Capítulo 4
POV- Arthur
Não importava o que eu fizesse a
danada não desistia do trabalho. Para piorar, eu me peguei um dia ansioso pela
chegada dela. Estava começando a fazer questão de estar sempre arrumado (ou não
tão feio), de olho na janela e com um humor um tanto melhor, mas jamais deixava
ela perceber isso.
Eu ficava irritando-a, fazia de
tudo para que brigássemos, já que era em meio às brigas que eu mais me
divertia.
Houve um dia que nada que eu
falava tirava o bom humor dela. Eu já estava ficando sem ideia, quando ela
pegou o celular para mandar uma mensagem e eu falei:
“Conversando com o namorado?”
“Não... Com minha amiga, nós
vamos a uma festa.” Ela disse.
“Ah, a estranha tem vida social.
Quem diria?!” Eu disse, rindo maliciosamente. Ela apenas revirou os olhos. “Que
festa é?”
“Uma house party do Pedro.” Ela
disse.
O Pedro fora um grande amigo meu,
na verdade, um grande puxa saco, que dava festas maravilhosas sempre que os
pais dele viajavam, nessas festas havia muita bebida, droga e sexo.
“Uma menina como você não costuma
ser chamada para essas festas. Quem convidou-a?” Eu perguntei, curioso.
“Não lhe interessa.” Ela disse.
“Vamos mudar de assunto?”
“Não.” Eu disse. “Você não vai
com ninguém, está na cara, você vai entrar de penetra não é?” Perguntei.
POV- Lua
“Uma menina como você não costuma
ser chamada para essas festas. Quem convidou-a?” Arthur me perguntou.
“Não lhe interessa.” Respondi.
“Vamos mudar de assunto?”
“Não. Você não vai com ninguém,
está na cara, você vai entrar de penetra não é?” Ele perguntou ofendendo-me.
“Arthur, não que lhe interesse,
mas eu vou com o Rodrigo, o Rodrigo Dorado. Tenho certeza que você se lembra
dele.” Eu disse.
Ele olhou-me e soltou uma
tremenda gargalhada.
“Ta na cara que ele só quer
transar com você.” Ele disse.
Fiquei vermelha na hora.
“Lua, você não é virgem né?!” Ele
perguntou, ainda rindo.
“Não.” Respondi, sem graça....
Mentindo.
“Ah então nós podemos falar de
sexo na boa, que você sabe me responder tudo né?” Ele perguntou, mexendo-se
penosamente na cama de estilo hospitalar.
“Eu saberia, mas não significaria
que eu desejaria responder.” Eu respondi.
“Ok, vamos fazer um acordo. Se
você realmente souber me responder tudo, eu darei algo a você, mas se você
errar terá que fazer algo em troca para mim.”
Capítulo 5
POV- Arthur
Quando a Lua disse que iria à
festa com o Rodrigo meu sangue ferveu. O
cara era um canalha, excelente pessoa para ter status, mas um canalha. Ele só saia
com as meninas que desejava usar numa noite e esquecer no outro.
Eu não queria que o canalha
usasse a menina. Ela era chata, mas entendia o que ele via nela: um corpão, uma
virgem, uma diversão e motivo para humilhar no dia seguinte. Decidi que não permitiria
que ela fosse à festa com ele.
“Lua, você não é virgem né?!”
Perguntei, ainda rindo.
“Não.” Respondeu, sem graça....
Mentindo, imagino eu.
“Ah então nós podemos falar de
sexo na boa, que você sabe me responder tudo né?” Propus.
“Eu saberia, mas não significaria
que eu desejaria responder.” Ela respondeu, sabiamente.
“Ok, vamos fazer um acordo. Se
você realmente souber me responder tudo, eu darei algo a você, mas se você
errar terá que fazer algo em troca para mim.” Propus.
“Arthur, porque eu aceitaria?”.
Ela perguntou.
“Por que você não vai querer dar
o braço a torcer na sua mentira.” Respondi. “E lembre-se, você ainda ganha o
direito de ganhar o que desejar de mim. Ah, e não esquece que minha mãe mandou
você me entreter.” Falei, malignamente.
“Ok, o que eu preciso responder?”
Ela perguntou, após um tempo de silêncio.
“Quanto tempo dura uma
ejaculação?” Perguntei, sorrindo.
“Ah, de cinco a quinze minutos.”
Ela respondeu, depois de muito pensar.
Essa pergunta foi relativamente
fácil. Fui perguntando várias coisas, que ela dava respostas evasivas. Até que
perguntei:
“Qual a consistência do gozo?”
Ela não respondeu. Depois de
muito pensar falou: “Ah Arthur, não sei dizer exatamente como é.”
“Lua, ta na cara que você é
virgem. Na boa, não vai à festa. O Rodrigo só quer saber de dormir com você. E
eu não quero ter que ouvir você chorando por ele nos próximos dias.” Falei.
“Arthur, não lhe interessa se eu
sou virgem ou não ok?! E eu vou na festa. Me pedir para não ir está fora de
cogitação. Então escolhe outra coisa para eu fazer, já que perdi nossa aposta.
Ah e outra, eu não ficaria chorando aqui por nada nesse mundo.” Ela falou
furiosa.
Sem querer, falei alto:
“Então me beija, e amanhã me diga
qual o melhor beijo, o meu ou o do Rodrigo.”
Capítulo 6
POV- Arthur
“Então me beija, e amanhã me diga
qual o melhor beijo, o meu ou o do Rodrigo.”
Lua ficou encarando-me, ela
parecia que não acreditava em mim, mas por fim falou:
“É isso mesmo que você deseja?”
“Lua, o que mais eu poderia
pedir? Dinheiro não poderia, um presente bom você não teria como me dar,além
disso, um beijo seu ainda deve ser ainda melhor que nada...” Falei.
Lua olhou-me furiosa.
“Ah, além disso, eu sei que você
era louca para beijar-me, então o beijo será uma espécie de presente. Desse
jeito você descobre como é beijar um...” Antes que eu pudesse acabar a frase.
Lua surpreendeu-me.
Ela beijou-me, inicialmente foi
um beijo lento, mas eu devo confessar que sentia tanta falta de beijar alguém
que puxei-a para mais perto de mim, puxando-a pela cintura e obrigando-a a
sentar em minha cama. Ela beijava surpreendentemente bem.
POV- Lua
Enfureci-me com o comentário do
Arthur. Ele não apenas queria estragar minha noite com o Rodrigo, como tentara
humilhar-me ao dizer que eu não tinha algo de bom para dar à ele, que nem mesmo
um beijo seria um presente verdadeiramente digno.
Quando dei por mim eu beijei-o.
Era estranho, mas parecia que eu jamais beijara com tanta falta de pudor. Eu
senti um tanto suja ao tomar aquela atitude vulgar, mas foi ao mesmo tempo
excitante.
Quando afastei-me do Arthur,
mesmo desejando que aquele beijo jamais acabasse, virei para ele e disse:
“Não serei eu que ficarei pensando
nesse beijo, será você Sr. Aguiar.”
Peguei minha bolsa e sai daquela
mansão em direção à casa da minha amiga. Eu me arrumaria com ela, depois o
Rodrigo nos buscaria e nós iríamos para a festa.
POV- Arthur
Quando o beijo acabou, Lua saiu
da minha casa. Em seguida, entrou uma enfermeira, que me ajudou a sair da cama
e ir ao banheiro, onde tomei um demorado banho.
Durante o banho fiquei pensando
em minha acompanhante, mais especificamente no nosso beijo. Ela era doce, mas
determinada, e seu beijo refletia exatamente o que ela era.
Passei a noite pensando o que
ocorreria na festa daquele dia. Eu fiquei a questionar-me se iria haver muita
gente na festa, quem estaria lá, se Lua cairia na lábia habilidosa do Rodrigo,
se ele humilharia ela....
Na manhã seguinte, descobri que
minha acompanhante não viria me visitar, isso porque era feriado. Passei o dia
com um enorme mau humor, e esse humor apenas piorou com a noticia que eu teria
que fazer alguns exames cansativos naquele dia.
Desde o momento que Lua começara
a trabalhar para minha mãe, ela sempre me acompanhava na hora dos exames, me
distraindo com suas conversas completamente chatas e irritantes.
Quando chegou a segunda feira,
Lua apareceu no período da tarde. Logo que ela entrou eu perguntei:
“Eai, pensou muito em mim?”
“Obvio que não. Tive uma noite
incrível no sábado e nos dias que sucederam-no estive ocupada com outras
coisas.” Ela respondeu rapidamente. “E você conseguiu dormir após o nosso
beijo?”
“Tive alguns pesadelos.”
Impliquei.
Em seguida, fomos interrompidos
pela medica que fora me visitar naquela tarde chuvosa. Aparentemente a mulher
desejava me dar uma importante noticia. Quanto ao que ocorrera na festa da Lua,
eu teria que esperar para descobrir.
Capítulo 7
POV- Lua
Quando sai da casa do Arthur, fui
para casa da minha amiga, onde me arrumei, comi e maquiei-me. Depois disso, o
Rodrigo chegou, em seu carro, com motorista, acompanhado de alguns amigos.
Logo que eu entrei no carro senti
um nervosismo. Rodrigo era bonito, charmoso, popular, um tanto legal, mas era
conhecido por ser “heart breaker”, ou seja, um galinha de marca maior.
“Lua, você está uma gato hoje.”
Ele falou, repousando sua mão em minha coxa, coisa que eu jamais autorizara um
garoto fazer.
“O-obrogada.” Eu respondi,
gaguejando.
O jeito que ele me olhava não era
terno, nem carinhoso, mas sim como se ele fosse o caçador e eu a presa.
Quando chegamos na festa, uma
menina, cujo nome era Uly, veio falar comigo:
“Um, olha o que temos aqui... A
pobretona, que agora trabalha para mãe do Aguiar pensa que é gente e que pode
comparecer à festa.”
Rodrigo riu do comentário,
surpreendendo-me, e falou: ”Eu trouxe ela. Para de incomodar.”
Sorri ao ouvir isso, depois
disso, Rodrigo puxou-me para um local mais reservado da festa, onde ficamos
dançando juntos.
Uma hora se passara, quando nos
sentamos num sofá. Rodrigo puxou-me para perto dele, beijando-me
agressivamente. O beijo, diferentemente do que o Arthur me dera, era molhado
demais, ofegante demais, agressivo e obsessivo. Não me parecia que o que
Rodrigo desejava era apenas um beijo, e isso confirmou-se quando ele começou a
passar a mãe dele pelo meu corpo.
Estremeci e afastei-me.
“Vamos com calma.” Eu pedi.
Ele não pareceu me escutar, pois
começou a me apalpar ainda mais. Fiquei com medo, lembrei de como o Arthur
dissera que seu beijo seria melhor que o do Rodrigo, e conclui que eraa
verdade.
Eu estava com medo, mas fui salva
por minha amiga, na hora exata. Quando entrei no colégio na segunda feira,
Rodrigo foi um grosso comigo, enquanto seus amigos ficaram rindo de mim.
Senti-me humilhada.
Na tarde daquele dia...
Escrito por Amanda @CronicaDaAmanda
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