Rediscovering Love - Capitulo 32 (parte 2)

Continuação Capitulo 32 - O recomeço

POV ARTHUR

Bobo? Talvez. Era assim que ela me deixava. Sem chão, sorrindo para o nada, com a necessidade de estar junto, de ficar perto. Não deixei nem passar o tempo combinado e seguir logo o caminho pra casa dela.

Mesmo com todo esse tempo já frequentando a casa dela pra buscar o Rafa eu ainda tinha receio daquele lugar, mas precisamente dos pais dela. E eu sabia que esse final de semana eles não estavam viajando. Fiquei meio receoso em entrar, não tinha como ficar a vontade com aqueles dois me olhando torto como se eu fosse um monstro. Minha solução era fazer tudo certo e poder ter Lua de volta na minha casa.

Bela logo abriu a porta pra mim com o Rafa vindo logo atrás. Pude perceber olhos nos observando. Só mesmo o sorriso do meu pequeno pra me fazer esquecer onde eu estava.

- Vejo que ele gosta mesmo de você! – a mãe de Lua falou nos observando de longe.

- Bom dia! – eu respondi estendendo minha mão a cumprimentando.

- Bom dia Arthur! – ela me respondeu com um singelo sorriso enquanto Rafa me puxava querendo atenção só pra ele.

- Calma filho! – falei brincando com ele e já prestando atenção no que ele queria.

- Igual a mãe, quer atenção apenas pra ele. – dona Claudia continuou puxando conversa.

- Criança é sempre assim, gosta de atenção. – tentei prolongar a conversa.

- Bom dia! – Ouvi aquela voz imponente surgindo de outro ambiente e logo pude observar o pai de Lua parado agora ao lado da mãe dela.

- Bom dia! – o cumprimentei da mesma forma que havia feito com a senhora Claudia.

- Papai! – Rafael logo grudou na minha calça.

- Oi meu amor. – falei finalmente o pegando no colo e ele logo me abraçou.

- Esse garoto está ficando mimado, reclama de atenção igual a mãe quando pequena. – o senhor Billy falava sério, sem demonstrar elogio ou critica aquilo que falava.

- Acabei de falar isso amor. – Dona Claudia continuava – Eu vejo aquelas crises da Luinha querendo atenção, a mesma coisa.

- A diferença é que quando ele implora por atenção ele recebe carinho. – Lua surgiu falando do alto da escada, o clima pesou.

- O que você quer dizer com isso Lua? – senhor Billy questionou com uma cara nada satisfeita.

- Nenhuma mensagem subliminar pai. Apenas que ele recebe carinho dos pais. Apenas! – ela conversou algo baixinho com Bela e logo me chamou – Vamos?

- Claro, vamos! – eu estava perdido no meio daquela briga familiar – Tchau pra vocês.

- Volte mais vezes Arthur. – a mãe de Lua foi simpática, ao contrario do pai que se mostrava furioso com a resposta de Lua.

- Claro, voltarei.

Assim seguimos para o carro. Lua não podia ter deixado àquela visita de domingo mais constrangedora pra mim, mas eu entendia o lado dela. E como o clima hoje era pra ser de alegria, nem fiz menção de tocar nesse assunto novamente. Abri logo a porta traseira do carro, colocando o Rafa na cadeirinha dele, e enquanto isso, eu pude ver a Lua entrando no banco do passageiro sem falar nada. Entrei do outro lado e a observei olhando pra frente encarando o nada.

- Bom dia, linda! – falei a encarando antes de ligar o carro.

- Bom dia! – ela foi fria e apenas deu um sorrisinho sem graça.

- Ei! Que carinha é essa? – falei fazendo carinho no rosto dela – Se você não quiser mais ir, a gente faz alguma outra coisa sei lá!

- Claro que não, eu quero ir sim. – ela respirou fundo – Só foi um pequeno estresse já passou.

- Passou mesmo? – ela apenas assentiu com a cabeça – Então eu já posso ganhar meu beijo?

Ela sorriu e selou nossos lábios, não podemos exagerar no beijo, pois logo escutamos um grito estridente no banco de trás do carro.

- Ele definitivamente não gosta disso. – Lua falava sorrindo.

- Precisamos ter uma conversinha depois viu filhão. – falei o observando pelo retrovisor – Papai pode.

Seguimos logo pra cafeteria preferida de Lua, tomamos um café rápido, afinal Rafa não parava quieto e não deixava a gente nem conversar direito.

- Vamos logo pra pracinha pra ele gastar todas as energias possíveis, por favor! – Lua falava o segurando no colo, enquanto ele mexia no ultimo murffin dela.

- Vamos filhão? - Falei me levantando, o pegando no colo, dando um selinho em Lua e seguindo para o caixa – Vou pagar logo enquanto você termina de comer gulosa!

- Gulosa nada! – ela respondeu fazendo birra. Minha eterna criança.

Quando terminei de pagar vi que Lua já se aproximava de mim e pegava o Rafa, sem me dar atenção.

- Ei! Você não ficou com raiva porque eu te chamei de gulosa né? – acho que minha cara era de desesperado.

- Claro que não Arthur. – ela falou gargalhando e Rafa o acompanhava sem ao menos entender o motivo da risada – Deixa de ser bobo vai.

Colocamos Rafa na cadeirinha do carro novamente e antes que ela entrasse no carro a puxei do lado de fora e dei um beijão.

- O que foi isso agora? – ela falou quando nos separamos.

- Um dia você me disse que seu dia só começava com um beijo de verdade, já que ele não me deixa fazer isso lá dentro do carro, fiz aqui fora mesmo. – abri a porta do passageiro para que ela entrasse e seguir para o outro lado onde ela ainda me encarava.

- Você consegue lembrar de cada coisa, me deixa sem graça sabia?

- Você sem graça é ainda mais linda sabia? – eu falei a segurando pelo rosto e selando nossos lábios novamente, mas o gritinho surgiu.

- Poxa Rafa, colabora com o papai né?! – ele me olhava com o rostinho torto e sorria – Desse jeito fica difícil.

- Relaxa Arthur, é impressão sua, ele não se incomoda com isso. – Lua falou e ao se aproximar pra me dar um misero selinho, outro grito.

- Eu tô falando, depois me chamam de doido. – eu falei já saindo com o carro em direção à pracinha – Quando digo que as atitudes dele me assusta às vezes, vocês dão risadas da minha cara.

O dia seguiu tranquilo, brincadeiras com Rafa, beijinhos trocados, almoço em família, Chay ligando pra saber onde eu estava, Sophia ligando pra Lua. Ao descobrimos que estavam todos na casa de Sophia seguimos pra lá, visto que era bem próximo.

Por Nana F.