Rediscovering Love - Especial - Capitulo 13

Capitulo 13

POV Arthur

- Amor, acorda! Amooor.

- Oi, oi. Tá sentindo alguma coisa? – verifiquei o relógio do lado da cama, 3h40 da madrugada.

- Tô sentindo sim.

- O que foi? Tá doendo algo? Não se mexe, eu já vou pegar você no colo e a gente vai... – eu eufórico catando uma roupa no meio do quarto e ela me interrompe com uma gargalhada.

- Tô sentindo fome seu bobo.

- Ufa! – me joguei sentado na cama – Vou buscar algo pra você, quer um sanduiche, suco, o que?

- Quero... Eu preciso de goiabas!

- Tem na cozinha? – eu olhei torto, sabia que não tinha comprado goiaba essa semana.

- Acho que não. – ela fez bico – Mas eu quero.

- Tudo bem... Mas onde eu vou achar goiaba a essa hora?

- Não sei! – ela deu de ombros. Que maravilha!

- Serve o suco não? Tem daqueles de garrafinha na...

- Não! Eu quero a fruta. – emburrou e cruzou os braços. Tô ferrado.

- Tudo bem, vou da um jeito.

Nessa discussão, ganhamos mais alguns minutos e já se passavam das 4h00.

Meu senhor, onde eu acharia goiaba a essa hora da madrugada? Pensa Arthur, pensa.

Um anjinho soprou no meu ouvido e eu me dirigir pra feira livre. Cara, nessa hora o povo tá chegando pra montar as barracas e eu sinto informar que alguém vai ter que se virar em goiaba pra mim.

Rodei tudo que foi possível, até achar uma alma caridosa que me fez o favor de me dar as goiabas após eu explicar toda a situação. Ela nem quis cobrar nada, segundo ela era presente para o meu filho.

Voltei pra casa e Lua estava aflita na sala, até me assustei.

- Aconteceu alguma coisa?

- Cadê as minhas goiabas? – entreguei logo a sacola antes que eu fosse devorado junto.

Ela foi logo pra cozinha e lavando cada fruta, já com uma faca na mão. Ia cortando os pedaços e se deliciando com aquilo.

- Eu não sabia que você gostava de goiaba. – Lua era bem chata com algumas comidas.

- Nem eu! – ela respondeu devorando tudo.

Fui pegar uma pra mim ver se aquilo tudo era porque realmente estava boa e levei um tapa.

- É tudo meu!

- Lua, eu só quero um pedacinho.

- Não, tudo meu! – ela abraçou a sacola, criei um monstro.

- Tudo bem.

Sentei e fiquei só observando, acho que ela ficou com pena de mim e me deu um pedaço depois de algum tempo. E pra falar a verdade aquela goiaba não tinha nada demais, achei até meio sem doce.

- Satisfeita?

- Sim, agora já posso dormir. – ela passou de volta para o quarto e nem me chamou, ou melhor, ela nem me agradeceu.

Eu supero.

Por Nana F.