Mais que amigos - Capítulos 1 e 2

Post 1

Pra começar, quero explicar logo que essa historia será longa. E não se trata de nada muito extraordinário, mas de várias lembranças da minha vida... Momentos em família, momentos com amigos, momentos que marcaram e nunca irão se apagar da minha mente...

Tá ai, começar a gostar do seu amigo de infância não é nada legal. Principalmente quando a amizade é tão grande que ele só te enxerga como uma irmã.

Ciumento, quer escolher com quem você anda, com quem você conversa, com quem você namora – ou melhor, com quem você fica, já que depois de meia hora de conversa ele percebe que esse cara não é bom para você – mas é carinhoso, cuida de você, quer fazer todas as suas vontades, e é lindo. Se fosse feio pelo menos ajudava.

Bom, minha amizade com Arthur começou ainda quando pequenos. Em uma das férias que fui passar com meus pais na casa de Sophia. Ah! Sophia é a minha prima, temos a mesma idade, crescemos um pouco afastadas, devido eu morar no interior, mas sempre que podíamos uma ia pra casa da outra. Minha melhor amiga sem duvidas. Ai vocês devem está se perguntando onde o Arthur entra nessa historia, e eu respondo, ele é vizinho da Soph desde sempre.

Era engraçado, o dia que agente se viu pela primeira vez, eu devia ter uns 7 anos. Estava tendo o aniversário de Chay. Não falei dele ainda né?! Ele é meu primo também, irmão da Soph. Lindo, legal, mas galinha. Tinha que ter defeito! Voltando ao foco da história...

Post 2

FLASHBACK #1

... Era aniversário do Chay e o Arthur sempre foi o seu grande amigo de brincadeiras sem graça. Numa dessas brincadeiras, a vitima da vez fui eu.

Fazia sol, nós brincávamos na grama do jardim, sempre juntas eu e Soph parecendo duas bonecas, no meio daquele tanto de meninos correndo atrás de uma bola.

Minha mãe já havia nos chamado e avisado pra sairmos de perto do local em que os meninos brincavam, mas como sempre, nunca escutamos os sábios conselhos de mãe. Não demorou muito e eu caio assustada depois de uma porrada no rosto.

Alguém aqui já levou uma bola chutada no rosto? Se não levaram imagine uma coisa muito pesada empurrando o seu lindo rostinho e depois disso uma sensação de ardor, queimação e formigamento tudo junto no local. Não deu em outra, abri o bocão chorando e roubei a atenção da festa.

Quando percebi que havia feito isso, ai é que eu chorei direito, nunca gostei de chamar atenção e entrei em desespero com a cara de fantasma da Soph ao meu lado.

- Lu, foi o Arthur que chutou a bola, foi sem querer desculpa ele vai?! – Chay se aproximou de mim ofegante e pegando a bola todo suado.

Minha reação foi única em olhar em volta e procurar minha mãe. Corri na direção de onde ela estava sentada. Só pude perceber a sombra de Sophia correndo atrás de mim, e os meninos voltando a jogar.

Ao pular no colo da minha mãe, só ouvi aquela velha frase “Eu avisei”, tem coisa pior do que a gente se ferrar e ainda ouvir isso? Minha tia que me socorreu e logo chegou com uma toalha com gelo, avisando que era pra não marcar o meu rosto. Minha vontade era de cair no desespero de tanto chorar. Pensem comigo, além da dor, do constrangimento eu ainda escutava que poderia ficar marcada. Cara eu só tinha 7 anos!

Quando minha tia se afastou, pude perceber um garoto se aproximando dela, perguntando algo e ela logo apontou pra mim. Assim que o menino me olhou eu afundei meu rosto no colo da minha mãe e assim permaneci por muito tempo. Após muita insistência de Sophia, saímos daquela mesa e fomos brincar dentro de casa. Ficamos na sala com nossas bonecas, e nem percebemos mais o tempo passar. Quando Chay entrou em casa, acompanhado de alguns amigos, é que a gente se deu conta que a festa praticamente tinha chegado ao fim, e lá fora provavelmente só restavam os parentes e amigos próximos dos meus tios.

- Lu vamos lá pra fora? Cansei da brincadeira. – falou Sophia já se levantando.

- Eu to com medo, prefiro ficar aqui.

- Lua, se os meninos estão aqui não tem ninguém brincando lá fora.

- Você está melhor? – alguém se metia na nossa conversa – Seu rosto?

- Não tá mais doendo, mas não quero me machucar denovo. – eu respondi levando a mão no rosto.

- Desculpa não foi de proposito, eu não te vi. – o menino falou comigo abaixando o rosto, foi ele que falou mais cedo com minha tia, e... Ei! Foi ele que me acertou com a bola.

De inicio eu fiquei com raiva, queria da um bom murro nele, mas poxa, ele estava com uma carinha de arrependido.

Eu apenas assentir com a cabeça e sai com Sophia, eu não sabia o que falar.

FLASHBACK #1 OFF

E foi assim que a gente se conheceu. Uma bolada na cara, uma cara de arrependido, uma menina medrosa, mas isso não durou muito tempo...

Por Nana F.

Olá!!!

Como é complicado vir aqui falar com vocês num primeiro capitulo onde não faço ideia do que vão achar.

Minhas outras web's sempre tinha alguém pra ler antes e me passar confiança. Essa vou na cara e na coragem.

Pois bem... Numerei ela de acordo aos posts, não a dividir como capítulos porque tem Flashbacks que vão ser beeeeeem extensos...

E não se assustem... Não vou narrar a infância deles inteira.

Acho que já não tô falando coisa com coisa, e é bom parar!

Beijocas, Nana F.