Capítulo 12
POV- Arthur
Os dias foram se passando, e eu
cada dia sonhava mais com a Lua. No dia da minha cirurgia, recebi uma visita
que eu não esperava, mas que foi capaz de tirar lágrimas do meu olho.
Na poltrona de couro do enorme
quarto branco do hospital sentou-se meu pai.
“PAI?!” Falei surpreso.
Ele não falou nada. Pensei que
estava tendo mais uma alucinação, mas quando o homem de meia idade levantou-se
e andou até a beira da cama, tive certeza que estava acordado.
“Oi Arthur.” Ele falou, após um
tempo.
Não trocamos palavras, apenas
alguns olhares, que, para mim, significaram o mundo. Naquele dia, fiz minha
cirurgia, doparam-me fortemente.
Houve um momento que eu acordei,
ainda tonto por causa da anestesia. Ao abrir meus olhos, vi um vulto loiro,
cujo formato eu jamais me equivocaria, era a Lua, que visitava-me naquele dia.
“Arthur, volta a dormir.” Ela
falou, passando a mão no meu rosto e beijando-me levemente na bochecha.
Adormeci ao receber aquele gesto.
Quando acordei, dessa vez completamente lúcido, chamei a enfermeira.
“Alguém esteve no meu quarto
enquanto eu dormia?” Perguntei, fazendo o maior esforço para falar possível.
“Desculpa Sr Aguiar, ninguém
estivera aqui.” Ela respondeu.
“E meu pai?” Perguntei.
“Voltou ao trabalho.” Ela disse.
“Volte a dormir, você ainda está muito fraco.” Acrescentou a robusta
enfermeira.
Virei minha cabeça, para que ela
não visse minha cara de infelicidade. Tive que concluir que a Lua que
visitara-me fora mais uma alucinação. Ao fazer isso vi algo que me fez sorrir.
Capítulo 13
POV- Lua
Decidi visitar o Arthur num dia
que eu sabia que o hospital estaria vazio. Com a ajuda da Rose, empregada dele,
entrei sem ser vista.
Quando fui no quarto dele, não
pude evitar observá-lo. Como eu conseguira me apaixonar por um canalha como
ele? Eu sabia que no fundo daquele garoto arrogante, vivia um menino carinhoso.
Eu havia posto uma caixa de
chocolate, cuja marca era a mesma que nós sempre dividíamos na casa dele,
quando vi que ele acordara.
“Arthur, volta a dormir.” Pedi.
Caminhei até a cama dele, passei a mão em seu rosto, que estava mais magro que
o normal, beijei-o a face e sai.
Depois daquele dia, Rose
contou-me que o pai dele fora visitá-lo, que ao acordar ele perguntou se alguém
o visitara e que ficara numa felicidade imensa ao ver os chocolates que eu
deixara de presente.
Sempre que eu vi a Rose nós
conversávamos. Um dia ela me perguntou sobre a faculdade, e eu respondi:
“Ah Rose, não consegui passar na
federal e a particular, que eu passei, não tenho dinheiro para pagar.”
“Lua, que pena. Você tentará
novamente?” Perguntou-me.
“Não sei...” Respondi.
Dias depois, recebi uma ligação
de uma das melhores particulares do país. A faculdade disse que eu ganhara uma
bolsa de estudos. Com isso, mudei-me para a cidade dessa faculdade, determinada
a achar o amor da minha vida.
POV- Arthur
Ao meu lado, encontrava-se uma
caixa de chocolate, que eu acreditava ter sido enviada pela Lua. Após muitos
dias, resolvi perguntar como ela estava para a Rose, essa respondeu-me:
“Ela está bem.” Rose respondeu-me
vagamente.
“Já foi para faculdade?”
Perguntei, curioso e imaginando se um dia eu iria também.
“Não. Ela não conseguiu passar na
federal e a privada ela não tem dinheiro para pagar.” Rose comentou.
POV- Lua
----------------------------------------1 ano depois---------------------------------------------
Eu já estava a um ano na
faculdade. Fizera amizades como jamais pensei que teria. Sophia, Mel, Carla,
Micael, Chay e vários outros viraram minha nova família.
No primeiro dia dos calouros na
faculdade, fizemos um baile de máscaras. Como trote, eles seriam obrigados a
pagar a despesa da festa.
Tudo ocorria muito bem, até que
um dos valentões da minha turma decidiu implicar com um calouro. O que ele
fazia parecia mais um bullying que brincadeira. Todos pareciam achar aquela
cena deplorável maravilhosa.
“Pare!” Eu gritava, mas meus
gritos e pedidos pareciam ser abafados pela gritaria que excitava a
brincadeira.
Por fim, um garoto moreno, de
ombros largos, mascarado, trajando um terno muito bonito, interviu.
Meu colega começou a bater nele,
mas o menino conseguiu defender-se dando uma surra nele, mas saindo com o nariz
sangrando.
“Você está bem?” Perguntei,
puxando-o pelo braço.
“Estou.” Ele falou, virando-se.
“Deixe-me ajudá-lo com seu
nariz.” Eu disse, puxando-o em direção à enfermaria.
O menino agradeceu. Ao chegarmos
à mini enfermaria, percebi que ele não era da minha turma. Após ajudá-lo com o
nariz quebrado, notei nos olhos dele.
“Você me parece muito familiar. Nós
já nos conhecemos?” Perguntei.
Os olhos dele lembravam-me muito
o Arthur, o corpo estava diferente, mas quem sabe o que aconteceu após um ano?
Eu sabia que ele havia se recuperado... Quando o menino respondeu qual era o
nome dele....
Capítulo 14
POV- Lua
“Você me parece muito familiar.
Nós já nos conhecemos?” Perguntei.
“Duvido muito.” Ele respondeu,
retirando a máscara.
Seu rosto era familiar, mas não
conseguia ter certeza se conhecia-o ou não.
“Ah, mas qual é o seu nome?”
Perguntei.
“Diego.” Ele respondeu.
Meu coração murchou. Eu desejava
muito que fosse o Arthur, mas mesmo assim, ao menos o Diego parecia ser um cara
legal.
“Lua, você quer dançar comigo?”
Ele perguntou.
“Como você sabe meu nome?”
Perguntei.
“Eu vi a lista dos alunos
antigos.” Ele falou.
“Ah.. Claro, eu adoraria dançar
com você.”
Na pista de dança, ele parecia
ter nascido para dançar. O jeito que ele conduzia a dança, que olhava-me, que
tocava-me era alucinante.
Quando dei por mim, eu
encontrava-me no corredor do salão, beijando-o.
No dia seguinte, eu vi ele na
cantina da faculdade, dei oi, e ele cumprimentou-me com um beijo na bochecha,
que foi o suficiente para eu não pensar em outra coisa se não ele naquele dia.
POV- Arthur
Havia se passado um ano desde
minha cirurgia, desde a minha última noticia da Lua. Eu estava numa festa de
faculdade, quando resolvi intervir numa brincadeira de mau gosto.
Como resultado, quebrei o nariz.
Eu estava caminhando em direção aos meus amigos, quando uma menina de vestido
azul marinho, cabelos loiros e com a voz mais doce possível aproximou-se de mim
e disse:
“Você está bem?”
“Estou.” Respondi, reconhecendo a Lua pela voz
e pelo olhar carinhoso.
“Deixe-me ajudá-lo com seu
nariz.” Ela disse, puxando-me.
Após cuidar do meu nariz quebrado
ela perguntou:
“Você me parece muito familiar.
Nós já nos conhecemos?”
“Duvido muito.” Menti, retirando
a máscara e torcendo para ela não me reconhecer.
“Ah, mas qual é o seu nome?”
Perguntou-me, desconfiada (eu reconhecia o tom de duvidosa dela em qualquer
lugar).
“Diego.” Respondi.
Eu não queria que ela me visse
como o arrogante que eu era, eu queria que ela me conhecesse como a nova pessoa
que eu era.
“Lua, você quer dançar comigo?”
Convidei-a.
“Como você sabe meu nome?”
Perguntou-me desconfiada.
“Que mancada eu acabei de fazer.”
Pensei.
“Eu vi a lista dos alunos
antigos.” Menti descaradamente.
“Ah.. Claro, eu adoraria dançar
com você.” Ela respondeu, acreditando em minha mentira.
Na pista de dança, quase
enlouqueci com ela dançando tão perto de mim, tão colada à mim, de forma tão
sexy e passional.
Consegui o que tanto sonhava,
havia meses que eu vinha sonhando em beijá-la novamente. Naquela noite, não
dormimos juntos, mas já dei um grande paço ao beijá-la de forma extremamente
intensa. Fiquei pensando, em meu quarto, naquela noite, se ela ainda era
virgem.
Na manhã seguinte, ela me viu na
cantina, ao lado do meu primo Diego Montez. Quando ela disse “Oi” e chamou-me
de Diego, meu primo estranhou.
“Cara, ou eu estou louco, ou
aquela garota chamou você de Diego.” Falou o verdadeiro Diego.
“Diego, você precisa me chamar de
Diego sempre que ela estiver por perto. Aquela era a Lua, a garota que eu
contei para você tempos atrás.” Eu expliquei.
“Cara, você tá mentindo por quê?”
“Por que eu quero que ela me veja
de forma diferente, não como aquele cara arrogante e metido que eu era.”
Expliquei.
“Lembre-se, mentira tem perna
curta...” Ele falou.
Ignorei-o e, no final da tarde,
mandei uma mensagem para ela:
“Quer sair comigo hoje? Tenho uma
surpresa.”
Fiquei aguardando ansioso por uma
resposta...
NOTA DA AUTORA:
Desculpa ou de nada pelo capítulo
enorme....
Eai, será que a Lua vai aceitar o
convite?? Não sei se eu devo ser boazinha....
Beijos,
@CronicaDaAmanda
Seja siiiiiiiiiiiiiim muito boazinha,kkkkkkkkk desculpa não comentar as outras webs mas adoro e leio tocas já fiquei duas noites em claro lendo suas webs são perfects não pare de escrever pleaseeeee
ResponderExcluir