Capítulo 30
POV- Lua
Não sabia se ia atrás dele, se
brigava com ele, se o beijava novamente. No final, acabei decidindo que não
havia muito que fazer, além de ir atrás dele e exigir uma explicação e, quem
sabe, terá sorte de ser beijada
novamente pelo meu ex-namorado.
“Arthur, você me deve explicações.” Eu disse,
quando finalmente encontrei-o perto de um dos bares da festa.
“Lua!” Ele disse surpreso.
“Olha, você não pode simplesmente
beijar alguém e desaparecer.” Eu disse.
“Lua para você me perdoar e para
ter você por perto eu faço qualquer coisa.” Ele respondeu.
“Arthur...” Comecei, mas não
sabia como continuar.
“Lua, eu já pedi desculpas, já
disse toda a verdade. Não sei mais o que fazer para provar que eu ainda amo
você.” Ele me disse.
“Eu não consigo confiar em você.”
Expliquei e sai dali.
A lembrança do Arthur ter mentido
para mim era o suficiente para acabar com qualquer vontade de beijá-lo.
DIAS DEPOIS.......
Meu celular começou a tocar
durante a aula. Decidi não atender, mas como a ligação era insistente e de um
numero desconhecido me preocupei.
Assim que a aula acabou corri
para retornar a ligação. Assim que atenderam eu disse:
“Oi, boa tarde, me ligaram várias
vezes desse numero...”
“Ah Lua, que bom que você
atendeu.”
“Quem é?” Perguntei, sem
reconhecer a voz da pessoa.
“Eu sou o primo do Art...” Ele
começou a dizer, mas eu interrompi ele.
“Olha, se você está ligando para
me convencer de desculpar ele esquece ok?” Eu pedi.
“Não. Eu preciso de um favor seu.
Eu sei que você tem a chave do AP dele. O Arthur está com câncer de novo, mas
não quer fazer quimioterapia. Ele não responde o celular a horas. Nem o
telefone de casa. O porteiro me assegurou que ele não saiu de casa. Ou seja,
acho que ele pode não estar bem, por isso preciso da chave emprestada.” Ele
disse, jogando essa ENORME bomba em mim.
“Claro, pode pegar. Aonde você
está?” Perguntei.
“Eu estou em São Paulo, mas vou
pegar um avião e chego em duas horas.” Ele respondeu.
“Duas horas? Se o Arthur estiver
passando mal você não chegará a tempo.” Eu disse.
“Bem, eu sou o membro da família
que está mais perto dele, e o Arthur detestaria que alguém que não conhece-o de
verdade descobrisse que ele está com câncer.” O primo do Arthur explicou.
“Verdade...” Eu disse. “Ok, me
liga quando chegar e eu entrego as chaves para você.”
“Obrigada Lua. Muito obriagda
mesmo.” Ele respondeu.
Com isso desligamos o celular.
Olhei para o meu relógio, alguns
minutos depois. O tic-tac que ele fazia estava me deixando angustiada. Após muito pensar, olhei para o Micael, que
estava sentado ao meu lado na cantina e pedi:
“Mica, me dá uma carona para o
apartamento do Arthur?”
“Claro.” Ele disse.
No caminho, Micael tentou fazer
algumas piadinhas, mas percebendo minha tenção calou-se.
Assim que cheguei no prédio o
porteiro me permitiu subir. Entrei correndo pelo elevador, com o Micael atrás
de mim, sem compreender nada.
Quando bati na porta e não obtive
resposta senti meu coração acelerar... Quando abri a porta finalmente descobri
que eu tinha todas as razões do mundo para ficar com medo, afinal, o que eu vi
foi....
Capítulo 31
POV- Lua
Quando abri a porta finalmente
descobri que eu tinha todas as razões do mundo para ficar com medo, afinal, o
que eu vi foi o apartamento destruído, cheio de coisas quebradas.
Eu e Micael nos
olhamos preocupados.
“O Arthur, temos
que achar ele.” Eu disse para meu amigo, com isso, saímos a procura dele pelo
enorme apartamento de luxo.
Achei-o em seu
escritório, desacordado no chão, ao lado de uma caixa de remédios e uma foto
que trouxe lágrimas aos meus olhos.
A foto fora
tirada dois dias antes do fim do nosso namoro. Eu vira ela apenas uma vez, essa
fora a vez que nós tiramos ela.
Sentei-me ao
lado de Arthur, vi se ainda estava vivo, escutando os seus batimentos.
“Micael, chama
uma ambulância!” Gritei com todas as minhas forças.
“Arthur, por
favor, acorda. Você não pode me deixar sem que eu conte a verdade para você. Sem
que eu beije você novamente, ouça sua voz, durma de conchinha novamente...” Eu
disse entre lágrimas.
Sacudia-o,
chorava, gritava, mas não deixava o lado dele.
Mandei uma
mensagem para o primo dele, explicando que eu já estava no apartamento, mas que
estávamos esperando uma ambulância.
Minutos, que
mais pareciam horas, passaram-se, mas finalmente a ambulância chegou.
Obviamente eu fui para o hospital junto, com o coração na boca e fiquei lá por
um bom tempo a espera de noticias.
O médico, com
sua cara de mosca morta, estava saindo do quarto quando eu vi-o.
“Dr, como está o
Arthur?” Perguntei, assim que ele passou por mim.
“O Sr Aguiar
está bem. Ele teve um desmaio por falta de comida, aparentemente ele estava sem
comer à muitas horas. Mas o que me preocupa é o câncer dele. Lua, o meu
paciente deseja falar com você, mas vá rápido, pois dopamos ele para poupá-lo e
logo ele adormecerá.” Ele me respondeu, para o meu desespero.
Não demoraram
muitas horas para o primo dele chegar, com a noticia de que a família ia
forçá-lo a fazer o tratamento.
Fiquei com pena
dele, mas principalmente apavorada, já que o Arthur, ao acordar, pediu para
falar comigo.
“Oi Arthur, como
está?” Perguntei ao entrar no quarto da UTI, onde ele encontrava-se.
“Lua, não vou
falar muito. Quero apenas que você faça uma coisa, vá até meu apartamento,
pegue meu laptop e abra o arquivo LUA, leia a carta que está dentro dele.” Ele
pediu.
“Arthur, como
assim?” Perguntei, sem entender, mas não obtive resposta, já que Arthur
adormecera por conta dos remédios.
Sai dali e fui
direto para o apartamento dele. Eu precisava ler aquela carta.
Capítulo 32
“Lua, não vou
falar muito. Quero apenas que você faça uma coisa, vá até meu apartamento,
pegue meu laptop e abra o arquivo LUA, leia a carta que está dentro dele.” Ele
pediu.
“Arthur, como
assim?” Perguntei, sem entender, mas não obtive resposta, já que Arthur
adormecera por conta dos remédios.
Sai dali e fui
direto para o apartamento dele. Eu precisava ler aquela carta.
Ao chegar no
apartamento dele eu deparei-me com a mesma cena que vira horas antes, porém com
a certeza que o Arthur não estaria lá.
Ao entrar no
escritório dele, vi que o laptop nem fora desligado, estava apenas no modo
“Hibernar”. Entrei no arquivo que
continha meu nome, encontrei várias fotos e um único arquivo no Word, que dizia
CARTA.
Entrei no mesmo,
e, emocionando-me muito, li a seguinte mensagem:
“Lua, como eu
amei você jamais amarei ninguém. Eu errei várias vezes. A primeira delas foi
durante a alfabetização, quando melei suas tranças em um pote de tinta. Depois
disso, houve o incidente da festa na casa de um dos meus amigos, cujo nome não
me recordo, lá eu fiz piadinhas por causa do seu biquíni. Pulando para anos
depois, temos as piadas que eu fazia no corredor, a forma estúpida que eu
tratava você e etc. Em fim, pulando mais uma vez chegamos ao dia que você
entrou em meu quarto e, mesmo depois de tudo isso, ficou ao meu lado. O melhor
dia daquele ano, ou talvez de toda minha vida, foi quando nos beijamos naquela
nossa brincadeirinha boba. Mas, como sempre, eu precisava estragar tudo, ou
talvez, naquela vez apenas, salvá-la de me ver em um estado horrível (quando
fiz uma cirurgia por causa do câncer). Quando nos reencontramos, quando eu vi
você novamente, eu sabia que aquela era minha chance de tentar arrumar tudo, de
fazer você em amar tanto quanto eu amo você. Eu planejava contar tudo à você,
mas verdade seja dita, o Diego realmente existe, ele é a versão melhor de mim
mesmo. A versão que você me ajudou a criar. O dia que você descobriu a verdade
foi o mesmo que eu havia decido contar-lhe tudo, porém não tive a chance. Bem,
se você está lendo isso eu tenho dois recados, que saiba que eu amo muito você
e que quero que você ache alguém que mereça você de verdade. E antes que me esqueça,
se eu não estiver morto, mas sim preso num hospital por causa dos meus pais,
não tente me ajudar nem mesmo procure-me. Não quero mais viver, afinal, o que
seria uma vida sem você? Ou pior, o que seria uma vida se você sofresse por
mim? Eu amo você linda, jamais esqueça disso. Não esqueça, o amor é frágil. Nem
sempre cuidamos dele, mas eu desde o momento que apresentei-me como Diego
tentei cuidá-lo.”
A carta acabava
ai. Eu conclui, ao ler isso, que eu sempre amara ele, assim como ele REALMENTE
sempre me amara. Mas a questão era, eu devia ou não ficar ao lado dele nesse
momento difícil. Será que ele iria sobreviver à tudo isso?
FIM DA PRIMEIRA
TEMPORADA.
NOTA DA AUTORA:
Bem, chegamos
num momento complicado não é? Espero que tenham gostado da web. Quanto à
continuação, ela só depende de vocês... Basta pedir ela. Agora, se o final será
feliz ou não, nem eu sei. Na segunda temporada, decidirei o futuro do Diego, se
a Lua vai ou não atrás dele e muito mais... além de revelar o segredo da
família da Lua e o passado dos pais do Arthur...
Se desejarem, irei postar no dia 09 de setembro de 2012 :)
Se desejarem, irei postar no dia 09 de setembro de 2012 :)
Beijos, @CronicaDaAmanda
posta sim estou louca pra saber oke vai acontecer com eles
ResponderExcluirPosta mais... pfvr
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