Rediscovering Love - Capitulo 15

Capitulo 15 – Visitas

POV LUA

Após a conversa que tive com Chay e Mel, e do show que o idiota do Victor deu, acabei pegando no sono deitada com Mel e Chay no quarto. Mãe desnaturada eu fui essa noite, mas eu sabia que meu pequeno estava em boas mãos. Acordei na madrugada e percebi que meu príncipe estava na cama comigo, provavelmente Mel ou Chay o colocou aqui depois de dormir, e Mel deve ter ido dormir em outro quarto.

Pensei bastante em tudo que o Chay disse. Realmente não tinha como Arthur saber que o filho é dele. Mas eu estava decidida a resolver isso. Se ele não me desculpasse, ele tinha pelo menos que saber que não fui capaz de colocar nenhum outro na casa dele. Pra falar a verdade nenhum outro em lugar nenhum ocupado por ele.

Decidi que logo cedo eu ia ao apartamento com Rafael dessa vez. Tinha que resolver tudo isso, e pegar algumas coisas do meu pequeno que na correria eu esqueci.

Assim que Rafael acordou pra tomar o seu sagrado leite das 6:30 da manhã, eu desci, fui até a cozinha e preparei tudo. Entreguei pra que ele mesmo segurasse enquanto tomava, sempre achei lindo ele fazendo aquilo. Coisa de mãe coruja. Enquanto ele terminava eu fui separando uma roupa pra ele e pra mim, e arrumando as coisas pra dar o banho dele. Eu queria sair logo e resolver tudo. E com certeza se eu esperasse Mel acordar eu conversaria com ela e desistiria de tudo quando ela me pedisse calma.

Dei o banho do meu filhote, ele já estava sonolento novamente. Era sempre assim. Acordava cedo e depois voltava a dormir. Menino folgado, esse deve ter puxado o pai. Eu o arrumei e assim que ele pegou no sono o deixei na cama, rodeado de travesseiros e almofadas e fui tomar o meu banho. Aquela minha cara de ressaca de sono não me permitia encontrar ninguém.

Arrumei-me, encarei o relógio, já eram quase 8 horas. Ótimo isso. Deixei um recado pra Mel na cama apenas avisando que ficasse tranquila, que tinha ido tentar resolver algumas coisas e que assim que pudesse ligaria pra ela. Caso eu não fizesse isso, podia apostar que encontraria quatro loucos revirando a cidade mais tarde atrás da desaparecida com o pequeno garoto idolatrado pelos tios babões.

Agradeci mentalmente pela casa de Mel ser próxima a de Arthur. Rafael já estava um pouco pesado pra carrega-lo no colo e eu não queria pegar taxi. Precisava de tempo pra absorver isso tudo.

Adentrei o apartamento ainda com minha chave, provavelmente ela ficará aqui quando eu sair. Até porque garanto que o Arthur não estaria acordado pra abrir a porta, e levantaria mais mal humorado que ontem. Minha surpresa ao entrar foi deparar com ele no sofá da sala. Comecei acreditar na teoria de Chay, provavelmente ele se recusou a dormir na cama em que pensava que outro dormiu. Não sabendo ele que o único homem que dormiu ali além dele foi o próprio filho.

Caminhei em passos lentos até quarto de hospedes que permanecia fechado da forma que eu deixei e andei até a caminha colocando Rafael que ainda dormia ali. Sentei do lado da cama e observava toda aquela bagunça feita pelo pequeno naquele lugar. Acho que eu precisava doar alguns brinquedos já. Chay e Mica mimavam demais ele, e tudo que o menino apontava na rua dizendo querer, eles davam. Não é atoa que ele não recusava um passeio. Ri pensando naquilo.

Pelo menos se Arthur o desprezasse, Rafa teria dois tios maravilhosos pra sempre. Sem contar da Soph e da Mel, até hoje existia a briga pra saber qual seria a madrinha. Eu era incapaz de escolher entre elas. Rafinha, ou Little Rafa, como Chay o insistia em chama-lo, era uma criança privilegiada. E a copia fiel do pai, comecei a perceber que nem os olhos pareciam mais com os meus. Coisa injusta, eu carrego nove meses, engordo, sinto enjoo, dor e a criança não tem nada meu.

Despertei daquele sono com o Rafael acordando. Ele logo desceu da cama e naqueles passinhos tortos de quem tá começando a andar, se dirigiu até um baú com brinquedinhos. Sentou no tapete e começou a brincar sem nem se incomodar com nada, afinal aquela era a casa dele. Ou pelo menos a que ele conhecia. Eu daria tudo por um copo com agua, mas tive medo de ir até lá e acordar Arthur que dormia na sala.

Esperei um tempo, 9, 10 horas e nada de Arthur acordar. Minha sede me matava. Eu tinha que ir lá. Deixei Rafael que ainda brincava com as coisas dele e fui andando na pontinha dos pés na cozinha. Quando terminei e colocava o copo em cima da bancada da pia só escuto um barulho e o choro ecoando.

Corri desesperada pra ver o que foi e deparei com meu pequeno saindo do quarto, provavelmente indo atrás de mim. O peguei no colo verificando se tinha se machucado, mas pelo que pude ver foi mais o susto da queda. O abracei acalmando-o e entrando no quarto e por um instante, eu esqueci Arthur que provavelmente havia acordado.

- Eu não vou me acostumar nunca em acordar e me deparar com alguém que não dormiu aqui, passeando pela casa. – ele falava num tom de implicância que ele sempre usava com os garotos o que me fez rir.

Ele então parou na porta do quarto e me encarava olhando pra mim e pra Rafael que estava de costas pra porta, garanto que se tivesse de frente me pouparia de ter que contar. Mas mesmo com ele me encarando, eu apenas tentava fazer Rafa parar de chorar.

- Ele se machucou? – ele me perguntou seco, como se não quisesse de verdade fazer aquilo.

- Não, desculpa por te acordar assim, mas eu precisava conversar com você. – depois de escutar nossas vozes Rafael parou o choro e virou-se pra Arthur.

Ai eu comecei a encarar um Arthur em choque, e meu pequeno olhando confuso o estranho.

- Papai!

Por Nana F