segunda-feira, 14 de abril de 2014

Ferro e Gelo - Capitulo 15


 Cap 15

Ambos os advogados chegaram, com as fianças pagas os briguentos foram embora. A delegacia voltou a ter um pouco de paz. Chay levou Micael embora e Pedro foi com Dona Clara. Arthur continuava ali.

- Posso ajudá-lo em alguma coisa Sr. Aguiar?
- Na verdade pode sim.
- Em que?
- Sai para jantar comigo amanhã à noite?
- Hã?

Lua foi pega de surpresa, esse tipo de convite nunca havia passado por sua cabeça. Arthur parecia meio sem graça, ele não era de ter atitudes impulsivas como essa, mas precisava arranjar uma maneira de estar próximo da Lua. Os instantes de silêncio que se seguiram deixavam Arthur mais tenso, Lua ainda processava a proposta e que resposta daria. Porém sua boca foi rápida que seu cérebro.

- Aceito sim.

No hospital.

Sophia estava de alta, Mel ainda a acompanhava. No caminho para a fazenda dos Cassiano, Mel aproveitou a oportunidade para tentar entender o que havia acontecido.

- Sô, como foi que você caiu?
- Bem Mel, estava andando com o Mica, só que a minha sela estava me incomodando. A sela do meu cavalo era mais antiga, a do Mica era novinha. Então trocamos de cavalo. A sela nova estava muito melhor, então resolvi correr, já que estávamos só no trote. Quando comecei a correr senti a sela meio solta, eu não conseguia me equilibrar, cai.
- Foram vocês que selaram os cavalos?
- Não Mel, eles já estavam selados no estábulo, até mesmo antes do Pedro chegar com a Lua. Depois que eles saíram, eu e Mica fomos dar a nossa escapadinha, pegamos aqueles cavalos mesmos.

Mel ficou pensativa, Quem selou aqueles cavalos? Por que uma sela nova estava poida? Muitas perguntas e poucas respostas. Mel deixou Sophia em casa aos cuidados da tia e do primo e voltou para a delegacia. Precisava passar essas informações para Lua. Agora elas teriam dois crimes para desvendar.

Já na delegacia elas resolveram que no dia seguinte iriam a fazenda Cassiano e conversariam com o Pedro e com os empregados que tivessem tido contato com os cavalos. Foram pra casa, dia de trabalho encerrado.

Na casa da Mel e da Lua.

- Mel, tenho uma coisa estranha para te contar.
- Lu, essa cidade tem várias coisas estranhas. Começando pela Dona  Clara ela parece saída de um conto de fadas, só que ela está mais para madrasta.
- Sério, Mel, você não tem jeito.
- Mas, conta ai, Lu.
- O Arthur me chamou para sair com ele amanhã, vamos jantar!
- Como é que é? E você respondeu???
- Eu aceitei.
- Perai, Lu. Como assim aceitou? E aquela história que homem nenhum presta. Que depois de tanta pancada, você não iria se envolver com mais ninguém. Que estava casada com o cumprimento da lei.
- Mel, eu não estou me envolvendo com ninguém, só vou sair pra jantar.
- Tá sei. Sair para jantar com um cara lindo e poderoso. Você aceito por quê?
- Ah sei lá. Pura falta do que fazer.
- Lua pra cima de mim. Te conheço há muito tempo. Você não faz nada sem pensar. Ou você vai investigar o carinha ou ele mexeu com a dama de ferro?

- Pode ser um pouco de cada, amiga.

Por Paula Gonçalves

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