo tirando as sua conclusões.

- Primeiro Zé, qual era a birosca onde você bebeu?

Zé falou onde era. Lua olhou para Mel, que imediatamente entendeu e saiu.

- Segundo você voltou para casa e ninguém viu você rodando pelo centro ou entrando na delegacia?
- Não Dona Lua a cidade estava vazia era tarde da noite.
- A que horas você acha que viu a Sophia atrás da igreja? A que horas você entrou na delegacia?

Zé não sabia responder a essas perguntas. Olhou para Dr. Pinheiro como pedindo ajuda. Dr. Pinheiro discretamente negou com a cabeça. Zé entendeu a mensagem.

- Delegada, não tenho ideia de que horas eram. Só sei que era noite.

Lua olhou para o advogado, percebeu as instruções dadas. Percebeu que não conseguiria nada naquele momento. Encerrou o interrogatório, por enquanto.


Ali tinha coisa... Ela iria descobrir.

Por Paula Gonçalves

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