Rediscovering Love - Especial - Capitulo 8

Capitulo 8

POV Lua

- Eu vou abrir a outra loja com a Mel. Sócias. – falei mais baixo, porem devagar. Eu estava ferrada.

- E você ia me contar isso quando? Na inauguração? – ele estava furioso.

- Eu estava esperando ver se realmente daria certo...

- Dá certo o que? – ele não me deixava nem terminar mais de falar. Nunca vi o Arthur assim, pelo menos não comigo.

- Eu esperei a resposta do banco Arthur. – falei logo de uma vez, não adiantava mais enrolar – Eu pedi um empréstimo e estava esperando ver se saía.

- Empréstimo? – ele surtou de vez – Lua, você tem noção do que você está me falando?

Apenas assenti e deixei que ele continuasse, falar agora não seria uma boa.

- Luinha, eu sempre falei pra você que agora você sendo minha esposa o que é meu é seu. Você não tem necessidade de pegar empréstimo pagando juro absurdo num banco. Eu posso te ajudar com isso, seu pai pode te ajudar com isso, o que tem nessa sua cabeça ai?

- Arthur, não fala assim comigo! – mais um pouco e a Lua chorona assumiria seu lugar – Eu nunca gostei de pedir nada ao meu pai e eu nunca exigiria isso de você. Você já paga todas as contas de casa e do Rafa e não aceita um único centavo meu.

- Lua, entenda uma coisa. Se eu pago tudo, é porque eu posso e me sinto bem fazendo isso. Você tem o seu dinheiro e tem a sua faculdade que nunca aceitou uma ajuda minha. Eu respeitei e sempre vou respeitar isso, mas a partir do momento que você precisa de algo a mais, e se submete a fazer tudo em segredo eu não posso aceitar.

- Não era em segredo. – lágrimas saltavam pra fora já.

- Se isso não é segredo é o que então? – ele apesar de está visivelmente irritado, não levantou o tom de voz um minuto se quer comigo – Eu não consigo encarar isso de outra forma.

- Não fica com raiva de mim.

- Eu estou chateado sim, não vou negar. – ele começou a andar de um lado para o outro no quarto.

- Thur! – eu o chamei manhosa.

- Não Lua, não adianta esse charminho agora.

- Mas eu te amo! – continuava com drama e fui abraçar ele pelo pescoço, que apesar de nem me abraçar de volta, nem me encarar, não me afastou pelo menos.

- Não parece que ama. Faz tudo escondido. – ele me encarava furioso agora, e até secou minhas lágrimas.

- Não briga comigo.

- Eu só tenho uma coisa a dizer. – ele retirou meus braços do seu pescoço e andou até o outro lado do quarto – Ou você recusa esse empréstimo do banco e eu pago tudo, ou então não da mais.

- O que você tá querendo dizer com isso? – eu entendi certo ou não?

- Ou eu pago sua parte da sociedade e você aceita isso como um presente, ou então é melhor cada um seguir sua vida... Separados. – ele engasgou, mas falou. E eu? Bem, me faltou chão.

Por Nana F.