terça-feira, 4 de setembro de 2012

A Bela e a Fera capítulo 30 ao 32 (último da primeira temporada)




Capítulo 30
POV- Lua
Não sabia se ia atrás dele, se brigava com ele, se o beijava novamente. No final, acabei decidindo que não havia muito que fazer, além de ir atrás dele e exigir uma explicação e, quem sabe, terá  sorte de ser beijada novamente pelo meu ex-namorado.
 “Arthur, você me deve explicações.” Eu disse, quando finalmente encontrei-o perto de um dos bares da festa.
“Lua!” Ele disse surpreso.
“Olha, você não pode simplesmente beijar alguém e desaparecer.” Eu disse.
“Lua para você me perdoar e para ter você por perto eu faço qualquer coisa.” Ele respondeu.
“Arthur...” Comecei, mas não sabia como continuar.
“Lua, eu já pedi desculpas, já disse toda a verdade. Não sei mais o que fazer para provar que eu ainda amo você.” Ele me disse.
“Eu não consigo confiar em você.” Expliquei e sai dali.
A lembrança do Arthur ter mentido para mim era o suficiente para acabar com qualquer vontade de beijá-lo.
DIAS DEPOIS.......
Meu celular começou a tocar durante a aula. Decidi não atender, mas como a ligação era insistente e de um numero desconhecido me preocupei.
Assim que a aula acabou corri para retornar a ligação. Assim que atenderam eu disse:
“Oi, boa tarde, me ligaram várias vezes desse numero...”
“Ah Lua, que bom que você atendeu.”
“Quem é?” Perguntei, sem reconhecer a voz da pessoa.
“Eu sou o primo do Art...” Ele começou a dizer, mas eu interrompi ele.
“Olha, se você está ligando para me convencer de desculpar ele esquece ok?” Eu pedi.
“Não. Eu preciso de um favor seu. Eu sei que você tem a chave do AP dele. O Arthur está com câncer de novo, mas não quer fazer quimioterapia. Ele não responde o celular a horas. Nem o telefone de casa. O porteiro me assegurou que ele não saiu de casa. Ou seja, acho que ele pode não estar bem, por isso preciso da chave emprestada.” Ele disse, jogando essa ENORME bomba em mim.
“Claro, pode pegar. Aonde você está?” Perguntei.
“Eu estou em São Paulo, mas vou pegar um avião e chego em duas horas.” Ele respondeu.
“Duas horas? Se o Arthur estiver passando mal você não chegará a tempo.” Eu disse.
“Bem, eu sou o membro da família que está mais perto dele, e o Arthur detestaria que alguém que não conhece-o de verdade descobrisse que ele está com câncer.” O primo do Arthur explicou.
“Verdade...” Eu disse. “Ok, me liga quando chegar e eu entrego as chaves para você.”
“Obrigada Lua. Muito obriagda mesmo.” Ele respondeu.
Com isso desligamos o celular.
Olhei para o meu relógio, alguns minutos depois. O tic-tac que ele fazia estava me deixando angustiada.  Após muito pensar, olhei para o Micael, que estava sentado ao meu lado na cantina e pedi:
“Mica, me dá uma carona para o apartamento do Arthur?”
“Claro.” Ele disse.
No caminho, Micael tentou fazer algumas piadinhas, mas percebendo minha tenção calou-se.
Assim que cheguei no prédio o porteiro me permitiu subir. Entrei correndo pelo elevador, com o Micael atrás de mim, sem compreender nada.
Quando bati na porta e não obtive resposta senti meu coração acelerar... Quando abri a porta finalmente descobri que eu tinha todas as razões do mundo para ficar com medo, afinal, o que eu vi foi....

Capítulo 31
POV- Lua
Quando abri a porta finalmente descobri que eu tinha todas as razões do mundo para ficar com medo, afinal, o que eu vi foi o apartamento destruído, cheio de coisas quebradas.
Eu e Micael nos olhamos preocupados.
“O Arthur, temos que achar ele.” Eu disse para meu amigo, com isso, saímos a procura dele pelo enorme apartamento de luxo.
Achei-o em seu escritório, desacordado no chão, ao lado de uma caixa de remédios e uma foto que trouxe lágrimas aos meus olhos.
A foto fora tirada dois dias antes do fim do nosso namoro. Eu vira ela apenas uma vez, essa fora a vez que nós tiramos ela.
Sentei-me ao lado de Arthur, vi se ainda estava vivo, escutando os seus batimentos.
“Micael, chama uma ambulância!” Gritei com todas as minhas forças.
“Arthur, por favor, acorda. Você não pode me deixar sem que eu conte a verdade para você. Sem que eu beije você novamente, ouça sua voz, durma de conchinha novamente...” Eu disse entre lágrimas.
Sacudia-o, chorava, gritava, mas não deixava o lado dele.
Mandei uma mensagem para o primo dele, explicando que eu já estava no apartamento, mas que estávamos esperando uma ambulância.
Minutos, que mais pareciam horas, passaram-se, mas finalmente a ambulância chegou. Obviamente eu fui para o hospital junto, com o coração na boca e fiquei lá por um bom tempo a espera de noticias.
O médico, com sua cara de mosca morta, estava saindo do quarto quando eu vi-o.
“Dr, como está o Arthur?” Perguntei, assim que ele passou por mim.
“O Sr Aguiar está bem. Ele teve um desmaio por falta de comida, aparentemente ele estava sem comer à muitas horas. Mas o que me preocupa é o câncer dele. Lua, o meu paciente deseja falar com você, mas vá rápido, pois dopamos ele para poupá-lo e logo ele adormecerá.” Ele me respondeu, para o meu desespero.
Não demoraram muitas horas para o primo dele chegar, com a noticia de que a família ia forçá-lo a fazer o tratamento.
Fiquei com pena dele, mas principalmente apavorada, já que o Arthur, ao acordar, pediu para falar comigo.
“Oi Arthur, como está?” Perguntei ao entrar no quarto da UTI, onde ele encontrava-se.
“Lua, não vou falar muito. Quero apenas que você faça uma coisa, vá até meu apartamento, pegue meu laptop e abra o arquivo LUA, leia a carta que está dentro dele.” Ele pediu.
“Arthur, como assim?” Perguntei, sem entender, mas não obtive resposta, já que Arthur adormecera por conta dos remédios.
Sai dali e fui direto para o apartamento dele. Eu precisava ler aquela carta.


Capítulo 32
“Lua, não vou falar muito. Quero apenas que você faça uma coisa, vá até meu apartamento, pegue meu laptop e abra o arquivo LUA, leia a carta que está dentro dele.” Ele pediu.
“Arthur, como assim?” Perguntei, sem entender, mas não obtive resposta, já que Arthur adormecera por conta dos remédios.
Sai dali e fui direto para o apartamento dele. Eu precisava ler aquela carta.
Ao chegar no apartamento dele eu deparei-me com a mesma cena que vira horas antes, porém com a certeza que o Arthur não estaria lá.
Ao entrar no escritório dele, vi que o laptop nem fora desligado, estava apenas no modo “Hibernar”.  Entrei no arquivo que continha meu nome, encontrei várias fotos e um único arquivo no Word, que dizia CARTA.
Entrei no mesmo, e, emocionando-me muito, li a seguinte mensagem:
“Lua, como eu amei você jamais amarei ninguém. Eu errei várias vezes. A primeira delas foi durante a alfabetização, quando melei suas tranças em um pote de tinta. Depois disso, houve o incidente da festa na casa de um dos meus amigos, cujo nome não me recordo, lá eu fiz piadinhas por causa do seu biquíni. Pulando para anos depois, temos as piadas que eu fazia no corredor, a forma estúpida que eu tratava você e etc. Em fim, pulando mais uma vez chegamos ao dia que você entrou em meu quarto e, mesmo depois de tudo isso, ficou ao meu lado. O melhor dia daquele ano, ou talvez de toda minha vida, foi quando nos beijamos naquela nossa brincadeirinha boba. Mas, como sempre, eu precisava estragar tudo, ou talvez, naquela vez apenas, salvá-la de me ver em um estado horrível (quando fiz uma cirurgia por causa do câncer). Quando nos reencontramos, quando eu vi você novamente, eu sabia que aquela era minha chance de tentar arrumar tudo, de fazer você em amar tanto quanto eu amo você. Eu planejava contar tudo à você, mas verdade seja dita, o Diego realmente existe, ele é a versão melhor de mim mesmo. A versão que você me ajudou a criar. O dia que você descobriu a verdade foi o mesmo que eu havia decido contar-lhe tudo, porém não tive a chance. Bem, se você está lendo isso eu tenho dois recados, que saiba que eu amo muito você e que quero que você ache alguém que mereça você de verdade. E antes que me esqueça, se eu não estiver morto, mas sim preso num hospital por causa dos meus pais, não tente me ajudar nem mesmo procure-me. Não quero mais viver, afinal, o que seria uma vida sem você? Ou pior, o que seria uma vida se você sofresse por mim? Eu amo você linda, jamais esqueça disso. Não esqueça, o amor é frágil. Nem sempre cuidamos dele, mas eu desde o momento que apresentei-me como Diego tentei cuidá-lo.”
A carta acabava ai. Eu conclui, ao ler isso, que eu sempre amara ele, assim como ele REALMENTE sempre me amara. Mas a questão era, eu devia ou não ficar ao lado dele nesse momento difícil. Será que ele iria sobreviver à tudo isso?
FIM DA PRIMEIRA TEMPORADA.
NOTA DA AUTORA:
Bem, chegamos num momento complicado não é? Espero que tenham gostado da web. Quanto à continuação, ela só depende de vocês... Basta pedir ela. Agora, se o final será feliz ou não, nem eu sei. Na segunda temporada, decidirei o futuro do Diego, se a Lua vai ou não atrás dele e muito mais... além de revelar o segredo da família da Lua e o passado dos pais do Arthur...
Se desejarem, irei postar no dia 09 de setembro de 2012 :)
Beijos, @CronicaDaAmanda

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